Cap.22

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DUAS SEMANAS SE passaram e, recebemos uma mensagem da Carolpiranha avisando que me espera em Paris. Ela disse que vai mandar uma mensagem com a localização do encontro. Repartimos o dinheiro para cada grupo, o grupo do John e o meu grupo. Tiramos o dinheiro para a vadia e, ficou uma parte da grana.

Estamos em um jatinho no qual nós alugamos até Paris. Bia conquistou a amizade de Sam - elas não se desgrusam mais - e ficam de papo por um bom tempo, Sam dá cada gargalhada quando, Bianca conta suas histórias românticas dos ex-namorados.

Michelle também fez uma amizade com Diego. Acho que eles estão se pegando porque as vezes, eles somem do nada. Estão de conversinha com a poltrona um de frente para o outro.

Fico à olhar as nuvens passando pela janela do avião pensando em Marcelo e minha amiga, Ana.

- Quer dizer que você tem namorado? - John se senta na poltrona em minha frente depois, de ir ao banheiro.

- Tenho.

- Deve gostar muito dele para, chegar ao um ponto de roubar uma pedra valiosa em troca de sua liberdade.

- Eu amo o Marcelo.

- E não duvido disso. - Seu olhar é desafiador. Como se quisesse descobrir mais sobre mim. Eu não sei o que esta acontecendo comigo. As vezes me pego pensando em John. É estranho pôs, eu odeio ele.

- A onde você quer chegar? - Me endireito na poltrona para encara-lo.

- Lugar nenhum. Queria conhecer mais sobre ele.

- Ele é um cara surper legal, atraente, carismático, lindo, perfeito. Bem diferente de você.

- Quer dizer que você já pensou em me comparar com ele? Hum... - Ele dá um sorriso. - Anda pensando muito em mim.

- Claro que não.

Minto.

- Então... me fale mais sobre você. A Michelle me disse que você é a nova modelo da capa da revista Vogue.

- Michelle é muito bocuda. - Pufo ao lembrar da sessão de foto que tive com a Andriana. - Fui chamada para fazer umas fotos. Nada de mais.

- Não foi o que sua amiga me falou.

- E o que ela te falou?

- Falou que você venceu o preconceito que você tinha sob seu corpo. Determinada a passar por cima dos preconceitos de outras pessoas, pousou para a revista e, é uma grande referência  Plus Size.

- Ela falou tudo isso? - Olho para Michelle com as mãos dadas com o oriental, levemente fazendo carinho com os dedos.

- Não! Falou que você está muito gata na revista. Essas palavras são minhas.

John me olha agora deferente. Suas palavras voltam a soar em minha cabeça.
" Determinada a passar por cima dos preconceitos de outras pessoas ". " É uma grande referência Plus Size ".
E eu pensando que ele me achava uma baleia.

Ele pega minha mão e massageia suavemente ainda me olhando. Ele se aproxima cada vez mais. Parece que o mundo parou ao meu redor, enchergo apenas ele. Minha respiração falha, o coração acerela a cada aproximação de John. Minhas mãos soar de nervoso e, John leva sua mão em minha nuca arrepiando cada pelo do meu corpo.

Fecho meus olhos lentamente esperando que seus lábios seja tocados nos meus, mas, para a minha frustação, o avião começa a balança nos assustando. A lanterna de emergência acende piscando várias vezes.

Bianca grita abraçando a nova amiguinha. Michelle pula no colo do oriental fazendo com que, o mesmo, grite com o seu peso.
O copiloto sai de sua cabine ofegante e com um espanto no rosto.

- Desculpe mas... o avião vai cair.

- Que? - Bianca entra em desespero. Fico sem pensar, sem reagir.

- O que aconteceu para ele cair? - John se pronuncia mantendo a calma.

- O combustível esta acabando.

- Meu Deus, eu vou morrer. - Bianca se senta na poltrona colocando o cinto.

- Puta merda! Não queria morrer assim. - A loira cruza os braços com raiva.

- John! Vamos morrer? - Ele me olha assustado.

- Te prometo que não, ruiva.

Ele corre para o fundo do avião. Não demora muito ele vem trazendo três coletes de paraguedas.
Entrega um para Sam e outro para Diego.

- Sam leva Bianca, Diego a Michelle e eu com a ruiva.

- E os pilotos? - Bianca não para de chorar.

O piloto sai de sua cabine carregando consigo uma foto de duas mulheres.

- Não se preocupe que nós temos coletes. Deixei o avião em modo piloto automático. Boa sorte à todos.

Sam posiciona Bianca no paraquedas tentando acalma-la com palavras positivas. Diego faz o mesmo com Michelle.
Sinto a mão de John passando na minha cintura, colocando o paraquedas.

- Você sabe usar isso?

- Eu, Sam e Diego tivemos um treinamento rigoroso no Orfanato Blue House. Aprendemos como usar o paraquedas.

- Você é órfão? - Nunca pensei que John fosse órfão. Já imaginei ele com a família e três irmãos, um labrador e um gato preto.

- Meus pais morreram em um acidente de moto. Era uma criança que foi levada para o orfanato. Posso te contar a história toda mas, agora temos que saltar.

Diego abre a porta do avião e todos se preparam ao som do grito de Bianca e Michelle chingando por seu ouvido não aguentar tanta gritaria.

Sam e Bia saltam primeiro, os dois pilotos mais atrás. Diego e Michelle saltam sorrindo com a  adrenalina e eu...

- NÃO VOU PULAR!...

- Ruiva, precisamos se não vamos morrer.

- Estou com medo, John.

- Fecha os olhos.

- NÃO! NÃO! NÃO!

- Sulla! Tira a mão da porta.

- EU NÃO QUERO MORRER...

John tenta tirar minha mão da porta mas, sou mais forte que ele. O avião se inclina em alta velocidade. Caimos para o lado batendo nas poltronas. As malas passam pela porta voando todas as nossas roupas.

- JOHN!

- SULLA. Precisamos sair daqui agora.

Concordo com ele ao me levantar com dificuldade. John geme de dor por eu ter caído por cima dele. Ele nos posiciona e fecho meus olhos quando saltamos do avião.

O vento bate com violência do meu rosto. John grita " Uhuu " como se tivesse se divertido. Acho que ele tá. Só sei que perdi minha consciência depois disso.

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