Capítulo Oito - Movido por ciúmes, parado pela paixão

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(Vocês vão brigar comigo se eu imaginei o Harry como o James Franco, dos primeiros filmes do Spider? Porque puta que pariu, que homem lindo).

Não estava nos planos de Peter, sair mais cedo da escola e encontrar o conversível de Harry parado na porta de sua casa. Também não estava nos planos de Peter, se apaixonar por Wade e nem tampouco, estar chorando por ele.

Nada disso estava nos planos. Por Deus, ele só queria estudar e viver em paz.

Mas ele tinha que se apaixonar. Pelo cara errado.

Entrando dentro de casa, viu a figura de Harry sentado em uma das bancas do balcão, enquanto Tony estava afrouxando a gravata e servindo um copo de uísque para ele.

  — Oi filho. Não sabia que chegaria tão cedo.

Tony deu um sorriso e abraçou Peter. Que não tirava os olhos de Harry. Ele estava mais homem, uma barba crescia no queixo onde Peter mordeu diversas vezes, enquanto Harry abaixava suas calças e lhe dava prazer.

 —   O pai Steve mandou uma mensagem. Disse que teríamos visitas.

Harry deu um sorriso e esfregou o polegar no lábio inferior.

  —  Ora, olá Petey. Você está belo.

Peter ruborizou. E se aproximou de Harry, tentando não encarar o rosto do seu primeiro amor.

 —  Como vai, Osborn?

Harry deu uma risada.

  —  Pensei que teríamos mais do que meras formalidades, Petey. Mas já que pergunta, estou bem. Acabei de chegar de Mônaco. Estava tudo tão belo. A paisagem me lembrou da vez que visitou por lá. Tivemos bons momentos.

Peter revirou os olhos. Foi lá que ele deixou sua castidade de lado e se entregou para Harry, nu e exposto em uma cama. Harry foi bruto, mas romântico. 

Stark e Rogers nem poderiam sonhar com isso. 

 —  Então, quanto tempo vai ficar aqui?

Steve surgiu, beijando Stark e se postando ao lado de Peter.

  —  Por alguns dias, Peter. Osborn vai cuidar da parte de recursos da empresa, enquanto organizamos a comissão de empresários e cientistas para a nova ala da empresa de pesquisa biotecnológicas.

 —  Ah. Então vai cuidar pessoalmente da contratação?

Harry bebeu do líquido e lambeu o lábio.

  —  Sim. E eu estou providenciando um apartamento no centro. Perto do Times Square. Espero que um dia, me visite.

Peter limitou a sorrir.

 —  Quem sabe.

Uma batida na porta faz com que os quatro homens se assustassem e Jarvis veio em ação.

Quando ele abriu a porta e viu os olhos claros de Wade, deu um sorriso.

  —  Rebelde sem causa. O que veio causar?

Wade gostava de Jarvis. Ele era o único que não o olhava torto.

 —  Meu velho, onde está o Petey? Digo, o Senhor Rogers- Stark Júnior.

  —  Está na cozinha. Entre, e atrapalhe tudo. Eu lhe peço educadamente.

 —  Farei o meu melhor.

  —  Faça o pior.

Ele sorriu e entrou.

Peter estava pálido quando viu Wade e suas roupas de badboy, um palito entre os dentes e segurava dois livros de ciência avançada nas mãos e uma mochila preta (Sem Hello Kitty) nas costas.

Camisa rasgada, colete e coturnos. Calça que parecia ter sido atacada por cães selvagens e barba por fazer. Além dos olhos claros.

 —  Peter, sinto muito vir aqui assim. Mas você deixou dois livros na mesa do refeitório. Jean deu um surto, dizendo que você precisava estudar e como ela está sem carro, acabei por vir.

Ele sorriu sem graça e pegou os livros.

  —  Obrigado Wade. E... Você...

Harry entrou no meio.

 —  Você parece que saiu de um tiroteio... Sr?

  —  Wade. Wade Wilson. 

Harry bebeu mais de sua bebida, encarando Wade. Julgando, se assim dizer.

Peter estava ficando um pouco vermelho. Stark encarava Wade com astúcia, um sorriso malicioso, de desafio. Enquanto Rogers fechava a cara para o delinquente que Peter estava chamando de amigo.

Jarvis assistia tudo, desejando ver o circo pegar fogo.

 —  Peter, esqueci de falar que temos um trabalho para fazer. Assisti uma aula, e precisamos fazer um mecanismo de astrofísica. 

Era mentira. Wade estava mentindo. Peter sabia. Mas ele queria ficar perto de Wade.

  —  Vamos para meu quarto, pegar alguns livros. Me dão licença. Vai ficar para jantar, Harry?

 —  Passarei a noite aqui, Peter. Bom trabalho.

Wade bufou e pegou a mão de Peter, subindo as escadas. Harry pediu licença para pegar as malas no carro. Tony sorriu para Steve, enquanto pegava uma travessa.

  —  Eu adoro o garoto. Peter está caidinho por ele.

Steve se limitou á revirar os olhos para o marido.

 —  Ele não vai ser alguém na vida. 

Tony se virou.

  —  Todos falavam isso de mim, querido. Nunca duvide de alguém. 

Sorrindo, Tony se virou para cortar as azeitonas, e então se sentiu vencedor.

Wade foi jogado na cama, enquanto Peter trancava a porta, com uma certa raiva.

  — Como ousa vir aqui ?

Peter estava nervoso e furioso. Wade apenas riu.

 — Harry Osborn. Ele é muito feio.

Wade abraçou um dos travesseiros de Peter. Revirando os olhos, quase que os arrancando com o movimento, Peter foi até o cooler escondido do seu quarto e abriu uma garrafa de água, se sentando na mesa de estudos.

  —  Ele foi meu primeiro, Wade. Tenha mais respeito.

O simples comentário de Peter fez Wade ficar com raiva.

 — Foda-se. Ele é um otário. E metido a rico.

  —  Ele não é metido. Ele é rico.

 —  Dinheiro não faz ele melhor do que ninguém.

O silêncio fez com que Wade pudesse escutar os suspiros de Peter.

  —  Você é um idiota, Wilson.

 —  Eu sei. Esqueceu o babaca e um baita de filho-da-puta que eu sou.

Peter suspirou mais forte.

  —  Eu não sei o que deu na minha cabeça por beijar você.

 —  Eu sei. Se chama tesão.

Peter gargalhou. Foi nesse momento, que Wade aproveitou para se meter entre as pernas de Peter e o beijar.

Um beijo de dentes e língua, onde a garrafa de água caiu no chão, lacrada. As mãos passeando pelo corpo, o calor subindo entre eles. Peter agarrou-se naquela excitação inteira, onde Wade era só dele.

Apenas dele.

Não existia mais nada a não ser os lábios e as mãos de Wade no seu corpo.

Mas no andar debaixo, Harry Osborn estava apenas esperando. Para que Peter voltasse a ser seu.





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