Capitulo 22
Volto ao quarto de Harry e ele ainda dorme profundamente. Então, começo arrumar as velas do chão, já apagadas. Vou até à cozinha e preparo um pequeno-almoço para os dois. Poso em cima da cama o tabuleiro e ajoelho-me no chão, fazendo festinhas na cara dele. A sua respiração está tão calma e as suas longas pestanas descansam em cima das suas bochechas, escondendo o fundo verde dos seus olhos.
- Amor, acorda. – Eu sussurro.
- Hum… - O Harry resmunga.
- Levanta-te. – Continuo a sussurrar.
- Não, deita aqui comigo. – Contraria a minha ideia.
- Não, vamos tomar o pequeno-almoço.
- Não me apetece sair da cama. – Ele torce o nariz. Esta teimosia dá comigo em maluca.
- Não precisas de sair da cama, o pequeno-almoço está ao teu lado.
- Oh amor! – Inclina-se e beija-me.
Senta-se na cama e eu sento-me do outro lado. Enquanto vamos comendo, conversamos.
- Quero ir passear!
- Parece-me uma ótima ideia, podemos levar a Nina? – Ele consente.
- Claro que sim! – Sorrio.
- Ainda bem, gosto de estar com as minhas duas princesas.
- Tonto! – Dou-lhe um beijo no nariz.
Acabamos de comer e vou buscar a Nina, enquanto Harry se veste.
- Vamos? – Pergunta em frente à entrada enquanto eu desço as escadas com Nina ao colo.
- Sim.
- Queres ir onde?
- Surpreende-me! – Sorrio.
- Está bem mas não me responsabilizo. – Ele ri-se.
Fomos de carro até um parque enorme. As árvores são grandes e a relva verde espalha-se pelo chão. Um lago enorme com patos selvagens faz as delícias das pessoas que o observam radiantes. As crianças correm e brincam animadas por todo o lado.
- Pronto, tens de começar a ser tu a escolher os sítios. – Eu rio-me.
- Gostaste? - Pergunta com a sua voz rouca.
- Muito mesmo, eu não conhecia este parque.
- Ainda bem, então. – Ele sorri e roubou um beijo nos meus lábios.
Harry dá-me a sua mão e vamos caminhando pelos pequenos passeios de areia ao longo do parque. Acabo por passar Nina para o seu colo. Ainda bem que eu estou habituada a andar de saltos altos porque senão os meus pés já se estavam a queixar. Paramos junto a um restaurante, onde as mesas e cadeiras são ao ar livre. Dou a ideia de almoçarmos pois a fome já se está a apoderar de mim. Desfruto do almoço e da companhia de Harry. O meu riso é constante quando estou com ele. Acabamos por passar a tarde sentados num banco ao pé do lago. O dia está a ser ótimo.
- Tenho uma coisa para vos contar. – O meu pai fala um pouco nervoso, quando estamos todos a jantar em minha casa.
- O quê, pai?
- Vou viver para Paris.
- O quê? – O Rodrigo grita um pouco mais do que o esperado.
- Pai, não nos podes deixar, não como a mae. – Eu digo um pouco desesperada.
- Nunca vos abandonaria. Vou para Paris, precisam de mim no hotel de lá. Ao que parece as coisas não estão famosas, tem havido muitos desentendimentos.
- Então, promete que nos vais dando notícias.
- Claro que sim, a Marie vai comigo.- Meu pai responde ao Rodrigo.
- Assim sempre ficamos mais descansados.
- Sim, vais quando? – Questiono-o.
- Daqui a duas semanas.
- Espero que corra tudo bem, Pedro. – O Harry incentiva.
- Sim Harry, obrigada.- O meu pau sorri-lhe.
Passaram-se as duas semanas e o meu pai vai embora hoje. Levanto-me, tomo um bom banho e visto algo simples. Toda a famalia vai levar o meu pai e Marie ao aeroporto.
- Pai, vou ter saudades! – Abraço-o.
- Eu também, prometo que ligo com regularidade. Contratei uma nova empregada.
- Não te esqueças. Tens de ir.- As minhas lágrimas começam a escorrer.
- Comporta-te bem, pai. – O Rodrigo abraça-o.
- Harry e Rodrigo, tomai bem conta das minhas meninas. – Dá um beijo na testa de Nina e em mim.
- Claro que sim! – O Harry chega-me para perto dele.
A Marie e o meu pai vão para o avião e nós ficamos a vê-lo descolar.
- Harry, vamos? – Olho para trás mas não o vejo.
- Ele não está aqui, Chica. – O Rodrigo parece também surpreso.
- Onde estará ele? Não disse nada.
Procuramo-lo mas nada, ligo-lhe mas ninguém atende. Estou a ficar preocupada. Onde será que ele se meteu? Ele não se perdia assim.
- Vamos para casa? Possa ser que ele apareça. – O Rodrigo sugere.
- E se lhe aconteceu alguma coisa?- Eu digo preocupada.
- Calma mana, vamos embora. - Ele puxa o meu braço e sigo-o, resmungando.
Depois de me deixar adormecer um pouco no final da tarde, acordo com uma porta a bater, que deve ter sido do quarto do Harry. Passou-se alguma coisa, a porta bateu demasiado de força. Levanto-me e vou até quarto dele, ainda ensonada.
- Harry, que se passou?
- Nada. – Ele fala rude.
- Porque saíste do aeroporto sem dizer nada?
- Por nada. Pára de fazer perguntas, Francisca. – Ele manda um murro na parede todo irritado.
- Passou-se alguma coisa mas fica lá com o teu mau-humor. – Eu digo magoada. Viro-me para a porta com intenção de sair quando ele me agarra e me beija, desesperadamente. Sinto uma lagrima cair no meu nariz, mas não sou eu que estou a chorar mas sim ele. Agarro-lhe a cinta e encaro-o.
- Porque estás a chorar? Harry, estás a deixar-me preocupada. – Falo docemente.
- Desculpa, não devia ter falado assim para ti. - Eu murmura.
- Amor, deixa lá. - Eu limpo as suas lágrimas, beijando os seus lábios.
Meninas o que acham que se passou? :) Ai Harry, Harry!
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I Want You Dead // H.S.
FanfictionEla é uma rapariga assombrada pelo passado. Ele incerto por não saber o futuro. Ela quer matar pessoas. Ele nem sonha que alguém quer a sua morte. Os dois irão se encontrar. Mas ai ela irá ter de escolher, entre matá-lo ou deixar crescer o amor que...