Uma cidade com passado sombrio e segredos que perduram para sempre, essa é Hidden Shadows, palco de experimentos e planos dos quais seus moradores sequer desconfiam.
Dylan, filho da família responsável por toda a cidade, governando nas sombras...
Este capítulo possui trilha sonora. Ela está logo acima na capa, basta clicar e ler a história normalmente. Caso queira utilizá-la da forma como arquitetei, no momento em que a música se encaixa, irei marcá-lo com negrito na primeira palavra, indicando que a partir dali a música deverá ser tocada.
Exemplo: Armamos um plano.
Boa leitura!
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Existem certos dias em que, mesmo tendo adormecido por toda a noite, se tem a impressão de ter apenas piscado. É uma sensação terrível, uma noite muito mal aproveitada. Uma noite como a que tive. Seria mentira se dissesse que após aquela conversa que tive com Hayden apenas esqueci tudo e encerrei o assunto. A verdade é que ele me deu muito em que pensar. Parando para analisar é fácil concluir que eu devia estar me sentindo muito sozinho para ter caído nos encantos de um homem, ainda mais alguém como ele. Parei ao olhar para a porta do escritório silencioso, tinha que admitir que Hayden não era qualquer homem. Com aqueles olhos, aquele corpo. Era como um fruto terrivelmente proibido, mais saboroso que todas as mulheres que já tive. Suas pernas ao redor do meu corpo me proporcionavam o encaixe mais perfeito de todos...
— Senhor Eaves? – a secretária bateu em minha porta.
— Pode entrar – respondi.
A jovem mulher abriu a porta e, ajustando o suéter, disse séria:
— A senhorita Houston acaba de chegar.
Abri um pequeno sorriso e minha secretária baixou os olhos. Coitada, podia entende-la, seu trabalho chegava ao fim. Era a melhor notícia que, ao menos eu, poderia receber naquele dia.
— Mande-a entrar – me recostei na cadeira.
A mulher fechou a porta com a expressão carrancuda. O que poderia fazer? Sua ilusão chegara ao fim, ninguém poderia substituir minha doce secretária oficial. Ri e esperei pacientemente até ver aquela maravilhosa e conhecida silhueta pôr os pés em minha sala. Seus cabelos negros estavam presos acima da cabeça, e seus olhos castanhos brilhavam como sempre por trás dos óculos retangulares e discretos.
— Senhorita Houston – sorri sério para ela.
— Como tem andado, senhor Eaves? – sua postura era intacta.
— Como eu poderia andar sem você do meu lado para apoiar esse peso morto?
A jovem começou a rir e segui seu ritmo, enfim levantando para lhe dar um abraço apertado que a tirou do chão.