CAPITULO 26

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  • Dedicado a Suellen Karoline Martins
                                    

CAPITULO 26

Abril de 2014

  

“Tá tão difícil pra você também, né?

Com o coração vazio, mas sempre de pé

Buscando alguma direção.

Quantas vezes você me escreveu e não mandou,

Pegou o telefone e não ligou...

Partiu seu próprio coração.

E eu tenho uma má notícia pra te dar,

Isso não vai passar tão cedo,

não adianta esperar.

Às vezes ficamos bem,

mas depois vem o desespero,

Eu tento esconder, mas vi que pensei em você o dia inteiro...  

Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar,

Um filme uma música, pra te fazer lembrar.

Um perfume, um abraço,

um sorriso, só pra atrapalhar.

Só pra te fazer lembrar de mim...”  

(“Só Pra te Fazer Lembrar” - Lucas Lucco)

Sempre que eu ouço essa musica me lembro dos momentos difíceis que passei para alcançar essa felicidade. João era literalmente o meu príncipe encantado sertanejo. Sempre adorei pensar assim: MEU príncipe.

Mesmo depois de tano tempo as coisas se encaminharam para nós.

Nosso natal foi mágico, com direito a arvore com presentes, Papai Noel e muita comilança! Enchemos as meninas de presentes.

Na virada do ano João me levou para contemplar o show da virada em Copacabana, me senti iluminada e agraciada com tamanha demonstração de afeto realizando um sonho tão antigo que eu sempre compartilhei com minhas amigas.

Já em Goiânia, estava tudo correndo bem. Eu estava atendendo no hospital de quarta a sábado. Todos me receberam muito bem. As meninas da recepção sempre me assediavam querendo informações e brindes do João e no dia em que ele foi me buscar foi um corre corre, cheio de gritos e juras de amor.

Até que me acostumei rápido com isso.

Na segunda cedinho eu embarcava para Várzea Grande e ia atender no meu consultório em Cuiabá, e aos poucos fui encaminhando meus pacientes para colegas que sei que dariam continuidade ao meu trabalho. Mas ainda havia muita procura por meu atendimento. Nos dias em que estava por lá, nunca ouvia notícias dos meus pais. Nas terças a noite eu embarcava p Goiânia e João sempre estava a minha espera no aeroporto. Às vezes com flores nos braços ou algum presente que sempre me surpreendia.

Naquele 15 de abril, ele estava excepcionalmente perfeito com flores e uma caixa de bombons no formato de coração e no carinho ao lado, Clarinha sendo acalentada pela Sophia.

_Como posso não amar essa família linda que Deus me deu? – disse já com lágrimas no rosto.

Corri e o abracei e em seguida peguei Clara no colo e puxei a Sophia para um abraço.

_Tudo isso é saudades?

Ele estava com um olhar radiante.

_Não se assuste! – ele sorria – Você vai seguir de carro com a Sophia e Clarinha vai comigo e leia bem as instruções que ela lhe passará.

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