CAPITULO 17

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CAPITULO 17

João Pedro

Assim que sai de casa fui direto ao hipermercado, minha princesa precisava de muitas frutas e comidas saudáveis. Eu precisava mostrar a ela o quanto queria essa nova família e o tamanho de meu amor. Assim que entrei na sessão de produtos infantis, me surpreendi com tudo. Me perdi entre pacotes enormes de fraudas descartáveis, mamadeiras, mordedores e produtos de higiene. Chamei uma atendente de sessão e pedi ajuda.

_Senhor, os mais vendidos são esses aqui a base de camomila, porque acalma a criança, mas se for um recém-nascido, não precisa desses mordedores ainda, invista em fraldas, xampuzinho, sabonetes e leite em pó para bebes, caso sua esposa não tenha leite para amamentar.

E esse foi a primeira vez que pensei nisso. Será que ela tem leite?           

_Mas senhor? - ela me olhou meio desconfiada - O senhor não é João Pedro que canta aquela música da novela?

Sorri e esclareci:

_Minha linda, sou eu sim, mas, por favor, não estrague meu disfarce - apontei para os óculos e para o gorro que usava - minha filha precisa dessas coisas - por fim, sorri.

_Não, ... claro que não, mas quero uma foto com você - seus olhos brilhavam.

_Ok - a abracei, peguei seu celular e tirei os óculos e o gorro e tirei a foto.

_Ah, obrigada! Sucesso como pai.

_Por nada e obrigada a você, por me ajudar e não espalhar quem eu sou.

_Mas, ... sua filha é cuiabana?

_Hum sim... Mas... Tenho que ir, mas, obrigada de novo...

Sai dali, fui direto para o caixa, paguei e fui comprar umas roupas para minhas mulheres.

***

Cheguei em casa 3horas depois que sai e notei a casa silenciosa.

_Sophia, mamãe! - silencio.

Corri para o quarto da Luiza e não havia ninguém. Desci para a piscina, e estava vazia.

_Luiza, mãe!!

Nada.

Peguei meu celular e liguei para minha mãe.

_João?

_Mãe onde vocês estão.

_Querido, eu fui levar suco pra Luiza e ela estava desacordada no chão.

_Como assim mãe? Onde vocês estão?

_No mesmo hospital que a Clarinha.

Desliguei e sai correndo para encontra-las.

Já no hospital, ninguém me informava onde estava a Luiza e só depois de muitas ameaças uma enfermeira me levou até minha mãe. Ela estava pálida e muito tremula.

_João!!

Corri ao seu encontro e nos abraçamos forte.

_ Mãe, o que foi?

Enxuguei suas lágrimas e só então começou a falar.

_Eu fui levar um suco pra Luiza e a encontrei caída no chão do quarto, estava gelada e muito pálida. Ai liguei para o SAMU e iriam leva-la para o pronto atendimento mas pedi para trazerem pra cá e assim fizeram.

_Mas o que disseram mãe?

As lágrimas voltaram.

_Nada, ... ela... ela está lá já faz uns 40 minutos e... e ninguém veio me dizer nada.

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