Cap.10

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AINDA NÃO ENGULI ESSA história que Marcelo saber onde fica o bar. Será que ele anda me seguindo?
Chego no local, encontrando uma multidão de pessoas com o corpo de bombeiros tentando apagar o fogo, que vinha de dentro do bar.
Passo pela multidão procurando Michelle e Bianca. Elas estão abraçadas chorando na frente do bar.

- Meninas! O que ouve aqui?

- Sulla! Nosso bar esta pegando fogo.

- Meu Deus. Como isso aconteceu.

- Eu estava dormindo no segundo andar quando, as labaredas de fogo já estava tomando o primeiro andar. - Bianca ainda chorando, tenta falar o que tinha acontecido.

- Espera! Você dormi no segundo andar? - Pergunto olhando para cima do bar ainda em chamas.

- É Sulla! Ela mora aqui. Ou morava, né. - Michelle fala ao se juntar com um abraço em Bianca que não para de chorar.

- Sentir o cheiro de queimado e fui ver se tinha deixado alguma coisa no fogão, quando vi as cortinas e as mesas tomada pelo fogo. Liguei na hora para os bombeiros e, sair pela porta dos fundos. - Comenta Bianca olhando para seu bar ainda pegando fogo.

- Bianca! Sabe o que causou o fogo?

- Ela desconfia. - Começa a falar, Michelle. - Acha que foi as garotas que vão abrir o bar aqui em frente.

- Por quê elas?

- É uma história longa, Sulla. Só estamos suspeitando.

O primeiro andar já foi controlado. Os bombeiros tentam apagar as chamas do segundo andar.
Procuro Marcelo pela multidão e não o encontro. Preciso ainda falar com ele.

Chego no meu apartamento depois de uma noite longa. Passamos a maior parte na delegacia depondo para a delegada, que é conhecida da Bianca. Ela é uma das frequentadoras do bar.
Convidei Bianca para morar comigo até ela se estabelecer.

- Seu apartamento é lindo. Bem colorido. - Ela se admira com as decorações do apartamento.

- Valeu!

- Obrigada por deixar eu ficar alguns dias aqui.

- Que isso. Pode ficar o tempo que precisar. A casa é sua também.

- Você é uma pessoa legal, Sulla.

Dou um sorriso de aprovação.

- Olha. Você segue esse corredor direito e vai da direto no banheiro. A porta a esqueda é seu quarto. A cozinha fica logo ali.

- Obrigada mais uma vez, Sulla.

- Amiga é pra essas coisas.

Sorrimos e Bianca vai para o banheiro.
Depois de um bom banho, vou até a cozinha preparar algo para eu e Bianca comermos. Não demora muito e Bianca aparece sentando perto da bancada na cozinha.

- Cheirinho bom. Você tá fazendo o que?

- Panquecas com mel e um bom chocolate quente. Acho que essa noite vai fazer muito frio.

- Er... Paris é muito difícil fazer calor. - Comenta Bianca botando chocolate quente na caneca.

- Você não é daqui? - Coloco as panquecas em um prato e lhe entrego.

- Não! Sou americana. Vim pra cá porque tive uma oportunidade de trabalho.

Ela come um pedaço de panqueca e faz um som quando uma pessoa come uma comida muito boa.

- Nossa! Isso aqui tá muito bom.

- Valeu! - Sorrio com a cara que faz quando come a panqueca.

- Você é daqui, Sulla?

- Não, não. Sou do Brasil.

- Sério? Já ouvir falar que lá é muito bonito. Tem até uma cidade que tem o cristo com os braços abertos.

- Sim! O Rio de Janeiro. Lá é lindo mesmo.

- Você é do rio?

- Não! Sou do Nordeste. Maranhão.

- Senti falta?

- Muita. Minha família é toda de lá. Só falo com eles pelo Skype. - Tomo mais um cole do meu chocolate quente. - Bianca! Por quê você acha que o bar pegou fogo proposital?

- Acho que foi o bar concorrente que vai abrir ainda essa semana.

- Michelle me disse que a líder era sua amiga.

- Sim! Caroline. Estudamos junta na Universidade do Estados Unidos. Nós duas faziamos publicidade e ficamos na mesma sala. Nós nos tornamos grandes amigas, foi quando no final do curso, uma empresária de uma rede de moda Penc Fashion, estava a procura de uma garota nova para trabalhar com ela aqui em Paris. Caroline ficou com raiva quando eu fui escolhida para trabalhar com a Sra.Jane. Expliquei pra ela que a sua oportunidade ainda ia chegar mas, Caroline estava com muita raiva, ou melhor dizendo, com inveja por eu ter sido escolhida. A gente teve uma discussão feia. Foi aí que nós desfez a nossa amizade de 4 anos.

- Nossa! Que barra.

- Eu já tinha meu blog nesse tempo. Caroline sempre me ajudava a dá conselhos para a mulherada. Depois que vim morar para cá, soube que Caroline tinha conseguido um emprego em uma agência de moda. Criei um grupo no Facebook depois que conseguir ter um número de seguidores e partir para outro sonho. Fiz uma parceria com a Brenda e abrimos um bar só para mulheres acima do peso. Bar Das Sem 38. Eu escolhi o nome. O grupo foi um sucesso. Muitas mulheres estavam animada com a novidade. Na abertura do bar, não estava acreditando com a quantidade de gente que estavam tomando o local.

- Imagino. - Dou um sorriso. - E essa briga no grupo?

- Pos é. Caroline criou um grupo só de mulheres magras, ou como ela fala: beleza na medida certa. Querendo ou não, seu grupo também foi um sucesso. Ela atacava meu grupo com ofensas e as meninas do meu grupo não deixava barato, fazendo memes engraçados e marcando sempre o grupo de Caroline. Foi quando descobrir que ela vai abrir um bar das Curvas 36.

- Curvas 36? - Dou uma gargalhada a ouvir o nome ridículo do bar.

- É! E para provocar ainda mais, o bar delas vai ser na mesma rua em frente ao nosso bar. Ou o que restou dele. - Ela baixa a cabeça triste por perder um sonho que ela mesma ajudou a construir.

- Não fica assim, Bia. Vamos dá um jeito de erguer nosso bar novamente.

- Como, Sulla? Todo meu dinheiro foi investido no bar. O da Brenda também.

- Não é você mesma fala que o bar é de todas nós? Ou seja, samos também sócias. Eu tenho um plano.

- Que plano? -Ela fica curiosa em saber mas, para sair tudo perfeito, resolvo botar ele em ação amanhã mesmo.

- Você saberá assim como todas as Sem 38.

Ela confirma com a cabeça confiando em mim.
Não vou deixar que a Caroline acabe com a nossa diversão. Se é guerra que ela quer, é guerra que ela vai ter.

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