CAPITULO 13

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CAPITULO 13

A noite seguiu tranquila, Násser serviu pratos típicos árabes, rimos, cantamos, enfim, foi muito proveitosa, os convidados se foram e ele se ofereceu para passar a noite me fazendo companhia. Ele sempre foi um homem constante, aquele que sabia o que fazer em qualquer situação. No entanto, desde o primeiro momento em que se deparou com João, estava completamente perdido.

João é um cretino.

Násser não merece passar por isso, não depois de tanto carinho a atenção que tem me dado.

Em meio a meus pensamentos não percebi que Násser estava limpando a mesa.

_Násser, não precisa, amanha a Helena limpa tudo, mas... - era difícil tocar nesse assunto - vem aqui, temos que conversar.

_É, eu já imaginava, você escolheu a ele, você quer voltar para ele. Lú, ele te fez sofrer - ele me conduziu até o sofá e se sentou ao meu lado - ele não participou da sua gravidez! Você mesma me disse que ela é um cretino, um imbecil, como você acha que ele poderia te querer depois de te abandonar?

Meu intestino revirou quando senti o medo em seus olhos.

_Násser, eu não o escolhi, isso nunca foi uma opção, é com você que eu estou é com você que eu vou ficar - coloquei minhas mãos em seu rosto tremulo e nervoso, na intenção de acalma-lo - calma tá? Vamos resolver isso, mas hoje quero que me leve para seu apartamento, não quero correr o risco dele voltar amanha e me encontrar. Não quero ter que encara-lo e ouvi toda sua merda.

_Algum problema Lú? - parecia mais preocupado em como eu estava - Ele te fez alguma coisa, te machucou? Te ameaçou?

Vi o nervosismo brotando em seus lindos olhos, segurei suas mãos e sussurrei calmamente:

_Não, ele não me fez nada, mas eu não gostaria de dar de cara com ele aqui novamente. Quero garantir minha paz de espirito.

Násser era um bom amigo e sei que seria um ótimo companheiro, mas os olhos tristes e suplicantes do João não saia da minha mente. Quanto tempo mais eu teria que passar por isso?

_Násser me beije...

Ele não me deu tempo de terminar a frase, inclinou a cabeça para baixo e logo seus lábios estavam grudados aos meus, suas mãos me puxando, não pude resistir ao beijo que, em um momento depois, era quente e faminto, passando longe do suave ou doce. Foi um beijo que tinha estado a ponto de acontecer mais de uma vez e agora estava completamente fora de controle.

Ele tinha gosto de vinho tinto. Seus cabelos eram tão suaves contra seus dedos e os pequenos gemidos de prazer que eu fazia em sua boca enquanto nos beijávamos, o deixava louco. Ele passou a língua sobre a curva roliça de meu lábio inferior e eu derreti mais profundamente nele, flexível suas curvas e tão maldito doce quando provei o canto onde seus lábios superiores e inferiores se reuniam antes de mergulhar de volta para a boca para emaranhar com a língua. Assim como o beijo tinha ido de zero a cem em um milésimo de segundo, assim ele me queria levar. Rápido e duro.

_Faça-me esquece-lo - supliquei olhando em seus olhos - tire ele da minha cabeça, tire essa dor do meu peito, me faça sua.

Násser me soltou em um impulso e se levantou passando as mãos pelos cabelos, inquieto e nervoso.

_Luiza, assim não - ele tremia descontroladamente - por mais que eu te ame e te queira bem, não posso tê-la com outro na cabeça, sei que está sofrendo com a aparição dele e quer tudo resolvido - meu estomago revirou com medo de suas palavras - mas eu não vou ser um fantoche em suas mãos. Para estar comigo, terá que resolver suas pendencias com ele.

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