CAPITULO 12

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CAPITULO 12

_Drª, sua mae está ao telefone, posso passar a ligação?

 Era só o que me faltava. Depois de Násser, minha mãe tentar se aproximar de mim.

_Claro Paola, pode sim e segure uns quinze minutos o próximo paciente.

 Dúvidas surgiram na minha cabeça. o que será que aquela criatura queria?.

_Alô?

_Filha? Ah, que saudades! Como você está?

_Tudo bem, o que a senhora deseja?

­_Ah, eu gostaria de jantar contigo.

_Impossível, ando muito ocupada.

_Como assim? Sou sua mãe, sinto sua falta.

_Mas alguma coisa?

_Não, lamento incomodá-la.

Coloquei o telefone no gancho tremula. Pensei o que teria estimulado ela a me procurar depois de tanto tempo. Agora que minha vida estava encaminhada. Násser era um grande companheiro e amigo e respeitava meus limites, Laurinha e Jú sempre me fazendo companhia e agora minha mãe querendo estragar tudo de novo.

Não mesmo!

                                                           ***

Enquanto eu esperava para ser atendida no consultório do Násser, vi uma chamada de uns shows que haveria em Cuiabá, haveria duplas nacionais de renome na música sertaneja e entre eles surgiu a foto dele. Não me permiti continuar assistindo a chamada, mas não pude deixar de ouvir uma moça sentada ao meu lado conversando com uma outra:

_Menina eu daria de um tudo para entrar no camarim desse João. Olha como ele é gostoso!

_Drª Luiza, Drº Násser a espera.

Me levantei e fui para a sala de Násser onde recebi um acalorado abraço.

_Oi minha vida. Como você está?

_Oi Násser, estou bem.

_Tudo certo para nosso jantar hoje? Quero dizer, não será muito, tanta gente na sua casa? Você parece um pouco cansada – ele acariciava minha face e me beijou de leve nos lábios.

_Não, tá tudo bem, acho que tá na hora de conhecer seus amigos.

_Mas e se perguntarem sobre nós, se vamos nos casar ou sobre a bebe?

_Násser, calma, é só dizer que estamos nos conhecendo e que a Clarinha é produção independente, não precisa se preocupar – coloquei minhas mãos sobre sua face – não se esqueça que somos somente eu e você.

Estávamos juntos há um mês, Násser era todo mimo comigo, sempre respeitou meu espaço e limitações e o máximo que chegávamos era alguns amassos no sofá da sala. Naquela noite ele planejava me apresentar a seus amigos de longa data, como se formalizasse o nosso namoro. Sempre me falava de seus planos para a Clara, escola, cursos, brinquedos. Me ajudou a decorar todo o quartinho da bebe e me demonstrava de todas as formas possíveis a vontade que tinha de assumir minha filha como sua. Nunca permitiria isso, mas me sentia muito bem com seu desejo de unirmos como uma família, algo que eu deixei de ter a algum tempo.

Fiz a ultrassonografia e constatamos que a bebe estava ótima e do consultório, fui para o mercado comprar os últimos ingredientes para nosso pequeno jantar. Estava tudo tranquilo, cozinhei os legumes, coloquei uma musica bem leve e me servi de suco.

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