CAPITULO 11

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CAPITULO 11

Os dias se passaram e eu aprendi a controlar meus enjoos. Visitei um obstetra amigo e passei a seguir uma dieta saudável.

Descobri que estava de seis semanas e que meu bebe não tem mais que 1cm, mas já o amava tanto.

Eu estava enjoando muito, tive tonturas e me cansava muito fácil e então decidi atender somente pela manha e os demais pacientes eu passei para a outra pediatra da clinica, assim eu tinha mais tempo pra me preocupar com a gravidez.

Laurinha e Jú não me abandonaram, deixaram as baladas para me fazerem companhia, até alugava filmes de comedia para me animar e quando eu passava mal me acompanhavam até o banheiro.

Foram dias difíceis, houve momentos que eu não consegui me levantar da cama e outros que eu só conseguia comer macarrão instantâneo. Dias em que tive vontade de comer tijolo com chantili, e elas não me deixava falta absolutamente nada, nem carinho e muito menos atenção.

Quando completei as 14 semanas, as levei a minha consulta, havia uma grande probabilidade de descobrirmos o sexo do meu bebe. Chegamos cedo ao consultório do Drº Násser, fizemos apostas quanto ao sexo, mas na verdade eu estava era preocupada com o desenvolvimento do meu bebe.

_Drª Luiza? Vamos o Drº a espera.

_Ha, sim...

O Drº Násser foi um colega e faculdade, filho de árabes riquíssimos aqui de Cuiabá, sempre confiei muito em sua competência e por isso não hesitei em escolhe-lo para acompanhar minha gestação.

_Vamos lá Drª, vamos ver como está esse garotão.

_Ou garotona! – interferiu a Jú, que na verdade eu acho que estava dando em cima do meu médico.

Ele passou o gel na minha barriga e colocou o sensor da ultrassonografia e comecei a ouvir os batimentos acelerado do meu bebe. Não consegui conter as lágrimas e eu estava bem chorona nos últimos dias.

_Relaxa Drª, vamos ver se vai ser um reizinho ou uma linda princesinha. Opa! Olha só! Uma linda princesinha. Está vendo aqui? É a vulva dela.

_Ó meu Deus! Uma menina!! – Laurinha estava aos pulos, Jú me abraçou e eu chorei descontroladamente.

Uma menina.

_Clara, minha Clarinha – sussurrei com lágrimas nos olhos, imaginando como seria ter João ali ao meu lado.

                                                           ***

Saímos do consultório e corremos para o Shopping Pantanal e visitamos todas as lojas possíveis de artigos de bebe. E sempre saiamos carregadas de sacolas. Gastamos horrores em roupinhas, brinquedos e bugigangas que talvez fossem até desnecessárias, mas Clarinha seria a nossa bebe, havíamos decidido de nós três iriamos cuidar do meu brotinho de gente.

                                                           ***

Quinze semanas.

Dezoito.

Vinte.

Quando vi estava parecendo uma vaca de tão grande. Minha lindinha estava crescendo saudável segundo os exames que estava fazendo regularmente. O Dr º Násser agendou minha cesárea para dia 8 de outubro, com chances de adiantar alguns dias. E eu estava um poço de ansiedade e muito impaciente.

Em uma tarde fresquinha, o que é raro aqui em Cuiabá, fui para o shopping escolher o berço da minha pequena e depois de muito andar resolvi me sentar em um café e comer algo enquanto descansava. E então fui surpreendida por um beijo no rosto.

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