23. BOMBA

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N.A.: Mais um... 😍😍😍




Como nem tudo é perfeito, as férias de inverno acabaram mais rápido do que eles queriam. Os primeiros dias foram de fofocas, cada um contando como foi as festas que participou, presentes ganhos.

Uma pessoa no castelo parecia ainda mais azeda. Severo Snape. Alguns alunos temiam mais as aulas dele em janeiro que em todo o resto do ano.

Eram poucos os que se atreviam a aceitar os desafios dele. Em especial os exercícios e provas dadas por ele. Tiago era um deles.
Mas esse ano, seu ódio estava direcionado para uma pessoa. Harry. Bastava o maroto espirrar no corredor que o Morcegão aparecia com uma ameaça de detenção.

Snape tentava seguir Harry, ou Gina, por saber que ela iria se encontrar com ele. Mas como eles e os outros marotos e as meninas conheciam as passagens secretas do castelo, ficava muito difícil para o professor. O que aumentava sua irritação.
Gina já tinha armado um plano de vingança, mas Harry a impediu. Alegando que só piorariam as coisas para ele.

No dia trinta de janeiro o humor do professor estava péssimo. O que levou a uma cena durante o horário de almoço. Gina e Harry estavam namorando tranquilamente num dos jardins da escola. Como faziam quase todos os dias. Até a chegada do professor.

- É contra as regras da escola namoros. - disse ele separando de forma violenta um beijo do casal.

- Durante o horário de aulas sim, ou em locais que induziriam as pessoas a pensar ou fazer outras coisas. - disse Harry sem se importar em segurar a raiva. - Mas como estamos no horário do almoço, e estamos no jardim às vistas de todos, não é. O diretor adora conversar com os namorados que estão por aqui, nunca o vi repreendendo ninguém. Ele diz que o amor é uma arma perigosa. Você devia tentar.

- Não ouse falar isso pra mim, Potter. - disse o professor dando as costas. - Não te dou uma detenção, pois com certeza ele vai reclamar de mim. Você é igual ao seu pai, queridinho dos professores.

Snape saiu cuspindo marimbondos.

- O que foi isso? - perguntou Gina.

- É o dia de hoje. - disse alguém se aproximando deles. - Somente Alvo conversa com ele nesta data.

Os dois olharam e viram Firenze se aproximar.

- Hoje é o aniversário de uma amiga antiga dele. - disse o professor. - Ele era apaixonado por ela. Eles tiveram uma briga feia, e depois teve uma má notícia neste dia.

- Quem é ela? - perguntou Harry.

- Sua mãe. - respondeu o professor, tanto Harry como Gina se assustaram. - Por que a surpresa? Não sabia que eles eram amigos? Me esqueci que você vive com seus tios. Vocês têm que entender que era fácil se apaixonar pela sua mãe. Vários meninos se apaixonavam por ela. Bonita, esperta, inteligente, não abaixava a cabeça para ninguém, diferente das outras meninas. Eu mesmo a convidei para um baile, mas ela preferiu ir sozinha em solidariedade a uma amiga que ia sozinha por ter brigado com o namorado. Mas para Severo as coisas eram diferentes, eram amigos de infância, vivam conversando, alguns achavam que iam namorar, outros que eram primos. Bom, o que aconteceu foi que ele, que é Slytherin, começou a andar com uma galera barra pesada, que mexia com roubos, pichação, essas coisas. Lilian não apreciava isso. E quando estavam no primeiro ano, ele ofendeu a sua mãe quando ela o defendia do seu pai e seus amigos. Bom, como boa ruiva, nunca mais falou com ele. E depois no dia do aniversário dela no terceiro ano, ele tentou retomar a amizade, mas acabou recebendo a noticia do namoro dos seus pais. E como vocês viram, Severo e Tiago eram inimigos jurados. Tiago invejava a proximidade do seu professor com a ruiva e Severo desejava ser como seu pai.

- E por que ele me odeia tanto, então?

- Porque você é o perfeito símbolo do amor dos dois. A cara do seu pai e os olhos de sua mãe. Ele não pode te olhar e não se lembrar do seu pai, e do fato que ele perdeu a chance se ser ele o amor de sua mãe.

- Esse é problema dele. - disse Gina. - Só porque ele é um mal amado, não devia descontar na gente.

- Algumas pessoas tem dificuldade em aceitar as coisas. Ainda mais quando se trata de amor. - disse o professor se afastando.

- É por isso que todos me conhecem então. - disse o moreno. - Meus pais estudaram com a maioria dos professores, e o resto deu aula pra eles.

- Pelo que parece, você não decepcionou eles. - respondeu Gina dando um beijo nele.

Harry estava repassando para Valter o dinheiro referente às contas e comida. Claro que depois que ele descobriu que a casa é dele, parou de pagar o aluguel.

- Ainda quero descobrir por que você me odeia. - disse ele para o tio.

- Quer saber? Vou te contar. - disse ele com raiva. - Acha mesmo que minha primeira opção foi a sua tia? Não, não era. Era a sua mãe. A menina mais bonita e mais simpática. Todos gostavam dela. Conheci-a por causa da sua tia, já que somos, ou melhor, éramos alguns anos mais velhos. Tentei indiretas, diretas, mas ela nunca me percebia. Até que chegou o seu pai. Eu podia com aquele rapaz com cabelo oleoso, mas seu pai... O herói da escola, o grande jogador de futebol americano, aquele que tinha as notas mais altas. Bastou ele aparecer e eu nunca tive chance. Namorei a sua tia para ver se ficava mais perto e podia atrapalhar os dois, mas nada abalava aquele caso.

- E eu sou o símbolo deste caso. - disse Harry. - Supere isso. Foi há tantos anos, e você ainda fica nessa.

- Como eu posso superar, se seu pai fez questão de se matar e levar a mulher que eu amei com ele, me deixando uma cópia dele.

- Claro, meu pai fez isso de propósito para te irritar. Preferiu morrer em um acidente que não teve a mínima culpa, só pra fazer você me criar. Faça-me o favor.

- Aquelas flores não eram pra mim? - perguntou Petúnia, que escutou toda a conversa. - Eram pra Lílian. Esse tempo todo, você gostava da minha irmã.

- Petty não é assim, eu passei a gostar de você. - disse Valter.

- Harry, por favor, suba. - disse ela. - Preciso ter uma conversinha com esse ai.

- Eu não esperava essa bomba. - disse Harry se desculpando.

- Eu sei, Harry. Ninguém esperava isso. - disse ela com um sorriso para ele, mas que sumiu quando olhou para o marido.

Harry subiu, não queria ser envolvido mais na briga. Esperava que sua tia não se machucasse mais.

Segredos de Uma Vida Quase NormalOnde histórias criam vida. Descubra agora