Sejam bem-vindos ao fim.
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Três dias depois...
Era uma segunda-feira á noite e Kara deveria estar em casa provavelmente recebendo seus convidados para o seu chá de casa nova, mas ao invés disso, Kara estava entrando em uma loja em um bairro vizinho ao seu para comprar o que Lena havia lhe pedido há horas atrás. Ela havia passado o dia todo resolvendo questões importantes e o tempo que passou sem trabalhar deixou o seu cálculo de horário enferrujado.
Para completar o arco de atraso, Kara percebeu que já não fazia mais a mínima ideia de qual tempero ela deveria procurar. Lena estava fazendo um banquete para a reunião de amigos. Porque mesmo que fosse só o grupo de sempre, Lena estava extremamente empolgada com a cozinha nova. A única coisa que Kara precisava fazer era comprar o tempero, e isso ela também não estava conseguindo fazer.
Ninguém imaginava que pudessem existir tantos tipos e sabores diferentes de tempero. Qual deles deveria ser usado em uma torta de frango? Eu não sei, e Kara também não sabia.
Ela procurou o que mais se aproximava do que ela imaginava de um tempero para aves e se virou para o caixa para perguntar o preço. Assim que ergueu o produto, a porta do estabelecimento foi aberta com um grande alarde. Um homem de pele clara e pálida passou pela porta. Sua cabeça se mexia de um lado para o outro como se ele estivesse sobre o efeito de cocaína e a arma na sua mão parecia nunca ter sido empunhada antes.
"Aquilo não estava acontecendo de novo", foi tudo que Kara conseguiu pensar.
-Isso é um assalto! – o homem gritou.
A voz dele parecia nervosa. Ele parecia nervoso, algo incomum. Kara tinha uma grande experiência com assaltantes – principalmente os que vão atrás dela e não o contrário. Eles não costumam estar nervosos, e era apenas uma loja de esquina, afinal. Era isso que aquele homem deveria estar pensando, mas não era o que ele estava pensando.
Na cabeça dele se passavam mil e quinhentas razões para ele não estar ali naquele momento e também como ele havia sido estúpido de fazer aquilo sozinho - não que ele tivesse com quem contar.
-Todo mundo no chão. – ele disse. O dono do estabelecimento que estava no caixa nesse momento deu um passo para trás, mas a sua cautela foi quebrada quando ele esbarrou na grade de revistas. – Não ouse ligar para a polícia.
O homem ergueu a arma, apontando-a para a cabeça do homem no caixa. Todos as pessoas presentes na loja estavam no chão, de cabeça baixa, ou encolhidos em algum lugar. Todos menos Kara. Kara estava parada fora do campo de visão do assaltante – se é que ele poderia ser chamado assim – atrás da mesma estante onde ela estava antes de ele chegar. Ela não havia se mexido desde que ele chegou.
Sua cabeça estava calculando todas as coisas que poderiam acontecer naquela situação. Tentando descobrir o que tornava aquela situação diferente da última vez em que ela estava em um ambiente sendo assaltado. O que era diferente da situação que a confinou por um mês. Ela obviamente não iria deixar que ninguém levasse um tiro, ainda mais por ter certeza que as chances de aquele homem nervoso como estava fazer algo do tipo eram mínimas.
Mas não era essa a questão. Morrer nenhum deles queria, mas ser salvo pela Supergirl já era uma questão completamente diferente.
O homem no caixa começou a despejar o dinheiro na sacola que o assaltante havia lhe empurrado. O assaltante estava andando de um lado para o outro, menos focado em todas as chances que aquilo tinha de dar errado ou em quem estava ao eu redor do que deveria. Ele estava procurando alguma coisa, alguma coisa muito específica. Kara tinha certeza de que ele não estava ali por dinheiro.
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Em Nome Do Amor I | SUPERCORP
Hayran KurguKara Danvers tem tudo o que deseja: o controle de seus poderes, o equilíbrio entre sua vida de super-heroína, o amor de sua família e apoio de seus amigos... Tudo menos o amor de Lena Luthor. Mas e se fosse recíproco, por quem Lena se apaixonaria, p...