CAPITULO 25

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CAPITULO 25

_Acho que nunca me esqueci!!

Ele abraçou e espalhou beijos em todos os lugares da minha face e minha lágrimas corriam lavando minha alma e mostrando que aquele ali era o meu lugar, junto ao homem que me fará feliz.

Me senti amada, ele era real na minha vida, estava zelando por minha felicidade, estava se preocupando comigo e sei que sugeria caminhos para melhorar nossas vidas, e se colocaria a postos para ouvir minhas dúvidas e que daria uma sacudida caso eu estivesse delirando.

Deslizei meus dedos sob sua face. Como ele era lindo. Imaginei mil coisas. Em como seria nossa vida em uma casa, nossas filhas e um cachorro, de repente até uma tartaruga ou um peixinho. Pensei em como eu estudei e me preparei pra viver uma vida que na realidade era da minha mãe e agora eu tinha tudo o que uma mulher desejaria: uma família.

_Lú, pare de chorar – ele me deu leves beijinhos em toda a face – eu.amo.você.

***

Naquela semana organizamos quase tudo para nossa nova vida. Concordamos que eu atenderia em Cuiabá de segunda a quarta e montaria um consultório em Goiânia para que eu atendesse quinta e sexta. Sabíamos que seria difícil e que eu dependeria de ponte aérea, mas seria provisório. Quando conseguisse mais pacientes em Goiânia, deixaria minha terra querida. Quanto a minha família, bem, deixou de ser a muito tempo. Minha mae não me procurou mais e eu não tinha interesse em encontra-la. Dona Clarice era minha “mãe adotiva” e depois da chegada da Clarinha, as coisas estavam se encaminhando.

Em uma quarta, João e eu fomos para Cuiabá. Fui até a clínica e fiz uma reunião com minhas funcionárias e outros médicos que ali atendiam. Relatei a volta da minha memória e comuniquei a minha transferência para Goiânia.

_Porém meninas, - eu estava muito nervosa – você cumprirão o mês de aviso e receberão seus acertos corretamente, já entrei em contato com o escritório e hoje ainda o rapaz virá apresentar os valores a cada uma. Mas desde já agradeço a paciência de todas e dizer que entregarei a cada uma carta de recomendação e não admito que nenhuma de vocês, - olhei para cada uma de minhas seis funcionárias – fiquem desempregadas, caso não encontrem algum trabalho, me liguem que eu mesma entrarei em contato com todos que conheço e tentarei ao máximo enquadrá-las no mercado de trabalho.

Olhei para minhas meninas e algumas estavam chorando e ver aquela situação me deu um nó na garganta.

_Podem voltar ao seus afazeres mas quero que a Paola e a Deise permaneçam na sala.

Todas se olharam quatro de minhas funcionárias saíram e permaneceram Paola e Deise e os outros médicos.

_Paola, manterei por alguns meses um consultório aqui e quero que você siga como minha secretária pois confio muito na sua competência e quero Deise como minha auxiliar.

Ambas se olharam e sorriram.

_Assim, que eu resolver as coisas burocráticas com os outros médicos, quero fazer um acerto com vocês duas e então ajustar seus salários.

_Certo doutora – disse firmemente Paola.

Assim que elas saíram da sala me aproximei dos outros médicos e tentei resolver toda a situação e alcancei com êxito às negociações.

Em resumo, vendi o prédio da clinica para os outros médicos, mas mantive uma sala quitada do aluguel por 6 meses e esse seria o prazo da contratação das meninas e o tempo que precisava para me estabelecer em Goiânia. João me deixou resolver tudo sozinha e em nenhum momento em que estive em Cuiabá procurei por minha mãe ou tive notícias dela.

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