Capítulo Vinte e Cinco - Harry Osborn.

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Entramos oficialmente em capítulos finais da história!

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Wade acompanhava Stark pelos corredores longos e calmos da ala de medicina da torre Stark. Iria dar três e meia da manhã, mas não havia sonho algum nos corpos, apenas energia.

Stark trajava jaqueta de couro, como um badboy. Passou por todos os médicos e enfermeiras, até empurrar uma porta pesada. 

  —  Entra, garoto.

Wade o seguiu.

Quando ele acostumou com o brilho da luz, ele viu Peter sentado na poltrona. Ele usava os óculos e aparentava estar preocupado.

 — Petey?

Peter ergueu os olhos e sorriu lentamente, indo em direção ao seu namorado. Eles se beijaram apaixonadamente, as bocas se afundando em um beijo de saudade lenta e colossal. 

Finalmente, buscando fôlego e paz, eles se separaram.

  —  Eu senti tanto sua falta, meu amor.

Wade o beijou novamente.

 —  Estou aqui por você.

Eles sorriram e Wade sentiu alguém agarrar suas pernas. Olhos castanhos com lágrimas o encaravam.

  —  Hermano... Hermano...

Wade pegou Laura no colo e a abraçou. Ela cheirava a perfume e inocência. Ao ver a sala, viu que Rogers estava ao lado de um cara com os cabelos meio brancos e tinha cara de virilidade.

 —  Wade, quero que conheça Stephen Strange. Ele é médico coordenador das alas Stark-Rogers.

O homem estendeu a mão, com ar de superioridade.

  —  É um prazer aplicar um dos meus métodos de estudo em seu pai. Sabendo que, ele terá sua cura.

Wade semi-cerrou os olhos.

 —  Dr. Strange? Pensei que era neurocirurgião. Você atuou no exército. Eu me lembro quando fui dar minha baixa...

  —  Também tenho minhas consultas com outras áreas. Sou um grande amigo da família... E padrinho de Peter.

Peter deu uma risadinha. Stephen tomou a pose de médico frio e calculista.

 —  A cirurgia demorará exatas 48 horas. É muito tempo. Logan está sedado. Achamos que 20 horas seriam suficientes para terminar, mas o cancro é mais forte que pensávamos. 

  — Ele vai ficar bem?

 —  As chances de sobreviver são grandes, mas não devemos esperar muito. Vamos começar agora.

A porta do outro lado se abriu e as enfermeiras empurravam a maca com o corpo adormecido de Logan. Ele estava pacífico. Wade e Laura correram até a maca, onde as enfermeiras pararam. Laura pegou a mão de Logan e olhou para ele.

  —  Você vai voltar, papai. Eu sei que vai.

Wade suspirou.

 — Vai nessa, velhote. Vaso ruim não quebra cedo.

Dr. Strange se virou para todos. 

  —  Recomendo irem para casa. Dormir. Assim que Logan sair da sala, eu ligarei para todos. 



Dentro do carro, Laura estava encostada em Wade e Peter. Rogers e Stark estavam rindo de alguma besteira.  

  —  Pode dormir com o Peter hoje, Wade. Apesar que eu sei que essa não é a primeira vez que vocês já compartilharam a cama...  — Rogers encarou Wade pelo retrovisor. Ele engoliu seco.

  —  Eu não fiz nada, inocente até que se prove ao contrário   — Wade levantou as mãos, rindo.

Tony riu.

 —  Não sei porque você está pegando tanto no pé deles, Steve. Você pulou a janela do meu quarto só para que o Jarvis não te pegasse nu na minha cama. Lembra no começo do namoro? Éramos tão jovens...

  —  A gente ainda faz algumas coisas jovens, se você tá me entendendo...

Eles murmuram algo e riram. Peter e Wade fizeram cara de nojo.

Foi quando um farol alto atrapalhou a visão de Rogers, que freiou o carro e o colocou em diagonal na rua.

 — Que diabos...?

Sete homens estavam parados de frente ao que parecia ser um carro de luxo. Um deles trajava terno.

Wade por instinto, abraçou Peter e Laura. 

  —  Fiquem calmos.

Steve, Tony e Wade desceram do carro, estufando o peito. Peter abraçou Laura.

  — A grande família Rogers-Stark e seus dois invasores  — A voz com ranço de Harry Osborn era escutada.

  —  Harry, o que você quer?  —  Steve fechou o punho, Wade se pôs a frente.

Deu certo afinal, ele pensou.

  —  Eu quero Wade Winson Wilson. Temos assuntos pendentes para tratar.

Wade deu uma risada.

 —  Eu? Ora, se for meus boletos com o governo, eles já estão todos quitados, eu posso mostrar, vossa graça...

Harry fechou a cara e deu sinal para um capanga mais alto que um mamute. O homem passou entre os três e arrombou a porta do carro. Wade tentou impedir, mas foi segurado por Rogers.

  —  Quer morrer?  —  Ele sussurrou.

  Wade se conteve, e então o grito de Laura e um "Me larga seu inútil" de Peter foi escutado.

Peter foi agarrado brutalmente pelo ombro e Laura carregada feito um saco nos ombros do homem. Ele jogou Peter no chão, que caiu mole, ferido.

Laura se debatia, tentando morder o homem.

 — Seu macaco peludo gordo, me solta!

O homem jogou Laura aos pés de Harry, que sacou uma arma. Laura ficou imóvel e Wade rosnou, querendo avançar.

Stark tentou intervir.

  —  O que você está fazendo? Ela é só uma criança!

Harry engatilhou a arma.

 — O trato é esse, Wade. Você vem comigo e não precisa enterrar mais dois de sua patética raça. Se não, a taxa de mortalidade infantil em Nova York aumenta mais um ponto hoje. Você que sabe.

Antes de falar algo, Peter tentou avançar em Harry. Harry deu um tiro em direção a Peter, que acertou seu braço. Rogers ficou louco, e Stark não muito atrás, que avançou nos guardas. Harry puxou Laura pelos cabelos para dentro do carro, e Wade tentou pegá-la, mas foi nocauteado por um capanga mais alto. Desacordado, Wade foi jogado no porta malas, sem cerimônia. Mesmo ferido, Peter conseguiu ferir Osborn. Pegando um canivete que estava jogado no chão, devido a luta corporal entre seus pais e os homens, ele atirou em direção ao Harry, atingindo seu ombro. Ele soltou um gemido de dor, e Peter o alcançou. 

O braço tremia de dor e de adrenalina. Peter puxou Harry pegou colarinho e o socou diversas vezes, o sangue ensopando seus punhos. Harry, resistindo a dor de ter seu nariz quase esmagado, pegou Peter e o jogou contra a lataria do carro. Batendo a cabeça, Peter caiu inconsciente, mas sabendo que estragou a cara de Harry na pancada. Stark e Rogers, entre os infinitos socos e chutes com os capangas, derrubaram os brutamontes, que caíram quase mortos.

Mas foi tarde, porque mesmo ferido, Harry alcançou o carro e com um capanga que sobrou, fugiu.

Peter, mesmo ferido e desacordado, com o gosto de sangue na boca, chamou pelo nome de Wade, antes de escutar o grito de seu pai e finalmente apagar.

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Quem pegou a referência do "Patética raça" no diálogo, pegou. Quem não pegou, lamento.

(Tensão).

Old School Love (Spideypool).Onde histórias criam vida. Descubra agora