Capítulo 21

75 6 3
                                    

ATENÇÃO!

Este capítulo possui trilha sonora. Ela está logo acima na capa, basta clicar e ler a história normalmente. Caso queira utilizá-la da forma como arquitetei, no momento em que a música se encaixa, irei marcá-lo com negrito na primeira palavra, indicando que a partir dali a música deverá ser tocada.

Exemplo: Armamos um plano.

Boa leitura!

Foi o mais rápido que consegui chegar, dependendo da velocidade do carro sem que matasse alguém ou a mim mesmo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Foi o mais rápido que consegui chegar, dependendo da velocidade do carro sem que matasse alguém ou a mim mesmo. Apertei o celular, onde uma mensagem iluminava a tela, com o nome de Isabel escrito encima, e joguei o aparelho no banco ao lado. Bem no fundo um latejar atingiu minha cabeça. Saltei do carro e corri para a entrada do prédio. Não foi tão tarde, mas por pouco. Bem ali, na recepção e atraindo olhares curiosos dos poucos moradores que passavam no lugar, quatro homens escoltavam Hayden. Soube dos detalhes pela visão ampliada, ainda que esta estivesse desfocada, pois a primeira coisa que vi e na qual meu foco se prendeu foi ele.

Hayden parecia ter mantido uma postura submissa por várias horas, olhando para o chão como fazia quando o deixei, mas assim que entrei ele ergueu o rosto e me encarou, foi nesse momento que eu parei. Por quanto tempo nos encaramos não sei dizer, mas pareceu ter durado vários minutos, e por um segundo antes de dar o passo seguinte e pôr o meu plano ridículo em prática, hesitei, porque tudo o que senti foi um grande nada. Estava vazio. Eu olhava em seus olhos e não enxergava coisa nenhuma. Onde antes existia emoção, paixão, nervosismo, agora sobrara um grande buraco negro, mais calmo do que eu esperava, e me perguntei se valia a pena fazer o que estava pretendendo, se não estava me iludindo mais ainda e imaginando coisas que realmente nunca existiram. Porque não havia nada.

Fui o primeiro a desistir, abandonando o contato estabelecido e pigarreando em direção aos armários de terno. Em situações normais isso não seria um problema, e não me faltava confiança, mas agora a história mudara...

­­— Sr. Eaves! – A recepcionista exclamou assim que me viu, arregalando os olhos com aparente preocupação, como se assim me alertasse de que algo muito errado acontecia.

Ao menos alguém me anunciou antes que eu precisasse fazê-lo.

— Boa noite – acenei com a cabeça e me dirigi aos homens, com a postura de sempre. – Vocês podem ir, eu assumo daqui.

Eles se entreolharam. Hayden voltava a pender a cabeça para baixo.

— Desculpa, senhor – o mais baixo disse, dando um passo à frente e quase tapando a visão que eu tinha de Hayden. – A Sra. Eaves nos mandou esperar suas ordens.

Eu dou as ordens por aqui – disse de jeito brusco, passando os olhos pelos outros guardas para perceber que dois deles já conhecia. Antigos funcionários. – Acima de sua própria patroa. Vocês são empregados da família e da empresa, e agora sou eu quem manda aqui.

ToqueOnde histórias criam vida. Descubra agora