Notas da autora: Conhecem? Luiz, Monica e Rafaela XD
— Meu Deus – Rafaela falou se lembrando se susto que havia tomado quando Inácia foi preveni-la da presença do pai.
— Não era minha intenção assusta-la – ela lhe disse ajudando a tirar seu espartilho.
— Tudo bem – suspirou.
— Mas devo dizer que estou chocada, vi a maneira que vosmecês se beijavam e...
— E?
— Tem certeza que não gosta dele?
— Agora não sei mais – disse afastando o espatilho da cintura – Antes eu só sabia dele o que Monica havia me contado, que era um homem forte, bonito, um tanto rebelde, era uma descrição que me pouco me ajudava a montar uma imagem dele, mas agora que eu o estou conhecendo e convivendo, temo que possa me apaixonar realmente por ele.
— Eu lhe disse que isso poderia acontecer – ela assinalou.
— Tudo bem, eu não deveria ter dito desta água não beberei – suspirou – e quando ele me beija sinto-me tão quente que tenho certeza que é pecado.
— Então deve tomar cuidado para que ele não se aproveite – a amiga aconselhou sabiamente.
— Eu jamais permitiria isso – falou.
— Mas como irá saber, quando ele quiser passar do ponto?
Se sentou na cama.
— Passar do ponto para um gesto mais íntimo?
— Claro!
— Ele não faria isso, aliás nunca fez a não ser por esses beijos ele nunca tentou nada indecente seja lá o que fosse que ele pudesse tentar.
— E como poderia saber, ninguém se ofereceu para lhe explicar tanto que suas amigas no internato traficavam aqueles livros – sua amiga riu.
— E não serviram de nada. Acho uma crueldade nos mandarem para o abatedouro sem saber o que será feito de nós – riu também, mas com uma pitada de nervosismo.
Era verdade que no internato Mariana contrabandeava os romances que não costumavam permitir que as donzelas lessem, como ela gostava de dizer: Conhecimento é poder, mas mesmo sendo um pouco mais ousados não explicavam o que era exatamente na pratica.
Poderia perguntar a sua mãe se estivesse viva. Sentia tanta a falta dela ainda mais nesses momentos que não tinha com quem contar, e tinha certeza que não poderia contar com Monica, então a única opção que lhe restava era sua madrinha Loreta.
— Imaginei que me perguntarias isto cedo ou tarde – disse com seu sotaque português lhe dado tapinhas em suas mãos – Fique tranquila, Monica já se ofereceu para fazer isso por vosmecê.
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Minha Doce Rafaela
Historical FictionJoão Antônio Vaz Coutinho tem um problema. Ele é o tipo de homem que tem sorte nos negócios e azar no amor. E depois de estar apaixonado de maneira frustrada outras duas vezes em sua vida conhece Monica Oliveira, filha de um grande senhor de terras...