A Volta

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Eu acordei na câmara solar do DEO. Acordei em um susto com o coração ainda batendo rápido com os últimos minutos do que eu me lembrava de ter vivido, eu me sentei na cama rapidamente com a respiração acelerada com as minhas memórias recentes atingindo meu cérebro em ondas violentas.

-Kara. – A Alex disse irrompendo nos meus pensamentos.

Eu me virei sem conseguir fugir do forte abraço que ela me deu. Eu não sabia ao certo o que havia acontecido e parecia que eu tinha estado distante por anos. Eu abracei a Alex de volta, porque havia um sentimento enorme de perda dentro do meu peito, eu não sabia o que era e estava feliz que não era ela.

-O que aconteceu?

-Longa história. – Ela disse respirando fundo. – Eu achei que eu iria te perder?

-Vai ser um pouco mais difícil que isso se livrar de mim. – eu disse forçando um sorriso. – O que está acontecendo?

Uma correria apressada acontecia do outro lado do vidro da sala.

-O que uma visita do Superman não faz com as pessoas.

-Kal-El? O que ele está fazendo aqui? - eu me levantei rapidamente, ela colocou a mão gentilmente sobre o meu ombro com um olhar repreensivo.

-Ele veio te ver. Vai com calma. Nós temos mais visitas e nem todas elas tão animadoras.

Eu me coloquei de pé devagar e apesar de estar sentindo meu corpo tão leve quanto o normal, uma dor de cabeça insistente ainda rodava o meu corpo. Alex me levou para o lado de fora da sala e nós descemos as escadas em direção a mesa central do QG.

Kal-El estava parado ao lado do Winn que parecia nervoso e feliz ao mesmo tempo com a situação, do outro lado da mesa estavam Maggie e Lena. Eu queria sorrir pela Lena estar ali, mas mesmo não me lembrando de tudo o que havia acontecido eu tinha certeza de que ela não estava ali por uma boa razão. E no centro da mesa estava a nossa querida presidente – que com certeza não usaria o mesmo adjetivo pra mim.

-Supergirl.

-Senhora Presidente. – eu disse apertando sua mão.

-Acho que todos nós sabemos por que estamos aqui. – ela disse com um ar altivo. Olhando entre mim e o Mon-El repetidas vezes ela deixou claro seu mísero plano e como estava feliz em finalmente realizá-lo. – E dessa vez eu tenho um mandato?

-E dessa vez eu tenho explicações. – disse o J'onn calmamente.

O sorriso dela azedou levemente, mas ela apenas assentiu. O J'onn fez sinal para a Alex que começou a exibir documentos no painel e dissertar sobre cada segundo do que havia acontecido. Eu me sentiria melhor se aquilo não tivesse acontecido daquela maneira, me ver em vídeos atacando pessoas mesmo que não fosse eu de verdade, era extremamente estranho.

Eu conseguia me lembrar de cada segundo do que havia acontecido, mas era como se eu assistisse á um videogame em primeira pessoa, porque nada daquilo parecia ser eu. Eu não sentia meu corpo fazendo nenhuma daquelas coisas, e eu nunca faria nada daquilo.

-A manipulação ocorreu por meio de um vírus implantado em kryptonita roubada do laboratório da L-Corp. A kryptonita foi usada para baixar a imunidade dos Daxamitas e kryptonianos e assim permitir que o vírus trabalhasse. O composto aumentou o nível de adrenalina e diminuiu as funções vitais do lóbulo frontal esquerdo, responsável pelas emoções, nos indivíduos contaminados.

-E até onde eu sei, National City tem um artigo penal que proíbe a prisão imediata e sem análise de fatores de infratores fora de seu estado mental normal. – O Kal-El disse.

Em Nome Do Amor I | SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora