CAPITULO 01

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CAPITULO 01

Novembro de 2012

Quando terminou festival Caldas Cowntry, estava eu com uma ressaca daquelas, talvez a pior de todos os tempos, mas aquela noite eu estava ali para isso, beber, beber, beber e ter uma noite de sexo selvagem. E obtive sucesso.

                                                                     ***

Meu nome é Luiza, moro em Cuiabá, Mato Grosso, sou paulista, mas me mudei muito nova para essa cidade, então me considero mato-grossense de coração. Aqui nos estabelecemos, estudei nos melhores colégios, fiz minha faculdade e me formei, sou médica pediatra, tenho minha própria clínica e trabalho com duas colegas de faculdades que se formaram junto comigo. E não posso reclamar nadinha do meu lado profissional, sou uma médica muito reconhecida no meu estado e além disso dou assistência médica em um PSF que fica perto do meu condomínio o. Sonho com uma pequena família. Assim como a maioria das mulheres sonham.

Sempre fui uma filha exemplar, estudiosa, responsável, a queridinha do papai, mas um dia meu mundinho perfeito e cor de rosa se desmoronou. Descobri que meu pai tinha outra mulher, e pior, outra família. Me revoltei, fui contar tudo para minha mãe, e para minha surpresa ela já sabia e aceitou tudo na boa e ainda me recriminou porque estava julgando meu pai, me disse insultos absurdos e que eu era ingrata e que não merecia o pai fantástico que eu tinha. Pronto, foi a gota d’água. Limpei minha conta bancária e o caixa da clinica, liguei para duas grandes amigas, peguei meu carro e viajei por 15 horas até Caldas Novas, Goiás, rumo ao Caldas Cowntry.

A viagem foi tranquila, Laura e Juliana eram muito companheiras, daquelas que se pode contar pra tudo. Laurinha era uma morena linda, cheia de curvas, cabelos encaracolados, um monumento de mulher, fisioterapeuta e muito doce, já a Jú era um maremoto, mulata de olhos grandes e marcantes, inteligentíssima, professora universitária e companheira. Ambas estudaram comigo em todo o ensino médio, e nunca nos afastamos, estávamos juntas em todas as ocasiões.

Durante os 1022 km da viajem, ouvimos muita moda de viola, arroxa e sertanejo universitário. Ao chegarmos não encontramos nenhuma vaga em hotéis ou pousadas, então fomos informadas de um albergue universitário próximo ao Caldas Park Show, local onde se realizaria o festival. Paguei um absurdo por três noites. Tomamos banho e fomos para a caça.

                                                                       ***

Depois de dois dias de shows maravilhosos que iam de Luan Santana a Paula Fernandes, chegou a vez dos meus grades ídolos: Fernando & Sorocaba. Cantei, bebi e dancei muito, a Jú estava grudada no pescoço de um carinha muito jeitoso e a Laurinha logo trelou a um cowboy desde a noite anterior, acho que ela nem foi ao albergue tomar banho, e eu, bom, eu estava bêbada, sozinha e muito longe de casa.

Mas durante o show, Sorocaba convidou um cantor para dar uma palinha com eles e foi ai que tudo aconteceu, ele era lindo, eu sempre amei a música sertaneja, mas nunca gostei de homem vestido de cowboy, mas aquele homem tinha sido esculpido pra mim, somente para mim. Alto, másculo, jovial, no máximo 32 anos, e puta que pariu, estava no palco cantando uma musica qualquer que eu não consegui identificar, mas ele era o cara e eu precisava dele na minha cama, nú e me comendo!

Não!

Comendo, não!

Como diz o famoso Christian Grey: “Fodendo com força!”.

Saí feito louca rumo a entrada dos bastidores, mas tinha um segurança do tamanho de um guarda roupas que na hora me barrou, fiz charme, mostrei meu decote mas o cara era durão, mas nada como molhar a mão de um merda como ele, R$1000,00 e eu estava lá. Limpei o suor, ajeitei a micro saia, bati as botas pra sair a poeira, soltei meus cabelos loiros e fui me infiltrando, devo ter gastado uns R$20.000,00 até entrar no camarim, e ali fiquei até o tal cowboy-cantor chegar. E Nossa senhora das Calcinhas Molhadas, que homem era aquele? Ele chegou com uma piriguete pendurada no pescoço e quando me viu ali sentada em uma poltrona toda ofegante, a garota o soltou e ficou me encarando e provavelmente meus 1,80m de altura a assustou, porque quando me levantei, ela se mandou, literalmente. E eu e o bonitão ficamos nos olhando por alguns segundos, longos segundos que pareciam horas.

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