Capítulo 9
Vou para casa e dirigo-me ao escritório do meu pai. Entro sem bater a porta e fico a olhar para ele, com a bebé ao meu colo.
- O que vem a ser isto, Francisca?
- Pai, encontrei esta bebe no parque, alguém a abandonou. – Falo rápido.
- Como sabes? - Ele levanta-se da sua cadeira, no entanto mantendo-se atrás da sua secretária.
- Tinha uma carta junto dela. – Entrego-a.
- O que queres fazer com ela?
- Quero tomar conta dela, a Nina é o membro mais recente da família. - Sorrio.
- Tu não sabes tomar conta de ti, quanto mais dela. - Ele desconfia das minhas capacidades.
- Deixa-me provar que consigo tomar conta dela, eu não sou capaz de deixá-la num sitio qualquer, ela já foi abandonada pela sua própria mae, ela merece amor. A mãe também me abandonou. - Eu baixo a cabeça.
- Filha, podes ficar com ela. – Abraçoa-me. – Estou muito orgulhoso de ti!
- Obrigada, pai. – Sorrio.
- Mas agora temos um problema. – Ele faz um movimento estranho com a boca.
- Que problema?
- Aquilo que te queria dizer… Tens uma viagem de uma semana para a Polinésia Francesa.
- A sério, pai? – O meu sonho sempre foi ir para a Polinésia. Não sei que lhe deu para me oferecer a viagem.
- Sim princesa, partes amanhã. – Ele sorri a ver a minha felicidade.
- Posso levá-la? – Aponto para Nina.
- Ela é muito pequenina para fazer viagens tão grandes. Vais, aproveitas as férias e preparaste para a tua nova vida, com esta pequenina. – Faz-lhe uma festinha.
- Pai, mas toma bem conta dela. – Digo preocupada.
- A Marie ajuda-me. – Marie é a empregada cá em casa. Ela sempre trabalhou cá e é como uma mãe para mim.
- Quando é a viagem?
- Amanhã, já te tinha dito. – Ri-se.
- Então, vou preparar as coisas.
- Olha, não procures o Harry porque ele não está em casa.
- Para quê eu quero saber desse parasita? – Replico o desinteresse.
Preparo todas as minhas malas. No fim de almoço fui comprar coisas com a Marie para a Nina. Ela ficou maravilhada com ela. Também aquela relíquia encanta toda a gente. Não percebo como alguém consegue abandoná-la. É tão perfeita, pequenina e frágil.
O avião aterra finalmente na Polinésia, ao fim de umas longos horas de viagem. Dirigo-me para o hotel do meu pai (o meu pai era dono de uma cadeia de hotéis).
Chego a receção e sou recebida por uma funcionária que logo me indica o quarto. Enquanto me dirigo ao sitio que o meu pai reservou para mim fico maravilhada. As mini casas feitas de madeira e a vista paradisíaca enchem os olhos a qualquer um. A cama com lençóis brancos e redes a volta, fascina-me. Por de trás, uma banheira grande com pétalas vermelhas de rosa espalhadas pela zona onde se punha os sabonetes dão um aroma fantástico. Olho para cima da cama e vejo um monte de fruta tropical. O meu pai sabe como me agradar.
Atiro-me para cima da cama e olho pela enorme janela. Reparo que está alguém na varanda. Será que o empregado ainda não acabou de preparar o quarto?
- Harry? -Grito abismada depois de passar pela janela em direção ao exterior.
- Ah, já chegaste. – Fala calmo.
- O que tu estás aqui a fazer? – Grito. Eu estou tão irritada que sou capaz de o afogar ali mesmo.
- Em primeiro lugar, fala baixo e em segundo, vim de férias contigo. – Fala todo contente, o que me enervou ainda mais.
- Tu o quê? - Eu continuo a gritar.
- Andas a precisar de lavar os ouvidos. – Harry ironiza.
- Eu percebi, idiota.
- Então pronto, vais ter de me aturar durante esta semana.
- Desde que não me chateeis muito e que não andes atrás de mim.
- Temos pena mas vou ter de andar – Sorri.
- Que eu fiz de mal para merecer isto. – Abano os braços de forma esquisita e ele ri-se.
Visto o meu biquini e vou para a varanda. As espreguiçadeiras estão encostadas num canto, perto da pequena piscina. As escadas de madeira também como o resto, dão caminho para o mar imenso de água límpida. Observa-se a poucos metros mais casinhas iguais a minha. Passo pelo Harry, embarrando-me contra ele.
- Bye, Bye Styles. - Faço adeus com a mão.
Desço as escadas em biquinhos de pés, enquanto ele olha para mim com a boca aberta. Chego à ponta e dou um mergulho na água morna.
Estou a vir a superficie quando sinto algo a agarrar-me pela cintura, assusto-me e começo a dar às pernas.
- Larga-me! – Peço aflita.
- Calma, Chica. Sou eu, o Harry!
- Assustaste-me. – Digo com a cabeça para baixo e a tentar controlar a minha respiração.
- Oh linda, não fiques assim. – Abraça-me
- Harry, estás a esticar-te. - Reclamo.
- Pára com isso, Chica. – Ele suplica.
- Com o quê?
- Vamo-nos dar bem, pelo menos só durante estas férias. – Ele pede.
- Ahm, não sei.
- Por favor, não gosto de estar sempre a discutir contigo.
- Pronto, está bem! – Sorrio desconfiada.
- É muito melhor, assim passamos umas férias mais divertidas.
- Eu não tenho culpa de te tratar mal, a tua estupidez natural irrita-me. – Rio-me.
- Ai sim?
- Sim! – Sorrio a provocá-lo.
Será que eles vão mesmo dar-se bem? hihihi
Espero que gostem da fic <3 beijos
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I Want You Dead // H.S.
FanfictionEla é uma rapariga assombrada pelo passado. Ele incerto por não saber o futuro. Ela quer matar pessoas. Ele nem sonha que alguém quer a sua morte. Os dois irão se encontrar. Mas ai ela irá ter de escolher, entre matá-lo ou deixar crescer o amor que...