CAPITULO 03

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CAPÍTULO 03

Porque logo hoje esse lugar tinha que estar lotado?

É foda mesmo, a minha vontade quando entrei na Valley, era cortar a cabeça da Laura e da Juliana, achei que aquela merda ia ter no máximo umas 50 pessoas e havia umas 200... Aghr!!!

O ambiente é bem bacana, disso nunca duvidei, aos moldes de um Pub irlandês e seguindo os mais elevados padrões de qualidade, é um ótimo lugar para relaxar, ouvir uma boa música, o problema era que essas duas desmioladas nunca pensaram nisso, ela só queriam me empurrar para o Fernando.

_Lú, larga de ser chata. O cara tá todo bobo te olhando, pelo menos dança com ele. – a Laura sabia ser chata quando queria.

_Ok, ok, tá... mas, é só isso, nada mais!!! – eu queria na verdade era ir embora.

Chamei Fernando para uma dança, foi ai que anunciaram um cantor, que eu não ouvi bem, estava mais interessada na minha tequila e na resposta do Fer quanto a minha dança.

De repente a mulherada começou a gritar histérica, a Jú começou a puxar meu vestido pra chamar minha atenção ao palco e foi ai que o bicho pegou, era ele, calça colada escura, camisa preta, topete de lado, sorriso perfeito com dentes branquinhos e aquelas covinhas quando sorri, merda era o João Pedro. Que porra ele estava fazendo ali? Cacete!!!

Ele começou com um arroxa sensacional e eu dançando com o Fernando fomos nos arrastando para perto do palco sempre fazendo gestos para as meninas nos seguirem e quando eu estava ali de frente pra ele, me deu uma tremedeira nas pernas que tive que me apoiar no Fernando, Santo Deus, era mesmo ele. Claro que eu tinha que me mostrar de alguma forma, comecei dançar, me virei de costas para o Fer e de frente para o palco encaixei minha bunda no Fernando e comecei a rebolar no ritmo do arroxa... puts!!!!... Acho que ele cantou umas cinco músicas até me notar ali, mas foi mágico, ele cantava algo sobre um desencontro amoroso e de repente nossos olhos e conectaram, ele me olhava sem acreditar, e a única coisa que eu fazia era sorrir com os olhos marejados, merda, era ele mesmo.

Em um momento do show ele convidou cinco fãs para dançar um arroxa 360° com ele no palco e ele fez de tudo para que eu subisse até lá para rebolar com ele. Tá, eu fui, e puta que pariu, durante a musica ele arroxou com a primeira, rebolou com a segunda e comigo fez deferente, entre os refrões da musica tinha uns 5 segundos de intervalo, mas ele me pegou antes disso e sussurrou no meu ouvido com aquela voz rouca de molhar a calcinha:

_Você esta me perseguindo? Ou isso é obra do destino?

Eu gaguejei, mas fui direta:

_Eu não sabia que era você hoje aqui, mas curti a coincidência!!!

Ele sorriu e ahhh, aquele sorriso!!!

_Ah loira! O que eu faço com você?

E merda, ele me soltou.

Depois que desci do palco, mal ouvia o que o Fernando dizia e muito menos o que acontecia ao meu redor, meus olhos se fixaram inteiramente no palco, no meu cantorzinho. A noite passou voando e eu só me dei conta porque senti uma mao me puxando.

_Ei garota?! – era o bartender.

_Hã?! O que?

_Estão te esperando no camarim, o promoter disse que era para ser rápida porque tem um mote de fãs tentando entrar também.

_Hã... ok, obrigada! – era ele, e agora?

Procurei as meninas e informei o que estava acontecendo, deixei o Fer e as tequilas no balcão e fui até ele.

Antes do acesso ao corredor que tinha umas 30 meninas espremidas, o promoter me deu um crachá V.I.P. que me daria acesso livre até o camarim. Tive que mergulhar entre as tietes e quando cheguei próximo a porta, apontei meu crachá para um dos seguranças e ele me arrancou dali me colocado direto na sala. Quando entrei não havia ninguém ali, somente malas de roupas, instrumentos musicais e muita comida, me sentei a espera dele e devo ter ficado uns 20 minutos de castigo ali, e somente ai ouvi sua voz se despedindo de alguém, acho que pelo telefone e logo entrou no camarim.

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