Notas da autora: Achei uma musica Monica hahaha, pra Monica e pro Eduardo </3
Rafaela queria acreditar em João, queria acreditar que poderiam alcançar algo que se aproximasse de felicidade, mas tinha certeza que só poderiam fazer isso se estivessem longe de Monica. Sua irmã se tornava casa vez mais insuportável, sempre estava dando palpites sobre seu vestido, sobre o que deveria comer, e sobre o enxoval sobre tudo.
Tratou de ignora-la o quanto lhe era possível, mas ela não a deixava em paz. Não achava que ela pudesse fazer nada pior do que aquele maquiavélico chá de senhoras e falar de assuntos íntimos na frente de seu noivo.
Estava enganada é claro.
— Ele está mais bonito que nunca, – ela disse em seu ouvido ao pé da cama.
Sequer na hora de dormir a deixava em paz.
— É demais para vosmecê. Acredito que se ele não devolve-la ao nosso pai, provavelmente irá encontrar uma amante como o marido de D. Cristina. – Riu-se — O que foi Rafaela não vai dizer nada?
Não respondeu.
— Eu te amo tanto, se a previno é para que não sofra. Sabe disso não sabe?
— É claro que sim – disse tateando até encontrar seu macio rosto – minha querida irmã, não sei o que faria sem vosmecê.
Ao tê-la exatamente onde queria Rafaela pulou em cima de Monica lhe agarrando com força pelos cabelos.
— Me solte menina – ela gritou.
— Para que? – Puxou seus cachos com vontade – Estou apenas demonstrando, como vosmecê o quanto lhe tenho carinho.
Ela havia lhe avisado, estava a pressionando muito, mas Monica não levou em conta sua ameaça de faze-la pagar. Foi bom enquanto durou, há tempos ela queria ter feito aquilo, mas nunca teve uma boa oportunidade quanto aquela.
Aproveitou cada segundo até sentir um golpe no rosto que a derrubou no chão.
— Como eu ia dizendo, Rafaela se atrapalhou com o tapete e caiu – explicou Monica a João tranquilamente bebericando sua xícara de café.
O marido tinha as mãos pousadas levemente em seu ombro e o pai deu um suspiro.
— Isso pode acontecer com qualquer um.
— Um tapete fez todo esse estrago? – disse ele tocando levemente sua pálpebra inferior onde estava avermelhada com uma pequena sombra roxa.
— Não se preocupe o tapete teve o que mereceu – ela sorriu.
João olhou de novo para Monica vendo uma mancha avermelhada próxima a nuca. Não precisava ser um gênio para descobrir o que havia acontecido e que todos naquela sala pareciam ignorar.
— Eu gostaria de convida-la para um passeio – disse voltando seus olhos para a noiva.
— Ela não vai – Monica descordou.
— Vou sim – Rafaela disse firme.
O pai olhou para as duas filhas e se fixou na mais nova.
— Vá minha querida, um pouco de ar fresco não lhe fará mal.
Ela sorriu triunfante.
— Mas papai o que esse povo mexeriqueiro vai dizer do rosto dela?
— Ninguém dirá nada Monica – Rafaela disse cortante – já é bastante obvio o que aconteceu, não acha.
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Minha Doce Rafaela
Ficção HistóricaJoão Antônio Vaz Coutinho tem um problema. Ele é o tipo de homem que tem sorte nos negócios e azar no amor. E depois de estar apaixonado de maneira frustrada outras duas vezes em sua vida conhece Monica Oliveira, filha de um grande senhor de terras...