PARTE 22

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Eu acho que não cheguei a mencionar, mas ela vestia nada mais nada menos do que uma camisa minha e, já sabemos o que isso causa em mim.

Por segundos pude lembrar de vários momentos que passamos em meu apartamento e minha respiração quase não saia mais.

A mão dela tocou o meu joelho e, meu coração abruptamente pulou fazendo com que eu o sentisse quase em minha garganta. Aos poucos sua mão subiu, percorrendo minha coxa e, logo já se encontrava quase dentro da minha boxer. Eu saltei de imediato da cama, não por querer, mas creio que a situação tenha me descarregado tanta adrenalina que fora um movimento involuntário.

— O que foi? — Ela ficou me observando ainda sentada.

— Eu .. Nada. Esta tudo bem? — Gaguejei em todas as palavras e me senti um imbecil assim que parei de falar.

— Sim está, mas você me parece nervoso. — Ela riu, levantou e veio em minha direção.

Fui andando para trás até que cheguei ao limite da parede e, ela se aproximou o bastante para que seu corpo encostasse no meu.

— Sarah!

— Doutor? — Pronto, bastou. Aquele tom de voz desintegrou todas as moléculas de adrenalina descarregadas no meu organismo e eu sucumbi.

— Não faça isso.

— Isso o que? — Aproximou os lábio dos meus e, após ameaçar toca-los, deu uma leve mordida.

Virei violentamente empurrando-a contra a parede e pela primeira vez, me vi totalmente fora de controle. Acreditem ou não, eu gostei. Gostei de sentir cada pedaço meu desejando-a sem temer.

— Você sabe do que estou falando! — Usei um tom mais firme e isso pareceu agrada-la.

— Ai! Você esta me machucando. — Um sorriso malicioso acompanhou o final da frase.

— Estou?

— Sim!

— Quer que eu solte você?

— Você quer me soltar? — Não! Eu não queria e, mesmo a vendo afirmar que eu supostamente a estava machucando, sem querer acabei por gostar da ideia.

— Quero! — Uma rápida expressão de reprovação surgiu em seu rosto. — Se eu não soltar, você vai demorar muito pra tirar a roupa.

E pronto, coragem 100% loading. Não havia mais nada entre nós dois além de uma camisa que eu rapidamente arranquei e, sem pensar segurei-a no colo andando até a cama e fazendo-a deitar.

Café, insônia, mistério e... Londres?Onde histórias criam vida. Descubra agora