Capítulo 6

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Capítulo 6

- Dás-me uma goma. – Surpreendo-me.  

Pega! – Tiro uma goma do saco, daquelas médias de coca-cola e com açúcar.   

Não é assim. – Ele diz calmo.

Então? – Pergunto, colocando a goma na boca.

- Quero dar uma trinca na goma que está na tua boca.

- É que nem penses. A sério, nem sei porque me dignei a vir aqui. Devia ter-te morto logo. - Suspiro de irritação. 

- Ainda continuas com essas parvoíces?

- Nunca vão desaparecer! – Faço um sorriso falso.

- Diz-me o que eu te fiz? Eu juro que não percebo. – Agarra-me nos braços perto do ombro.

- Larga-me! – Olho-o nos olhos e ordeno-o.

- Obriga-me! – Harry fala rápido.  

Pego numa goma e enfia-a pelo seu nariz a dentro, mesmo sem pensar. Foi um ato impulsivo, as mãos asquerosas dele sobre o minha pele dão-me arrepios. Eu odeio que ele me prenda, sinto-me inútil e inofensiva assim presa.  Ele fica todo atrapalhado e eu saio do quarto. 

- Isto não vai ficar assim. – Ouço ele a gritar quando chego ao meu quarto.

- Estou cheia de medo, mini Styles. - Grito também.

....

Passou-se uma semana, eu e Harry passámos os dias a picar-nos. Já não o aguento mais. Ele mexe profundamente com o meu sistema nervoso, com o circulatório, com o respiratório e com quantos sistemas nos temos no nosso corpo. Ele consegue irritar-me de uma maneira tão grande que eu não me controlo.

Hoje é sexta e eu decido ir sair até uma discoteca, já acabei de jantar e estou no meu quarto a escolher a minha roupa. O harry entra de repente no quarto.

- Já não se bate a porta. – Reposto.

- Oh! Tenho uma coisa para te contar. - Ele fiz fazendo suspanse.

- Conta. - Eu peço pouco importada.

- Mas primeiro veste-te.

- Eu faço o que quero! – Deixo cair a toalha ficando só em roupa interior.

- Estás a tentar provocar-me?  - Ele ergue uma sobrancelha.

- Não estou a tentar, estou a conseguir. – Faço um sorriso calmo e sedutor.

- É, diz que sim! Olha, vim sá dizer-te que vou contigo.

- O quê? Não quero cãezinhos atrás de mim.  – Franzo as sobrancelhas.

- Gatinho, se faz favor. – Harry parece ofendido.

- Trata-te, tem um manicómio a poucos km daqui. – Eu atiro dois vestidos para cima da cama.

- Foi o teu pai que me obrigou.  

- Está bem, desde que não te metas no que eu faço. – Suspiro chateada.  

- Vou tentar.

- Harry! – Guincho e ele abana a cabeça em reprovação.

- Agora veste-te. – Odeio ordens, odeio-o, odeio tudo o que implique Harry Styles e aqueles lábios carnudos. Cala-te Francisca!

Harry sai do meu quarto e eu vou finalmente vestir-me. Decido vestir-me para o provocar, não quero saber, ele tem que aprender que não se mete na minha vida. Quero que ele sofra, por tudo e mais alguma coisa. Coloco um vestido justo e preto por todo, curto. Uns saltos altos pretos e com o salto cheio de brilhantes. Solto o cabelo do puxo e deixo os meus caracóis naturais caírem sobre os meus ombros. Um pouco de maquilhagem nos olhos e um batom nos lábios. Finalizo com um pouco de perfume no pescoço e nos pulsos, Chanel era dos meus preferidos. Pego numa mala e desço as escadas. Lá está ele, à minha espera.

- Ok, queres um babete? - Eu pergunto sarcasticamente. 

- Ahm… o quê? – Pergunta confuso.

- Perguntei se querias um babete.

- Não! – Responde irritado.

- Então, aprende a controlar o teu amiguinho. – Digo, passando lá a mão e dirigindo-me para porta.  

- Mas tu queres-me matar. – Harry num suspiro. 

- Por acaso ate quero – Eu rio-me da ironia das nossas palavras. 

Meto os braços à volta do seu pescoço e chego perto da orelha dele, dando-lhe uma pequena trincadela.

- És mesmo idiota. - Viro-lhe costas.

- Chica, anda cá.

- Fazer o quê? – Volto a olhar para ele, segurando a porta de entrada, já aberta. 

- Não me faças isto. – Harry implora.

- O que eu fiz? – Ele revira os olhos - Vamos embora? - Sorrio inocente. 

- Sim. – Fala impaciente.

Fomos de carro até uma discoteca nova, Harry senta-se numa mesa enquanto eu vou pedir uma bebida. Quando chego, sento-me ao seu lado. 

- Estás a beber uma bebida alcoólica?

- Tem sumo com vodka.

- Não devias de beber. - Ele repreende. 

- Queres saber o que eu faço à tua opinião?- Puxo-lhe as calças e deito-lhe a bebida dentro dos boxers. – É para ver se refrescas as hormonas.

- Ai caralho, está gelado. – Exclama atrapalhado.

- É normal, tinha gelo. – Eu rio-me com a burrice dele.

- Um dia passo-me contigo. – Olha-me zangado.

- Oh tadinho e fazes o quê? – Gozo com ele.

- Olha, fode-te! – Ele lança palavras para o ar.

- Andas a ficar muito mal educado. 

 

Vou atá à pista de dança e começo a dançar mesmo no meio. Enquanto balanço o meu corpo ao som da música, aparece um rapaz que começa a dançar comigo. É giro e quando começa a falar para mim, até o acho simpático. Tem o cabelo castanho claro ligeiramente levantado e olhos azuis. É da minha altura, pois eu não era propriamente baixa e de saltos altos, então é que não era mesmo. 

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I Want You Dead // H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora