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                        CAPITULO 2
      COISA RUIM DO MEIO DIA

Segunda feira 02 de fevereiro de 1923 horário 11:30 da manhã, cartório Doutor Franco Aguiar Dos Santos, o dia era igual como qualquer outro que já romperá ou que pudera romper em um mês como aquele na pequena Toró dos Santos, o sol era de inflamar umbigo de menino novo ou talvez imbigo como se era dito lá pelas bandas da pequena Toró que regada de crenças e de superstições fielmente mantinham o equilibrio de suas tradições, uma das mais respeitadas era o fato de se recolherem para suas casas antes do meio dia pois se acreditava que todas as coisas ruins que pudessem existir passava por aquela região naquele horário inclusive o capeta e quem dirá que de forma injusta era destituído dessa sua maior e maléfica prerrogativa pelo povo que despercebidamente a atribuíam ao próprio medo, tinha até o bordão do meio dia ou da hora desgraçada ou também da zora desgramenta como era dita pela maioria que também quem dirá substituia as três palavras remediadoras que era esse aqui, "Deus o livre e arrede", e até o findar desse mesmo meio dia até o escutar do badalar do sino da igrejinha as treze em ponto também não se era permitido permanecer com estabelecimento aberto, invocar qualquer tipo de força maligna através de palavras, comer qualquer coisa que fosse, beber pinga excetuando-se seu Carrola que eu imagino que devesse beber umas escondido, tomar banho, fornicar , muito menos falar o nome de menino menor de um ano, a vista disso e com um receio danado daquela sombra atravessar a rodagem e o sino da igrejinha badalar o meio dia é que dona Alzira juntamente com seu Chagas já se encontravam desde de cedo porém devido a contra tempos naquele mesmo horário em frente aquele cartório que também talvez devido a contra tempos do irônico destino tinha como notário seu Naval que era conhecido por todos como o herege oficial dali e da mesma forma por direito e por justaposição, e se dom provém do Espírito Santo esse dom aí do seu Naval certamente era resultado unicamente de algum espírito conquanto de nenhum santo que desde de menino já se destacava pelos seus feitos heréticos como os de, se negar ir as missas, de fazer chacota com a veste talar do padre Janeandro o que de vez em quando lhe rendia umas boas tapas da sua mãe mas uns cascudos do padre, mijar em sepulturas especificamente nas cruzes, roubar hóstia, zombar do que era dito como sagrado e indo além dando nome de Santos a tudo que era bicho inclusive o de Jesus ao seu galo de briga até o seu time de futebol de botão ele o chamava de os Diabos que tinha o macabro grito de guerra, "Queima Satanás". Já na fase adulta até os dias atuais era com mera depreciação das doutrinas religiosas e alheidão pelas tradições da pequena Toró que ele dedicava seu tempo.
-- Eita Chagas! Eita Chagas! -- Alarmou dona Alzira com o menino nos braços que grunhia parecendo se sentir impaciente ao marido que estava a certa distância sua a fingir mimar outro menino.
-- Deus o livre e arrede! Deus o livre e arrede! -- Berrou seu Chagas ao escutar aquilo e por estar atento a dita zora desgramenta.

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