Café, insônia, mistério e... Londres?

PARTE 25

Quando acordei, Sarah já não estava mais no quarto e, um delicioso café da manhã me esperava acompanhado de um bilhete cujo recado já me era conhecido. Sorri por longos minutos e fui afastado dos meus devaneios ao receber uma mensagem no celular.

— Mas que porra é essa? Só pode ser brincadeira. — Respirei fundo antes de entrar em pânico e, dessa vez consegui segurar.

Liguei para Sarah no mesmo momento e os 5 segundos que ela levou para atender foram eternos.

— Alô, Doutor. Como foi sua noite?

— Sarah, é sério. Isso não tem graça nenhuma.

— Do que você esta falando? Acordou de mau humor? — Antes que eu pudesse responder outra mensagem chegou.

"NÃO DIGA NADA A ELA. É UM AVISO."

Okay, definitivamente não era uma brincadeira. Deixem-me explicar o que estava acontecendo.

Recebi fotos, varias fotos da noite passada, em inúmeras posições sexuais diferentes (algumas constrangedoras confesso), cujas fotos aparentemente tinham sido tiradas de dentro do quarto. Pensei que fosse uma piada de mau gosto da Sarah mas, aparentemente não era.

— Anthony? Do que você está falando?

— Nada, eu te ligo depois. — sem nenhuma educação, eu literalmente desliguei o telefone na cara dela.

Depois de muito analisar as fotos e tentar controlar o pânico, resolvi analisar de onde as fotos poderiam ter sido tiradas e, pelo ângulo que todas apareciam, depois de muito buscar, acabei encontrando uma mini câmera escondida em baixo de uma blusa minha q estava jogada em um canto do quarto. Ainda estava gravando e depois de desliga-la ouvi o celular tocar mais uma vez.

"TEM MUITO MAIS DE ONDE VEIO ESSA. NÃO SE PREOCUPE, O SEGREDO É NÃO SE METER EM PROBLEMINHAS QUE NÃO SÃO SEUS. SE FIZER ISSO, ESTÁ TUDO BEM."

Se alguém aqui tem alguma duvida de que foi o Victor, por favor levante a mão, porque eu não tenho nenhuma.

Procurei incansavelmente pelo quarto inteiro e não encontrei nada. Pedi para o porteiro colocar alguns seguranças em alerta e dei a descrição do Victor para que ele não tivesse mais a oportunidade entrar mas, a merda toda já estava feita.

Eu não me importo em estar exposto mas, certamente Sarah sim, e já não tinha muito que eu pudesse fazer no momento pois não tinha provas sobre o maldito ex, da minha ex.

Céus, isso realmente já virou um filme de terror e, quando algo bom acontece parece que milhares de coisas ruins vem atrás!

Eu tinha uma ultima esperança quando uma luz divina brilhou na minha mente e, por mais que não fosse o que eu mais queria, era a única coisa que eu poderia fazer, ou melhor, a única pessoa a quem recorrer.

Peguei o celular e enviei uma mensagem com poucas palavras e, depois de 3 longos minutos alguém bateu na porta.

— Acho bom que você tenha algo realmente importante pra ter me chamado. E além disso, por quê ainda tem meu número? — Ela estava escorada na porta quando abri, com uma lixa de unhas na mão dando um jeito nas mesmas.

— Alice, entra. Eu preciso mesmo de você!