17. O Encontro

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- Lene? Sirius? Remo? São vocês mesmos? – disse Petúnia saindo da cozinha ao ouvir vozes vindas da sala.

- Sim, somos nós. – disse Lene sem emoção nenhuma na voz.

- O que vocês querem agora? – disse a dona da casa com raiva. – Largaram o Harry na minha mão e ainda mandaram a gente sair da cidade.

- Do que você está falando? Nós não falamos com vocês depois do enterro do Pontas e da Lily. – disse Sirius.

- Não, nem isso vocês tiveram coragem. Mandaram aquele advogado engomadinho falar comigo.

- Malfoy? O que ele tem haver com isso? – perguntou Remo.

- Depois do enterro, ele veio até mim e disse que vocês não queriam o Harry por perto e que era para pegarmos ele e sair da cidade. Até mesmo fez um pagamento na hora. – falou Petúnia. – Disse que Lílian e Tiago não tinham escolhido nenhum tutor e como eu era a única pessoa da família tinha a guarda dele automática. Ele envia todo mês uma certa quantia para o Harry.

- Desgraçado. – disse Sirius. – Eu mato aquela lombriga superdesenvolvida.

- O Sirius é o guardião legal do Harry, segundo o testamento de Tiago e Lílian. – disse Remo. – Assim ele é o administrador da herança dele. Procuramos por vocês durante esse tempo todo.

- Não é possível. – disse Petúnia assustada. – Eu enviei cartas durante esses anos para vocês. Algumas até com fotos. Não conseguia acreditar que vocês fossem tão sem sentimentos que iam manter o Harry afastado, e nem possibilitar ele de estudar na escola que seus pais estudaram.

- Você as colocava no correio pessoalmente? – perguntou Tonks.

- Você eu não conheço.

- Me chamo Tonks. – disse ela. – Noiva e parceira do Remo.

- Fico contente que tenha encontrado alguém. Mas eu coloquei algumas, mas elas retornavam. Acho que era para o endereço antigo de vocês, da época da escola, depois passei a mandar para a P&B. A maioria quem mandava era o Valter. Nunca recebi nenhuma resposta.

- Eu não recebi carta nenhuma. – disse Sirius.

- Fiquei tão feliz em voltar para casa, quando Valter disse que foi contratado para uma empresa aqui. Pensei em tentar encontrar um de vocês, mas não sabia a reação de vocês.

-Nós... – disse Lene.

- Desculpe fazer vocês esperarem. – disse Valter descendo as escadas, como cabelo visivelmente molhado, indicando que saíra do banho, interrompendo a Lene.

- Temos toda a noite. – disse Sirius de forma bem sarcástica.

- VOCÊS? O QUE VOCÊS FAZEM NA MINHA CASA? – berrou Valter. – Vou chamar a polícia, vocês não têm direito de invadir a minha casa.

- Nós somos a Polícia. – disse Remo, mostrando seu distintivo, assim como Tonks. – E não invadimos nada, tocamos a campainha e sua irmã permitiu a nossa entrada.

- Mas se quiser chamar mais alguém, fique a vontade. – disse Sirius. - O criminoso aqui é você. Sequestrador de menores.

- Eu não sequestrei ninguém. – disse Valter. – O menino perdeu os pais e devia ficar com a família.

- FAMÍLIA? – perguntou Sirius alterado. – Se ele faz parte da família, por que não aparece em nenhuma foto?

- Ele não gosta de fotos. – disse Guida tentando ajudar o irmão. – Ele não pode ver uma máquina que foge correndo.

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