Capítulo 40

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Capítulo 40

Hoje é sábado. Eu e o Harry decidimos ir ter com o meu pai. O dia em Paris está bastante frio e enublado. Estou ansiosa por ver o meu pai, tenho imensas saudades dele e já não o vejo à bastante tempo. A curiosidade está a matar-me, para ver a reação dele quando vir a Nina e o Edward. Ele sempre quis ter netos. Até me admira ele nunca ter vindo visitar o Edward. Os telefonemas não compensam a ausência. Mas eu percebo que ele precisa de trabalhar.

Chegamos a uma grande casa um pouco distante do centro. A Marie abre a porta e eu abraço-a com força, notando a admiração na sua cara.

- Menina, não avisou que vinha. - Arregala os olhos. 

- Quis fazer uma surpresa. - Marie leva-me até à sala de estar.

- Ah muito bem. - Não parece muito feliz.

- O meu pai?

- Ahm... Foi viajar. - Ela engasga-se com as palavras.

- Viajar? - Porque eu acho que ela me está a mentir? Algo se passa.

- Teve de ir a uns hotéis no norte da Europa.

- E quando volta? - Eu estranho tudo isto.

- Ainda não sei. - Diz um pouco nervosa.

- Marie, está tudo bem?

- Sim, porque pergunta?

- Por nada esquece... - Eu não insisto mais.

- Os meninos? - Pergunta sorrindo um pouco.

- O Harry estava a tirá-los do carro.  Nina e Edward entram a correr e veem ter connosco. 

- Olá! - O Edward diz todo contente.

- Então, tu deves ser o Edward. - Marie pega nele.

- Sim. - Ele ri-se de forma fofa.

- Muito bem, Olá Nina.

- Olá! - Sorri tímida.

- Estão tão lindos, menina Francisca. - Marie sorri-me babada e eu assinto.


De manhã, acordo com Harry a fazer-me festinhas na cabeça enquanto centra os seus olhos perfeitamente verdes em mim, sorrindo um pouco.  Os meus olhos insistem em ficar fechados devido ao sono e encolho as minhas pernas com o frio.

- Bom dia, mulher da minha vida. - Harry diz o que parece as palavras mais carinhosas do mundo. Faço um pequeno sorriso e finalmente abro os olhos devagarinho.

- Hum... Bom dia, meu amor.

- Andas a ficar uma dorminhoca. - Ele ria-se.

- Que horas são? - Eu esfrego os meus olhos azuis para tentar acordar de vez. 

- Onze e meia da manhã. Os meninos já estão com a Marie. 

- Com a Marie? - Sento-me encostada à cama.

- Hoje temos o dia só para nós.

- Agrada-me a ideia. - Subo para cima dele e ataco a sua boca, dando-lhe um longo beijo.

É de manhã e de manhã que se começa o dia. Então é mesmo para começar bem. Começo a desapertar os botões da sua camisa preta bem passada, mas ele agarra-me os braços, prendendo-me.

- Que foi? - Eu arregalo os olhos para ele, guinchando um pouco.

- Isso só logo à noite. - Trinca o lábio. 

- Eu sei que queres agora, mas tudo bem. - Levanto-me da cama e despo a minha camisa de dormir, deixando-me apenas de cuecas. Ouço um suspiro vindo da boca dele, dou um pequeno riso e vou para a casa de banho.

Decido vestir um vestido azul-escuro que marca a minha cintura e calço uns sapatos de salto alto da mesma cor. Torço o nariz ao olhar para o espelho e vendo o quanto formal estava, pego no meu casaco de ganga claro para ficar melhor e visto-o. Sorrio, assim está melhor. Ponho uma pulseira e um pouco de maquilhagem.

Enquanto vamos andando pelas enormes ruas de Paris, olho deslumbrada pela janela do carro.

- Tens algum sítio de preferência? - O Harry quebra o silêncio inquietante.

- Quero ir a Torre Eiffel, claro. - Rio-me.

- Primeiro vamos a outro sítio. - Ri-se comigo. 

- Onde? - Pergunto curiosa. 

- Surpresa! - Sorri.

- Já te disse que odeio quando fazes suspense? - Eu reviro os olhos e ele ri-se. Idiota!

Harry pára o carro num parque de estacionamento. Agarra a minha mão e andamos um pouco a pé. Ele levou-me à Avenida de Champs Elysees. As árvores despidas e iluminadas cobrem perfeitamente os dois lados da longa rua, apesar de ainda estar de dia. Os carros andam apressados no meio da infinita confusão. As lojas decoradas e cheias de gente que se apressam nas últimas compras de Natal ou simplesmente porque o espirito natalício e acolhedor nesta avenida se faz sentir fortemente. O Arco do Triunfo repousa na rotunda, ao fundo da rua, trabalhado e branco, transparecendo beleza. Os barulhos das crianças ouvem-se estridentes atrás de nós, com a euforia de andar na Roda Gigante. Tudo é lindo e esplendoroso. 

Viro-me para Harry e beijo os seus lábios, segurando a suas bochechas com as minhas mãos.

Após termos passeado pela Avenida, Harry mostra-me dois bilhetes para andar em barcos que passam por debaixo de todas as pontes do Rio Sena. Ele pode ser mais perfeito? Tudo é mágico quando passeio com ele, com as mãos entrelaçadas, um sorriso nos lábios e borboletas a fazer comichão na minha barriga. Eu estou feliz!

A noite começa a cair e as nuvens cerram o céu. O Harry puxa-me até uma ponte e tira um aloquete com os nossos nomes do bolso. Eu sei o que isso significava. O nosso amor irá ficar ligado para sempre. Seguramos os dois e antes de o fechar, olhamo-nos nos olhos.

- Prometo nunca te esquecer. Eu amo-te, Harry. - Eu pronuncio emocionada.

- Prometo fazer-te feliz e amar-te para sempre. - Fechamos o aloquete ao mesmo tempo e beijamo-nos. 

Fomos de carro até a beira da torre Eiffel. Já está de noite, Harry agarra a minha mão e olha até lá cima. Ele dá um risinho e começa a subir através das escadas e elevadores até ao cimo da Torre. Chegamos lá em cima ao fim de algum tempo. Isto é algo inexplicável, uma beleza irreal. A vista de Paris nesta perspetiva é realmente extraordinária. Ficamos os dois abraçados, apenas apreciando o escuro da noite, iluminado pelas inúmeras ruas e monumentos.   
 

Mais um capítulo meus amores. Espero que tenham gostado :)

Agora, quem já visitou Paris? Eu já passei lá o Natal *-* Aquilo é lindo mesmo! Comentem e votem, beijos  

I Want You Dead // H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora