A semana depois do jogo foi atípica para Harry. Antes as pessoas se afastavam dele por ele ser um motoqueiro, o que ele não achava tão desagradável assim. Mas agora ele parecia ser o centro das atenções.
Certo que ele não era o único, todos os jogadores de futebol estavam recebendo mais atenção.
Havia alguns casos interessantes. Duda, por incrível que pareça, estava sendo humilde e atribuía a vitória a todo o time e principalmente ao seu primo. Com isso até ganhou uma fã.
E Malfoy tentava se gabar, só porque fez o primeiro touchdown, mas como alguém contou da tentativa de sabotar Harry, e isso somado com a vitória, ninguém mais ligava para ele.
- Aquela jogada me lembrou muita uma do seu pai. – disse Firenze quando foi cumprimenta-lo pela vitória. – Só que ele foi pelo meio do campo mesmo, assim que pegou a bola, com o Sirius fazendo de escudo. Os dois tinham treinado essa jogada sem que ninguém soubesse. Sua mãe quase arrancou o meu braço quando viu.
E sempre que os fãs se tornavam um pouco mais entusiasmados aparecia alguém que botava medo neles. Tiago espantava os meninos e Gina as meninas. De alguma forma a ruiva conseguiu a habilidade de usar as passagens secretas sem que ninguém visse. E isso aterrorizava todo mundo.
- Como você sempre sabe que eu estou por perto? – ela perguntou para ele, já que ele nunca se assustava. – Você sempre se assusta com o Tiago.
- Eu gosto do seu perfume. – disse ele. – Sempre o sinto antes de você aparecer. E o nosso amigo não usa perfume.
- Chato.
Harry foi visitar Sirius na P&B. Aproveitando que os professores estariam em uma reunião.
Gina não pôde acompanhar, já que havia combinado com a mãe de sair para procurar um vestido para a formatura.
- E ai, Almofadinhas? Como andam as coisas? – ele perguntou quando entrou na sala da presidência.
- Sem muita novidade. – disse ele. – As coisas andam calmas. Fechamos alguns contratos, o de sempre.
- Isso sempre é bom, não estamos ficando parados. – disse ele, já conhecendo um pouco da empresa.
Sirius deu alguns detalhes dos contratos mais relevantes para Harry.
Até que a secretaria interfonou.
- Parece que tem um oficial da justiça ai. – disse o presidente. – Isso é uma coisa normal em uma empresa grande.
Ele recebeu o oficial, e pegou uma intimação.
- Sabia que Malfoy andava muito quieto. – disse Sirius. – Ele entrou na justiça para anular o reconhecimento de sua herança.
- Por que ele faria isso? Que eu saiba, mesmo que eu não receba mais nada, ele não pode comprar as minhas ações. – perguntou Harry.
- Sim. Mas ele pode tentar atrapalhar tudo e destruir a empresa. Bem no estilo “Se eu não posso ter, ninguém mais vai ter.”
- Ai explica o que ele está alegando?
- Não. Vamos ter que ver.
A notícia do julgamento caiu como uma bomba em todos. Ficaram todos espantados com isso. Mas ninguém deixou de dar seu apoio a Harry.
- Eu gostava de você pobre. – disse Gina. – Nada mudou depois que descobri a sua origem, nada vai me fazer ter outro pensamento.
Mas o clima ficou pesado até o julgamento.
Harry até ganhou um serviço de guarda costas. Motoqueiros estavam se revezando para proteger ele, assim como um grupo de policiais. Isso acontecia tanto na escola, quanto na casa dele, e na de Gina. Aparentemente algo poderia acontecer com Harry até o dia marcado, assim como tinha acontecido na sua apresentação na P&B.
Tudo aconteceu normalmente até o julgamento, que foi realizado rapidamente.
Harry foi com Sirius e Marlene para o tribunal. Dorcas seria a advogada deles, já que com a saída de Malfoy ela foi contratada pela empresa.
Já estavam presentes Gina, Rony e seus pais, Hermione, Lilian com seus pais, Tiago, Suzy, os seus pais e mais um monte de motoqueiros descaracterizados.
- Pode ficar tranquilo. – disse o Pacificador. – Dei uma olhada no processo e não tem nada que possa te prejudicar, mas Malfoy é conhecido por jogar sujo e pode ter algo guardado que ainda não apresentou.
- Teremos que ver. – disse Sirius.
Eles entraram na sala de julgamento, e encontraram Malfoy já preparado, e em um banco atrás dele estava Valter Dursley.
Harry desconfiava que o ‘tio’ tinha algo para aprontar.
Ele, Sirius e Dorcas sentaram-se à mesa ao lado do Malfoy.
- Todos de pé para receber a Dra Amélia Bones, presidente desta seção.
Todos se levantaram, mas Harry sabia que aquele sobrenome era conhecido.
- Caso Malfoy versus P&B.
- Favor o acusador se pronuncie. – disse Amélia.
- A apresentação do Sr Harry Potter como herdeiro de Tiago Potter, herdeiro da P&B é uma farsa. – disse Malfoy. – Harry Potter morreu no acidente que vitimou seus pais.
- Tem alguma prova disso? – perguntou Dra Bones.
- Sim, tenho o atestado de óbito de Harry Potter. – disse o loiro mostrando um documento para a juíza.
- Interessante. – ela disse. – Isso é só um papel, tem testemunhas que possam comprovar isso?
- Sim. Valter Dursley. – disse Malfoy. – Marido da irmã de Lilian Potter.
- Pode se aproximar, Senhor. – pediu Amélia.
Valter se adiantou e sentou na cadeira indicada.
Depois de ter feito o juramento, Amélia prosseguiu com o julgamento.
Como não era um julgamento criminal, Amélia quem fazia as perguntas.
- Sr Dursley, você confirma a história de que o menino sentado ali não é Harry Potter?
- Não. – disse Valter surpreendendo a todos. – Aquele ali é Harry Potter, eu mesmo o retirei do hospital com a minha ex mulher, sua tia, quando ele teve alta.
- Não foi isso o combinado. – disse Malfoy.
- Não, não foi. Mas não ia mentir por você. Já tive a minha cota de desgraça por causa desse seu plano.
- Ninguém nunca ia descobrir. – disse Malfoy.
- Malfoy. – disse a juíza. – Eu era amiga intima de Lilian. Conheci Harry pequeno. Sabia que ele é parecido com Tiago, não tanto quanto realmente ele é. E tem um pequeno detalhe, a cicatriz não foi divulgada em nenhum jornal que falava do acidente, nem mesmo em qualquer relatório médico.
- Com tanta juíza fui pegar logo uma que conhecia o caso. – disse Malfoy indignado.
- E você acaba de receber um processo por calúnia e difamação e, obviamente de falsificação de documentos.
- Essa foi fácil. – disse Remo depois de levar novamente Malfoy algemado.
- Isso porque Malfoy não tem sorte. – disse Sirius. – Com tantas juízas, ele tinha que pegar justamente a Amélia.
- Sorte? – disse Lene. – isso não tem nada com sorte. Olha ali.
Claudio, o Pacificador e Amélia estavam conversando.
- Esse menino teve a quem puxar. – disse Tonks. – Tem boas relações.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Segredos de Uma Vida Quase Normal
FanfictionHarry está cansado de sua vida com seus tios. Está esperando somente fazer 18 anos para sumir. Mas uma mudança de cidade pode mudar tudo. UA. Obs: Essa história não me pertence, créditos ao autor Mago Merlin que me permitiu postar sua história aqui...