Capítulo 23

69 9 2
                                    

ATENÇÃO!

Este capítulo possui trilha sonora. Ela está logo acima na capa, basta clicar e ler a história normalmente. Caso queira utilizá-la da forma como arquitetei, no momento em que a música se encaixa, irei marcá-lo com negrito na primeira palavra, indicando que a partir dali a música deverá ser tocada.

Exemplo: Armamos um plano.

Boa leitura!

Eu amei seu pai

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu amei seu pai. Fazia sentido, então foi isso o que aconteceu. Alguma coisa ainda martelava na minha cabeça, sobre o que Marli realmente significava para a minha família, e quem de verdade era a minha mãe. Sempre soube que ela era do tipo fria e calculista, mas nunca suspeitei de algo assim... Darla teria tido coragem de matar o próprio marido? Por quê? A imagem da câmera não saia da minha cabeça, e a dor chegava aos meus olhos. Por pior que fosse nossa relação, ela ainda era minha mãe.

— Calma, Dylan – Willam falou com mansidão. Ele estava dirigindo, por pura preocupação.

Marli nos conseguira um vôo rápido e discreto, e já estávamos de volta a Hidden Shadows, mas era como se não estivessemos lá. Ninguém deveria saber sobre nossa chegada, não poderíamos confiar em ninguém. Willam era a única pessoa que me restava, e através dele pude sentir a proteção do meu pai.

— Você realmente acha que ela seria capaz de matar ele? – perguntei, insistente.

Willam pareceu hesitante em responder, e mesmo que suas palavras tenham sido Não podemos tirar conclusões tão precipitadas, eu entendia que no fundo ele concordava com o que Marli dissera.

— Vamos nos concentrar em encontrar o garoto – ele tamborilou os dedos no volante. – Se você ainda quiser ajudá-lo.

— Não vou deixar que ele se machuque por minha causa.

Willam concordou.

— Você sabe onde ele pode estar?

— Estou pensando – respondi.

Meus neurônios estavam queimando, eu não sabia o que fazer. Onde ele poderia estar? Onde estaria se escondendo? Ele tinha que estar por perto. Willam contatara seus funcionários de maior confiança, mas nenhum sinal foi encontrado. Um lugar fora do mapa... Onde podia existir...?

— Vamos tentar uma coisa – falei de repente, quase assustando Willam.

Dei para ele o endereço do hotel para onde havia ido com Hayden durante a nossa pequena fuga no meio da tarde. Era próximo a cidade, mas fora, longe do nosso controle. Se ele estivesse por perto, tinha que estar lá.

Vamos lá.

Começou a chover, o vidro do carro estava embaçado, e mesmo assim eu podia discernir sua silhueta correndo sob a chuva. O moletom cinza e o capuz cobrindo a cabeça. Mandei Willam parar o carro e saí sem me preocupar. Hayden já estava a alguns metros de distância, de costas para mim, mas parou e virou em minha direção, cansado e espantado. Eu queria correr até ele, abraçá-lo e chorar, porque o meu mundo estava desabando, e tudo o que desejava era que apenas ele permanecesse aqui, ainda que fosse mentira. Ele ficou parado, esperando, e foi a minha deixa para fazer o que queria. Já completamente ensopado, joguei os braços ao seu redor.

ToqueOnde histórias criam vida. Descubra agora