Old School Love (Spideypool).

Capítulo Treze - Enganos e Desencontros.

Wade tinha um péssimo histórico.

Ele havia sido encontrado na rua. Roubando pão duro para comer, ainda com gazes e faixas em seu corpo infantil. Logan o pegou no colo, e o levou para casa, cuidando dos ferimentos infeccionados, onde saía tanto pus que ele achou que o garoto fosse morrer. Mas Wade sempre foi um guerreiro e sobreviveu. Aos doze anos, ele arrumou sua primeira briga: O cara era quatro anos mais velho do que ele. Mas ele brigou mesmo assim. Saiu todo arrebentado, mas valeu a pena. Aos quatorze, ele teve a chance de pegar uma gostosa, depois de ter transado com Amber, Eva Stone tinha vinte e dois anos, mas ensinou como fazer tudo certo. O problema era que Eva era namorada de Siqueira, um traficante mexicano. Wade apanhou no mesmo tinha que tinha experimentado o sexo casual.

Aos dezessete, no ensino médio, antes de parar de estudar para dedicar á uma vida de viajante, Wade entrou em um ringue de luta ilegal. Deadpool — Um apelido tanto para o futebol, quanto para o ringue — ficou conhecido entre os criminosos e assassinos do bairro onde ele morava. Logan descobriu tudo e eles se mudaram do Brooklyn para o cais, onde Wade poderia se manter longe dos bandidos. E ele ainda juntou todo o dinheiro que tinha para mandar Wade para o México para estudar. Falha engano, dois anos mais tarde, Wade tinha roubado um banco para "pagar" a passagem. E prometeu ficar quieto e voltar para a escola. 

Durante os dois anos que voltou, Wade tinha arrumado dois empregos e saiu de todos, trabalhando com Logan depois. O garoto era ótimo para montar motores e lidar com bêbados, coisa que era complicada. Desistiu de morar no quartinho dos fundos, comprou o galpão velho onde vendia peixes e reformou aquele local, fazendo ele de sua casa.

Mesmo com tanta recuperação, Wade não se sentia completo. Não se sentia bom. Saía com muitas garotas, para ocupar o espaço. Mas nenhuma delas preenchia mais do que sua cama e sua boca.

Até conhecer Peter.

Peter parecia trazer a velha paz que Wade buscava. Deitado, contemplando o rosto jovial de Peter, Wade pode concluir que ele era tudo o que ele buscava em sua vida desventurada e incapaz.

Peter era de fato, era a sua salvação.

Era seis da manhã, quando despencou uma torrente de chuvas. Outubro havia chegado. 

Wade vestiu uma calça e deixou tudo organizado, beijando Peter no rosto. Ele saiu na ponta dos pés. 

Não queria causar mais problemas para o pequeno Petey, então resolveu sair mais cedo. Mas deixou um recado debaixo do travesseiro, quando o garoto acordasse.

Ele iria escalar a casa pela varanda do escritório, quando Jarvis apareceu atrás dele. O mordomo já estava muito bem acordado, segurando uma chave.

  —  Acho que seja melhor você ir pela porta da frente.

Wade deu a risada mais sem graça do mundo, antes de coçar os cabelos.

 —  É... Bem... O dia está lindo, não está?

  —  Está escuro e chovendo. Se gosta desses dias, esta é sua preferência.

Wade bufou.

 —  Não conte aos pais dele.

  —  Se você me seguir e sair com segurança pela porta, eu sofrerei de amnésia depois. Que tal?

 —  Eu já disse que gosto de você, Jarvis?

  —  Essa parte da conversa, a amnésia não vai tirar de mim.

Wade saiu de fininho pela porta, e Jarvis voltou para a cozinha, com uma sensação esquisita de que algo não estava no lugar certo, até o ronco de Thor o tirar de seus devaneios.