A Pausa

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Depois da ameaça de morte enviada por um seguidor do Lorde Das Trevas – do qual ainda não temos a identidade – as coisas passaram em um flash. Eu mal tive tempo de absorver tudo que havia acontecido.

Em um segundo estávamos no DEO contando – de novo e de novo – o que havia acontecido na Terra paralela e tentando entender o que a Magia havia feito com a nossa mente, no outro eu estava passando por mais exames e no segundo seguinte era de manhã e eu estava indo para o meu apartamento.

Lena havia ido embora, na verdade, J'onn "pediu que ela se retirasse" e por mais que eu soubesse que ela queria me ajudar ficando ali, eu dei graças a Rao. Não estava conseguindo ficar perto dela, mesmo que não estivesse vendo os ferimentos eu sabia o que eu tinha feito e não conseguia aceitar aquilo.

Eu prometi proteger á tudo e todos, mas quem era mais importante pra mim estava sempre em perigo exatamente porque estava próximo á mim. Do que valia ter todos os meus poderes e ser capaz de salvar a cidade se qualquer um pode fazer de mim um fantoche destruidor com um pedaço de Kryptonita ou simplesmente tocando meu rosto?



De manhã...

Quando chegamos á porta do meu apartamento descobrimos que a mensagem não havia sido deixada com tinta vermelha. Tinta não cheirava daquele jeito e você não conseguia tinta vermelha matando alguém. Assim que percebi isso meu corpo gelou intensamente e eu pensei em todas as pessoas que eu conhecia porque aquele sangue poderia ser de qualquer um.

-Alex, liga...

-Calma, deixa comigo. – ela disse segurando o meu braço de um jeito reconfortante. – Provavelmente ainda conseguimos um DNA... Agente Vasquez, por favor.

Vasquez abriu a porta com uma luva e começou o trabalho enquanto nós entravamos no meu apartamento. Não havia nenhuma bagunça, não havia nada revirado, o que por alguma razão só deixava tudo ainda mais assustador já que tínhamos certeza de que alguém havia realmente entrado ali. Quem entrou não queria destruir meu apartamento, mas queria que eu tivesse certeza de que ele entraria e sairia quando quisesse e do modo mais natural possível.

-Cadê o Sanvers?

-Quem? - o J'onn perguntou.

-Meu cachorro. Cadê meu cachorro?

-Eu não faço a mínima idéia. – Ele disse displicente. – Nós precisamos sair daqui o mais rápido possível, por favor.

-Desculpa, mas qual é o plano mesmo? - eu disse irritada.

Enquanto ele falava, eu continuei andando cada centímetro do meu apartamento á procura do Sanvers. Mesmo sabendo que se ele estivesse ali ele já teria vindo pular em mim, eu não queria acreditar que ele não estivesse ali. Não podiam ter tocado no meu cachorro.

-...Você vai ficar em isolamento enquanto nós procuramos os autores disso tudo. Você não pode ficar exposta...

-Você não espera que eu vá sentar e colocar as pernas pra cima enquanto tudo acontece né? - eu perguntei voltando á sala.

J'onn e Alex estavam parados de braços cruzados me encarando com olhares impassíveis, era exatamente isso que eles estavam esperando. E exatamente isso que não iria acontecer de jeito nenhum. Visivelmente, aquilo era tudo culpa minha e não fazia sentido nenhum deixar que as pessoas que saíram machucadas por minha causa resolvessem aquilo pra mim.

-Eles estão atrás da você...

-Exato. Então, me deixa resolver com eles!

-Não é assim que funciona...

Em Nome Do Amor I | SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora