CAPITULO 18

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CAPITULO 18

João Pedro

Já fazia duas semanas que Luiza estava em coma e já era o dia da Clarinha ter alta. Meus dias se passaram repletos de dor e lágrimas. Cada vez mais o sofrimento aumentava.

A mãe da Luiza colocou dois seguranças de prontidão na porta da UTI para garantir que eu não me aproximaria e isso estava me matando. Todos os dias eu ficava horas olhando pelo vidro como ela estava e sempre monitorado pelos grandalhões, eu perdia a noção do tempo rezando e pedindo a Deus pra trazer minha princesa de volta.

Ao chegar ao quarto que a Clarinha estava ocupando, não convite minhas lágrimas, ela estava linda com as roupinhas que a enfermeira havia colocado nela.

_Pronto senhor, sua pequena já está pronta para conhecer o mundo lá fora – a enfermeira se aproximou com Clara nos braços – mas antes passe no consultório para o doutor te dar as ultimas instruções.

Ela era linda, em tudo se parecia com a mãe.

A peguei nos braços, passei pelo consultório do pediatra e depois fui em direção da UTI, queria pelo menos aproximar Clara da mãe. Parei em frente à parede de vidro como fazia a dias e novamente os brutamontes se aproximavam e foi ai que notei a presença da Dona Tereza.

_Posso saber o que você esta fazendo aqui espionando minha filha? – ela me desafiava com sua pose de mulher imbatível e olhar arrogante.

_Vim trazer a Clarinha para dar tchau pra mãe e queria me despedir da Luiza também porque agora com a bebê em casa eu não poderei vir todos os dias vê-la.

_Foi bom você tocar nesse assunto, - ela mantinha o queixo alto e os olhos vidrados em mim – você tem até o meio dia de amanha para desocupar a casa da minha filha, ou acionarei meus advogados e a policia.

_Bem, a senhora pode acionar quem quiser, eu sai daquela casa a uma semana, e não sei se notou a casa branca grande ao lado, a que tem um enorme jardim. – ela fazia cara de quem não entendia nada - Pois é, eu a comprei, vou morar ali com minhas filhas até a Luiza acordar e poder tomar conta da Clara e a senhora pode ficar sossegada que não roubei nada daquela casa, ao contrario da senhora, que esta roubando e privando a Luiza de viver o sonho dela de ser mãe e de compartilhar suas alegrias comigo, o homem que ela escolheu para cuidar dela. – me aproximei mais da senhora – E é lamentável que não queira compartilhar essa alegria, - mostrei Clarinha a ela – ela é linda como a mãe.

_Já lhe disse que minha filha nunca quis ter filhos e muito menos de um pé rapado como você.

Cerrei os dentes, mas procurei me controlar, pois ainda tinha a Clara para me preocupar.

_Bom, até mais.

Me virei sem dar chance dela me insultar um pouco mais. Sai do hospital com minha pequena no bebe conforto. Coloquei nossa musica no som do carro e fui cantarolando para minha pequena reconhecer minha voz. Aquela tarde foi só alegria em casa, a Sô ficou toda melosa com a Clarinha e minha mãe mesmo preocupada comigo, me auxiliou em todas as tarefas, desde o preparo da mamadeira até o banho da bebê. Meu mundo estava desabando sem a Luiza, mas Sophia e Clara eram minha luz no fim do túnel.

Os dias foram se passando, e cada vez menos eu ia ao hospital visitar a Luiza. Os grandalhões mantinham-se firme à porta da UTI e o máximo que eu conseguia era dar uma espionada e inúmeras vezes tive que me esquivar rápido porque a megera estava chegando.

Depois de um mês que Luiza estava internada eu notei Dona Tereza desenganada, os médico diziam que a Luiza poderia estar tendo danos sérios no cérebro por conta do coma, meu ódio por aquela mulher só crescia. Como que uma mãe em sã consciência faz isso com sua filha depois de tê-la abandonado, ela nem sabia que a Luiza estava grávida!!!

Mas minhas orações estavam voltadas a recuperação da Lú, nós ainda teríamos o nosso felizes para sempre...

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