A dor que rouba a vontade de viver

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__________Eslovénia

Eu sempre fui uma jovem com muitos sonhos e muitas metas na vida, apesar dos poucos amigos que tinha!

Ficar sozinha era o que me deixava melhor, não aguentava ficar muito tempo naqueles ciclos de conversas chatas e risos de coisas que eles achavam engraçadas mas eu não via piada alguma.

As coisas só pioraram quando eu mais precisava deles e nunca estavam disponíveis para a minha pessoa, acabei por me distanciar completamente de todos!

Quando a maior parte deles soube do meu problema de saúde "depressão", uns riram, outros gozavam com aquilo.

Por ser muito sensível, uma situação de preconceito forte! É o suficiente para cair em lágrimas e mergulhar num desânimo profundo, como se fosse uma viagem com bilhete apenas de ida e uma péssima experiência.

Perguntava todos dias à Deus porque eu!? Que mal tivera feito pra merecer tamanha melancolia?

Respostas essas que nunca obtive, em alguns dias me sentia como uma pessoa normal. E as pessoas próximas e alguns familiares afirmavam:

"não é possível que ela esteja com problema, veja ela toda sorridente, ela é muito linda pra ter esse problema, é só uma fase que ela está passar"

Infelizmente muitos não sabem que uma pessoa deprimida pode sorrir, pode sair e até mesmo se divertir estando na companhia dos amigos ou da família.

A questão é que com a mesma rapidez que esse pequeno traço de felicidade surge, ele se vai embora e resta apenas o vazio.

Outro facto é que independentemente da situação social e financeira, da sua aparência física, cor da pele, altura, país, emprego ou seja lá o que for!

Esse mal aparece quando menos se espera ou por algum motivo forte. Desde perda de um ente-querido ou o abandono familiar, bem! No meu caso foi mais o abandono.

Por este motivo, me vi sem controle e perdida, confusa, decepcionada comigo e com o mundo, sem amor próprio, como se toda a minha vida fosse um enorme cancelamento de sonhos, expectativas e alegrias.

As coisas que mais admirava e gostava, deixaram de fazer sentido, restando apenas essa desolação extrema. E assim vou eu, levando uma vida que muitos temem em aceitar e outros são capazes de se suicidar.

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O Amor Pós DepressãoOnde histórias criam vida. Descubra agora