Dormi durante algumas horas ao final daquela tarde e, acordei por volta de 21:00 com o celular tocando.
— Alô. — Minha voz provavelmente estava péssima e, só percebi que era Sarah depois que a ouvi soltar um breve riso ao telefone.
— Dormindo a essa hora? Devo desistir de lhe chamar para um jantar? Estou aqui em baixo mas posso ir embora.
— Não,não! Desço em um minuto. — Desliguei sem me despedir e, levantei apressado indo direto ao bainheiro.
Passei uma água no rosto, ajeitei o cabelo, troquei de roupa e desci.
Quando cheguei no hall ela estava sentada em uma pequena poltrona lendo uma revista qualquer, ou apenas folhando e olhando figuras, não sei dizer.— Então.. um jantar? — Me aproximei e, parei ao lado da poltrona. Logo a vi fechar a revista e olhar para mim.
— Sim, comida japonesa. Fica aqui perto. — Fiz cara feia de imediato assim que a ouvi falar e, ela sorriu porque sabia que eu odiava comida japonesa. — Sem reclamar Doutor, faça esse sacrifício por mim.
— Tudo bem, mas só desta vez. Essas comidas são péssimas. — respirei fundi e, estendi a mão para que ela levantasse. — Se sente melhor?
— Melhor?
— Sim, o resfriado.
— Ah, claro. Estou melhor, vamos?
— Esta bem, vamos.
Andamos um pouco e, ela me mostrou alguns locais bacanas para se frequentar que ficavam no caminho para o restaurante.
Pela primeira vez nesses dias em Londres, estar ali fazia realmente sentido. A cidade é magnífica, exatamente do jeito que eu sempre imaginei.As luzes da cidade tornavam tudo mais sofisticado e, não eram luzes coloridas como as de New York. Não, eram luzes simples, amarelas ou brancas que, sem intenção nenhuma de embelezar algo, acabavam embelezando tudo.
Tudo tinha uma leveza tão aconchegante e, ao mesmo tempo um ar tão preto e branco (de uma forma magnificamente boa), que a vontade de viver ali para sempre só aumentava a cada passo dado.
— Olha, isso é uma boate? Nunca estive em uma festa dessas. Deveríamos ir alguma hora, o que acha? — Parei em frente a um local de aparência bem rústica que, pela placa indicava ser um ambiente de festas.
— Não acho uma boa ideia, vamos! — Quando a olhei, apresentava um semblante fechado e, eu poderia jurar que ela estava aflita.
— Ei, esta tudo bem? Eu só estava brincando... você me parece nervosa.
— Eu não estou nervosa, Anthony. Vamos!
— Uou, okay mocinha. Vamos. — Ergui as mão como quem se rende mas, antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa ela virou as costas e seguiu andando em minha frente bastante apressada. Apertei o passo para acompanha-la.
— Ei ei.. vai devagar.. não estamos atrasados ou coisa assim. — A segurei pelo braço e carinhosamente a puxei pra mim. — Isso aqui tudo é tão lindo e, tudo que eu mais quero é aproveitar tudo com você. Seu eu fiz ou falei algo que lhe feriu me perdoe, mas não fique agindo desta forma.
— Você não fez nada.. me desculpa. Só, tem muita coisa acontecendo e, acho que talvez precisemos mesmo falar a respeito disso. Vamos jantar e depois podemos ir lá para casa. — Falou e, soltou um longo suspiro depois de levar a mão em meu rosto e alisar minha barba. — Você está lindo. Acho que me distrai tanto que nem notei. — Eu ri involuntariamente e, balancei a cabeça demonstrando negação ao comentário.
— Tudo bem, mas vamos jantar em paz e, com calma. Não quero mais te ver assim, promete? — beijei sua testa e, segurei sua mão voltando a andar vagarosamente na direção do restaurante.
— Okay, prometo. Mas ainda hoje, vamos mesmo precisar conversar.
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Café, insônia, mistério e... Londres?
RomantikA todos aqueles que viveram intensamente as emoções de "Café, insônia, mistério e... anatomia?", a tão esperada e instigante continuação da trama vai surpreender a todos.