Capítulo Quinze - A chuva traz o perdão.

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Peter evitou ao máximo encarar o corpo de Wade. A v-line dele estava tão bem marcada que parecia ter sido esculpida por Michelângelo.

Pecador insano, Peter pensou enquanto encara o pau de Wade meio excitado e duro na cueca boxer.

Wade, por sua vez, evitou encarar os olhos de Peter, com vergonha.

  — Peter? O que faz aqui?

Peter finalmente tomou fôlego para falar algo.

 —  Eu preciso conversar com você.

E quando Peter terminou de falar, um trovão sacudiu o céu e uma chuva desabou mais forte. Rapidamente, Peter ficou encharcado, fazendo Wade agarrar seu braço e puxá-lo para dentro.

Ele fechou a porta, trancando-a. Peter se recolheu ao canto. Wade deu um resmungo.

  —  Tire essas roupas, vai pegar um resfriado.

Peter obedeceu. Descalçou os tênis, as meias e por fim, o moletom. Deu um jeitinho de tirar a camisa e a calça, ficando apenas de sua simples cueca roxa.

Wade estava de costas, e Peter secou a bunda e as costas de Wade. Ele era uma escultura viva. 

Quando Wade se virou, jogou uma blusa e uma calça em Peter e tratou por vestir uma calça jeans desbotada.

 — Vista isso, e entre debaixo das cobertas.

Trovões e raios atravessaram o céu ainda. Wade ligou a TV. Foi quando a notícia que tudo estava alagado no centro passou na tela e Peter mandou uma mensagem para o pai Tony.

"Fique aí e não saia até a tempestade passar. Te amo filho x"

Confortável, Peter se apertou mais na cama, mesmo ela tendo o perfume de Eleanor Parker. Ele a viu saindo, e entrando dentro do conversível. Ela por fim, parou ao lado dele.

  —  Me faz um favor, Peter e não deixe os jornais estragarem o que você e o Wade estão tendo. É bem humilhante para um mulher estar transando com um cara e ser chamada de Peter no momento do orgasmo. 

Sendo assim, ela saiu cantando pneu e deixando Peter com uma interrogação no rosto.

O cheiro de panquecas e de chá foi sentido por Peter que deu uma espiada em Wade. Ele equilibrava tudo em uma bandeja e estava com a cara um pouco fechada. 

Um último trovão foi escutado e a luz se fora.

 — Merda...

Wade deixou a bandeja na mesa ao lado da cama e pegou o celular. Peter ainda o observava, calado.

  —  Logan... Velho, onde você tá?... Como assim, Dakota do Norte? Que caralhos você está fazendo aí?... James Logan Howlett, eu quero que você volte para casa agora. Eu não ligo se eu que sou seu filho, eu tô mandando... Não ouse desligar na minha cara. Pai!... Tá bem, está bem. Volte em quatro dias, senão eu vou atrás de você. Tchau.

Wade jogou o celular no sofá e se virou para o Peter.

  — Logan está indo para Dakota do Norte. Eu não sei que porra ele está fazendo por lá. Ele não viaja desde que o vô Charles estava perdido na fronteira do México, com falha de memória.

  — Vô Charles?

  — Hm... Pai adotivo do Logan, uma longa história. Mas... Come aí, você deve estar com fome.

  — Não quero comer. Eu quero conversar.

  — Harry está sabendo que você está aqui? Não quero problemas com a burguesia desprezível.

  — Era tudo uma mentira da mídia, Wade. Eu não estou com ele. 

— Porque eu não consigo acreditar?

  — Porque você não confia em mim?

Eles se encararam. Peter se levantou e logo foi andando até Wade, apontando o dedo no peito.

  — Wade, não tem outra pessoa do mundo que eu queira que não seja você. Mas se você prefere ficar com essa marra de garoto sem importância, eu não tenho paciência. Harry viu você saindo do meu quarto, e tirou fotos ou vídeo, eu não sei o que. Ele me chantageou senão ele entregaria as fotos para meus pais e não quero que isso aconteça. Eu não quero perder alguém e não quero ser afastado de você, porque eu te adoro pra caralho. Agora, se você não entende, eu tô pouco me fodendo para você, seu cafajeste idiota!

Wade encarou Peter com ódio. Peter fechou os olhos e até esperou pelo soco.

Mas o que veio foi Wade puxando seu corpo com força contra o dele e o forçando a abrir a boca com os lábios em um beijo possessivo.

Peter se entregou na maneira que ele queria: Bruto, sem um pingo de delicadeza. A língua era doce e suave, contra a tímida de Wade.

Wade agarrou as coxas de Peter, impulsionando o mesmo a entrelaçá-las em sua cintura. Assim que conseguiu, andou com ele até a cama, onde ficou por cima, beijando a boca e mordendo o queixo de Peter, que apenas sussurrava palavras sujas.

Era tudo tão intenso que o ar faltava entre ambos, mas nenhum deles queria parar. O desejo de ter mais vinha com fúria, com desejo e com excitação. 

Peter agarrou os ombros de Wade, que parou e o encarou.

  — Não podemos fazer isso... Não enquanto não voltar a confiança que perdemos. 

Peter mordeu o lábio e recebendo mais um beijo, sorriu.

  — Sim, você... Está certo.

Eles se beijaram mais uma vez, as línguas se enroscando em uma dança erótica de desejo, mas ainda: De paixão.

Assim que se separaram, Wade deixou a bandeja no colo de Peter, enquanto se colocava ao lado dele, beijando sua bochecha.

Agora sim, tudo estava bem...

Tudo estava até agora, bem.

---x---

Eu queria poder fazer um capítulo maior, mas o computador está limitado de tempo.

Beijos.

Old School Love (Spideypool).Onde histórias criam vida. Descubra agora