Capítulo Onze - Brigas, detenção e separação.

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A escola toda era um ninho de cobras quando queria. 

Assim que Peter e Wade foram flagrados de mãos dados, Tracey mandou fotos para Timothy, que enviou para Diana, que Diana enviou para Bob.

Bob cuspiu o café e mandou as fotos para Jean, com a mensagem: " Que porra é essa ?"

Jean, ainda em casa e arrumando seus cabelos, apenas respondeu: "Isso? Se chama amor. Coisa que vocês não tem. Agora, parem de preocupar com a vida dos outros e vão para a aula de economia doméstica".

Peter mordia a caneta, enquanto a professora Natasha, de língua russa, passava um texto. Ela era uma das amigas do seu pai Steve, mas não esperava que ela também fosse sua professora. Na grade horária, Peter tinha aulas de russo, alemão e espanhol. E ele anotava tudo.

Diferente de Wade que estava em outra sala, metros da sala de Peter. Dormindo encima da mochila, na aula de francês. 

O sinal tocou. Hora do almoço. Mas foi esse o horário escolhido para Martin acabar com uma manhã.

Stuart tinha deixado de zoar o filho de Stark e de Rogers. Ele mesmo bateu no peito, antes de ir pra sala, falando para Martin que não tinha motivos para implicar com o garoto e que ele tinha que estudar para a prova de história contemporânea. Deixando o melhor amigo de lado, Stuart foi para sala.

Martin não estava nem um pouco feliz. Era tudo culpa de Wade. Se Wade não tivesse intervindo naquela manhã, Stuart e ele teriam surrado o garoto, deixando ele submisso à eles.

Ele já não estava com um bom humor por estar com notas baixas, a raiva do seu pai e sua namorada, agora ex, ter o trocado por um cara da faculdade.  Ele ia acabar com aquela alegria. Principalmente com o boato de Wade estar traçando o Peter. Dois boiolas. 

Ele entrou no refeitório, vendo Jean fingir que era telecinética quando Scott levava um bolinho de chocolate na boca dela. Peter estava bebendo o resto de um suco no canudo e Wade estava sentado na mesa, com os pés no banco, encarando o grupo de amigos. Precisamente, o Peter.

Martin já chegou, com seu jeito de valentão, berrando:

  —  Se eu não vejo duas bichas e um grupo de perdedores.

Wade parou de sorrir para Peter. Seu olhar ficou escuro e encarou Martin. O refeitório ficou em silêncio, Stuart se levantou de outra mesa, quase correndo. Martin ainda sorria.

  —  O que você disse, Martin?  —  Wade encarou-o. Martin não sentiu medo.

  —  Bichas. Boiolas. Frutinhas. Maricas. Gays. Veados. Quer mais algum nome, Wade? 

Stuart chegou, segurando Martin.

 —  Qual é, cara? Que século você vive? Vai embora, deixa eles.

Martin empurrou Stuart, que foi amparado por Wade antes de bater as costas na quina da mesa.

  —  Sai fora, seu maldito traidor.  A conversa não chegou na mesa dos idiotas. Meu assunto é com esse veado Wilson.

Wade colocou Stuart perto de Kitty. Piotr já se levantou, quando Scott segurou ele.

 —  Deixa comigo —  Scott se ergueu —  Martin, pare com isso. Volte para sua mesa. Deixamos você quieto e sem um advertência.

Martin encarou Scott, que usava os óculos.

  —  Cale a porra da boca e coma sua namorada vadia. Meu assunto é com Wade, não vou repetir.

Old School Love (Spideypool).Onde histórias criam vida. Descubra agora