Em Nome Do Amor I | SUPERCORP

A Notícia

Ouvi um 5k? É isso msm? É isso msm <3 <3 <3

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2 meses depois...

Eu acordei lenta e agradavelmente com uma fresta de luz minúscula invadindo o quarto. Que não era o meu quarto. Ao invés da minha cama e colchas coloridas eu estava em um império de cobertas e travesseiros em uma luxuosa cama preta e branca. Ao invés das enormes janelas do meu quarto, nas paredes estavam quadros de arte. E a parede ao lado da cama era na verdade uma chique porta de vidro que dividia o quarto do closet de Lena Luthor. Eu estava no quarto de Lena Luthor. Minha namorada.

E é impossível não acordar bem quando a primeira coisa que vem á sua cabeça é isso.

Eu me ergui na cama, procurando o corpo da Lena, mas ela não estava mais lá. Com os dedos cruzados para que ela não tivesse ido trabalhar eu me virei na cama e me pus de pé. Encontrei em cima do criado-mudo um post-it amarelo – que desde a minha declaração no espelho havia virado nosso meio de comunicação – na qual ela me avisava que estava na padaria.

Eu saí do quarto. Passei pela porta dupla que separava o seu quarto do resto do apartamento e no primeiro passo enrolei meu pé em uma blusa no chão. Era a minha blusa. E estava carregada de memórias de ontem á noite... Eu mantive o sorriso que invadiu o meu rosto com os flashbacks e continuei andando.

O apartamento da Lena parecia um acidente, parecia que as coisas haviam sido compradas em partes e ao acaso, mas ao mesmo tempo tudo se unia de um jeito tão fabuloso. Tão Lena. A paleta de cores se resumia á tons escuros e verde, sua cor favorita. Tudo era muito simples, simples o suficiente pra exalar elegância.

Mas de todo o apartamento a parte mais interessante – depois da geladeira, que estava sempre recheada das coisas maravilhosas que ela sabia fazer – era sua estante, e nisso nós concordávamos muito. A estante cobria todo o espaço possível da parede – deixando espaço apenas para a porta – era de madeira escura e repleta de livros, CDs e artigos.

Era uma coisa magnética aos olhos, qualquer um ao passar por aquela porta se prenderia áquilo. E mesmo vindo aqui há mais de um ano – e dormindo aqui, há mais de 2 meses – eu ainda não consigo resistir á tentação de me aproximar e tocá-la todas as vezes.

Era extremamente relaxante simplesmente passar o dedo pelas lombadas dos livros, as letras douradas das edições especiais e sentir o cheiro que impregnava próximo á estante. Eu poderia ficar ali por horas.

-Bom dia. – eu ouvi sua voz atrás de mim.

Mal escutei ela entrar no apartamento enquanto me perdia na sua estante. Eu me virei enquanto ela iluminava o apartamento com o painel inteligente abrindo as cortinas. Só então percebi que a única peça de roupa que eu estava usando era uma camisa de banda que eu mal sabia pronunciar o nome. Ela havia percebido isso e estava encarando meu corpo veementemente.

-Ótimo dia. – ela se corrigiu.

-Bom dia. – eu respondi indo em sua direção. – Quantas horas são?

-Hora de cozinhar comigo. Hoje é domingo, Kara. – ela disse me puxando para a cozinha.

Como sempre, nós estávamos trabalhando demais e eu descobri que mais difícil do que esconder a minha identidade da Lena era conseguir um horário em que nós duas estivéssemos disponíveis. As coisas na L-Corp estavam cada vez mais perturbadas, pioraram incrivelmente depois que Lilian Luthor resolveu desaparecer e como sempre, o sobrenome estava atrapalhando.