Um capítulo leve.
Playlist: (I Wanna Be Yours - AM; Suddenly I See - K T Tunstall)
O hot é do Louis e da Rafa Ella
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A noite naquela mansão era incrível, eu tinha que admitir. Eu nunca fui muito chegada em luxúrias e com certeza preferia meu apartamento charmoso á muitos outros por aí, mas isso não me impedia de ver o quão maravilhoso aquele lugar era.
Mais á noite quando Lena já havia dormido, eu me levantei e fui andar pela propriedade porque eu não conseguia dormir. Ás vezes, as coisas simplesmente se acumulavam tanto na minha cabeça que ao me deitar no colchão, meu corpo começava a flutuar, tudo acontecia menos eu conseguir dormir. E naquela noite em especifico, o trauma da nossa última noite não me permitiria dormir em paz.
Então, eu explorei cada canto daquele lugar. Descobri que do lado de fora havia um grande jardim que formava um labirinto, algo que parecia ser requisito mínimo em toda grande mansão de respeito. Descobri que o apreço por livros é uma virtude da família Luthor, e bibliotecas também. A biblioteca do segundo andar – não a única – era enorme e incrivelmente bem cuidada. As estantes não seguiam um padrão e parecia um grande jogo de Tetris de madeira.
Eu conseguia imaginar a Lena e o Alexander ali. Eu conseguia imaginar os dois juntos, bolando planos muito mais pretensiosos do que os aviões de papel com os quais eu estava preocupada na mesma idade que eles. Conseguia imaginar uma Lena em algum canto daquela biblioteca sentada lendo algum livro, ou quem sabe três ao mesmo tempo, com o cabelo jogado e uma camiseta de banda.
Descobri que naquela biblioteca havia um rádio e tive que voltar alguns séculos para conseguir ligá-lo e operá-lo e passei a noite e grande parte da manhã ali. Havia uma enorme janela na biblioteca na qual assisti o nascer do sol, sentada em uma enorme e confortável poltrona de couro.
Lentamente, as músicas do rádio deixaram de ser depressivas lembrando uma tarde de domingo e começaram a ficar mais animada com o objetivo de acordar quem estivesse escutando. Estava funcionando. Mesmo que eu não estivesse dormindo, agora as músicas me davam vontade de levantar e dançar. E assim eu o fiz.
A luz que entrava pela janela iluminava os livros e a madeira das estantes deixando tudo com um tom forte e alegre. Estava tudo em perfeita ordem e o resquício de ar de abandono que poderia haver na noite anterior havia ido completamente embora. Eu conseguia me imaginar morando ali e frequentando aquele cômodo todos os dias.
Crianças passando correndo e sentando, logo em seguida, em frente às poltronas de couro para ouvir histórias. Quatro crianças de cabelos loiros ou castanhos escuros, com ares agitados e cérebros espertos. Seus olhinhos, azuis ou verdes, iriam mirar as paredes ou os livros enquanto ouviam mais um capítulo da história. Até que eles iriam crescer e então conseguiriam ler seus próprios livros, e o fariam ali naquele mesmo lugar. Até que iriam embora e sentiríamos falta deles, mas sentiríamos falta com um sorriso no rosto nos lembrando de todos os momentos bons. Eu e Lena.
E eu também não me recordo quando foi que aqueles pensamentos viraram projeções de um futuro desejado. Eram apenas crianças quaisquer no começo, eu prometo.
Ás 9 horas da manhã, depois de encontrar mais de vinte e sete diferentes edições de Alice No País Das Maravilhas, o livro favorito da Lena, e escutar músicas repetidas no rádio pelo menos três vezes cada uma, eu estava de pé dançando levemente enquanto rondava pelas estantes. Estava tocando Suddenly I See de um dos meus filmes favoritos. Era impossível escutar aquela música sem querer mexer seus pés e se agitar imensamente.
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Em Nome Do Amor I | SUPERCORP
FanfictionKara Danvers tem tudo o que deseja: o controle de seus poderes, o equilíbrio entre sua vida de super-heroína, o amor de sua família e apoio de seus amigos... Tudo menos o amor de Lena Luthor. Mas e se fosse recíproco, por quem Lena se apaixonaria, p...