06. Experiência Proveitosa

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Harry fingiu que nada havia acontecido durante a chegada de Guida, no jantar. O que pareceu deixar a mulher com mais raiva, pois, por alguma razão não informada, Valter pediu que ela não começasse outra discussão com o garoto.

Mas o moreno acabou ficando fora de toda a conversa durante a refeição, o que não foi um problema para ele. Principalmente que o assunto era o primo e seus grandes feitos durante o tempo que Guida não os visitava.

Ele só agüentou tudo porque seus pensamentos estavam na conversa que teve com Gina. Não foi nada sério, pelo contrário, foram banalidades, mas a ruiva tinha o poder de melhorar o humor do garoto.

Na manhã seguinte, Harry fez questão de tomar o café bem cedo e depois se ocupar de seus deveres. Era sua maneira de evitar conflitos com os Dursley.

Perto do meio dia, Harry avisou a tia que não iria almoçar e não sabia a hora que voltaria. Já estava de saída quando Guida se impõe a sua frente.

- Aonde você pensa que vai? - disse ela com uma pose que ela usava quando o moreno era pequeno, para assustá-lo, aproveitando que Valter havia saído por conta de algo da nova empresa que trabalhava. - Eu quero você sempre perto de mim, vou ficar de olho em você, pirralho.

- Isso não é da sua conta.- disse ele sem se abalar com a pose dela, coisa que já acontecia há anos.

- É sim, seu moleque. - disse ela com raiva da audácia dele de respondê-la. - Na ausência do Valter, sou eu quem manda nessa casa.

- Na ausência do Tio Valter, quem é responsável pela casa é a tia Petúnia, aliás, mesmo com ele aqui. - respondeu Harry sem ao menos levantar a voz para ela. - E ela já está ciente do que vou fazer. E mesmo assim ela não manda em mim, então nem mesmo ela, quanto mais você podem me impedir de ir a qualquer lugar.

Harry seguiu para porta, mas sentiu algo prendendo seu braço. Ele se virou e viu Guida com a mão levantada pronta para bater nele. Ao invés de se retrair e tentar se defender, ele disse calmamente.

- Bate. Mas use toda a força que tem, pois será a única chance que terá para isso. Eu preciso de um motivo para sair desta casa, sem contar que ainda coloco a policia atrás de você por agressão, ainda sou menor e isso pode te complicar mais.

Guida afrouxou o aperto, mas não o largou, a ameaça de sair de casa foi mais impactante que a de chamar a policia, ela tinha alguns amigos que poderia intervir e ela nada sofreria, mas Valter sempre disse que era preciso manter o garoto morando na casa, ainda mais agora, ela sempre quis saber o motivo para isso, mas o irmão nada dizia.

Ela finalmente soltou o moreno que saiu de casa. Voltando para Petúnia, Guida percebeu que a cunhada estava completamente pálida, mas sem saber se era pela tentativa de agressão ou pela ameaça do menino de sair de casa. Ela sabia que a mulher amava o sobrinho, assim como tinha amado a irmã, e este era seu único vinculo com a sua família.




Harry esperou estar longe de casa para poder extravasar a raiva que sentiu. Deu um grito, o mais forte que conseguiu, não foi tão bom como bater em algo, mas funcionou. Mas na raiva ele nem percebeu que duas senhoras se aproximavam dele, as assustando.

- Harry, o que foi isso, você nos assustou. - disse Arabella.

- Desculpe por isso. - disse ele corando de vergonha. - Não era a minha intenção, mas precisava aliviar a minha raiva, depois que discuti com a irmã do meu tio.

- Eu vi aquela mulher ontem, se tiver a personalidade parecida com a do irmão como tem a aparência, você tem motivos para ficar com raiva. - disse Arabella. - Ó a minha distração, Harry Potter, esta é Giselle Meadowes

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