Capítulo 36

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Ninguém comentou nada então matei quem eu queria

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Pov. Lauren

Eu estava entre as pernas de Camz e ela abraçava meu tronco. Ficamos sentadas sob a árvore que fizemos piquenique no nosso primeiro encontro, observando a vista em silêncio confortável.

_ Adoro esse lugar. Digo e ganho um beijo no topo da cabeça.

_ Que bom, porque eu também gosto. Me apertou no seu abraço. _ Esse é o melhor lugar para o qual meus pais se mudaram em todo minha vida. Completa.

_ Deve ser mesmo, eu estou aqui. Soltei uma risada e ela mordeu meu ombro. _ Ai amor. Virei para ela e fiz um biquinho, que ela tratou de morder.

_ Você é muito convencida. Me desvencilhei de seus braço e sentei no seu colo com uma perna de cada lado.

_ Sou mesmo, aprendi com você. Encarei sua boca depois seus olhos. Molhei meus lábios e quando iríamos nos beijar escuto minha mãe me chamando.

_ Lauren acorda! Senti ela mexendo nos meus cabelos. Abri meus olhos com dificuldade, focalizei meu antigo quarto, estou na casa dos meus pais. Tentei levantar de uma vez mas, meu corpo doía. _ Calma, não faça movimentos bruscos. Me empurrou devagar pelos ombros de volta a cama.

_ O que aconteceu ? Minha voz saiu mais rouca que o normal. Minha mãe pegou um copo com água e me deu. Bebi tudo.

_ Você desmaiou. Eu estava sonhando ... não pode ser senti meus olhos marejarem.

_ Mãe, cadê a Camz? Ela desviou o olhar e levantou da cama colocando o copo em cima do criado mudo, não pode ser real. _ Mãe, por favor cadê ela? Mani e Zac morreram? Ouvi ela suspirar e virar na minha direção.

_ Seus betas estão vivos, você encontrou eles a tempo. Ally conseguiu salvá-los. Por isso você está tão fraca. Oh minha Deusa eles estão vivos, senti um alívio no aperto do meu coração e o esboço de um sorriso surgiu nos meus lábios. _ Sobre sua humana eu não sei onde ela está. Que morreu segundos depois. Não consegui segurar o choro, não acredito no que está acontecendo. Minha mãe sentou ao meu lado novamente e me abraçou deixando eu chorar tudo que podia. _ Você não merece está passando por isso. Fazia carinho nos meus cabelos. _ Nós vamos achá-la e você vai ser a próxima líder dessa matilha.

Depois de chorar toda água do meu corpo me desvencilhei dos braços protetores de minha mãe. Estava na hora de procurar minha Camila.

_ Onde você está indo filha? Perguntou enquanto eu procurava um tênis.

_ Atrás da Camz, vou achá-la e matar quem fez isso. Disse decidida.

_ Você não pode ir ainda, está muito fraca ficou desmaiada por dias. Seu pai está coordenando as buscas.

_ Dias ? Perguntei incrédula, não pode ser. _ Mãe, eu fiquei dias apagada. Camz estava muito ferida pela quantidade de sangue. Comecei a chorar outra vez.

_ Sim filha hoje completa o terceiro dia. Seus betas ficaram muito debilitados e você sente tudo. Escutava ela falar mas, só pensava que Camila poderia estar morta enquanto eu estava desmaiada. _ Nevou quando vocês chegaram, apagou o rastro deles. Eu só pensava em matar quem fez isso. _Vem comer um pouco recuperar as energias e espera seu pai chegar. Me arrastou até a cozinha e me fez sentar em uma cadeira. Eu obedeci realmente estava me sentindo fraca e faminta.

_ Mãe vocês avisaram Sinuh e Alejandro? Serviu um prato cheio de carne.

_ Sim, avisamos a polícia eles estão fazendo várias buscas. Aproveitamos que os humanos já estão lidando com ataques dos animais, não foi surpresa.  Não acredito em como eu pude ser tão burra para não seguir meus instintos. Parei de chorar e comecei a comer. Assim que eu terminar vou atrás da minha Camz.

_ Onde estão meus betas?

_ No hospital, depois de Ally medicá-los deixamos para a polícia encontrar seus corpos. Estão sob os cuidados de Kate no hospital. Só assim pudemos envolver os humanos e avisar a família da sua. Assenti com a cabeça enquanto minha mãe me observava.

Levantei imediatamente e caminhei até a saída escutei ela me seguir. Estava nevando provavelmente todo o rastro já tinha sumido mas eu sabia que tinha que ir. Cada minuto que eu não a procurava suas chances diminuíam.

A Lua cheia estava chegando e de alguma forma eu sabia que precisava achá-la antes. Comecei a correr pela floresta cheguei no local onde ocorreu a emboscada.

Agachei no chão e farejei em busca de algum cheiro que me indicasse uma direção. Senti a presença da minha mãe.

_ Pra onde você está indo filha? Eu estava de costas para ela.

_ Não sei, só sei que tenho que ir. Silêncio.

_ Eu vou com você. Antes do meu protesto ela continuou. _ Seu pai achou um rastro de sangue em direção ao norte.

Pov. Camila

Três dias antes

_ Agora a festa pode começar. Sua voz grossa carregada de um sotaque era sarcástica me fez arrepiar inteira. Porra. A porta se fechou e ele se aproximou ainda sorrindo. Além de seu físico seu rosto era intimidante.

Caminhou até a cama me fitando intensamente, seus olhos negros me causavam arrepios. Colocou a mão nas costas e retirou uma faca imensa de lá. Se eu tivesse força teria gritado.

Colocou a lâmina no meu rosto e a deslizou suavemente, eu apertei os olhos com medo. Escutei uma risada nasal. Abri um olho a tempo de vê-lo cortar as amarras que me prendiam na cama.

_ Senta humana. Vamos conversar. Sua voz era fria e ele parecia impaciente. Pegou a cadeira e colocou ela em frente a cama que eu estava, se acomodando nela. Tentei firmar meus braços para levantar meu corpo mas, caí de volta na cama.

Escutei ele bufar, senti sua presença próxima a mim. Colocou a mão no meu pescoço e me puxou para cima com muita facilidade. Um grito de dor ficou preso na minha garganta. Quando ele colocou o dedo indicador encima da sua boca fazendo um sinal de silêncio.

_ É bom você fica sentada e quieta agora. Colocou a faca em cima da pequena mesa. Eu apertava a beirada da cama tentando aliviar a dor nas costas que estava sentindo. _ Seu nome? Não respondi. Ele rosnou e quando eu menos esperava me deu um soco no lado esquerdo do meu rosto. Imediatamente minha cabeça virou para o lado oposto e o gosto do sangue invadiu minha boca, se eu não estivesse usando todas as minhas forças para segurar a cama com certeza estaria no chão.

_ Eu não quero te matar ainda então é bom cooperar. Não levantei minha cabeça, estava com o olhar fixo na pequena possa do sangue que saía da minha boca e pingava no chão. _ Então vai responder agora ? Me puxou pelos cabelos fazendo encará-lo.

_ Sii-im. Minha voz saiu baixa e rouca.

_ Bom. Sorriu e voltou a se sentar. _ Seu nome ?

_ Caa-milaa.

_ Viu não é difícil. Se inclinou para a frente. _ Você está vendo esses panos com sangue? Apontou para a mesa, assenti com a cabeça. _ É seu. Eu mesmo estanquei o sangramento. Viu não sou tão mau assim. Sorriu. _ Lógico que eu o fiz só para a pequena Lauren não farejar seu sangue. Eu estava pensando em te manter comigo por alguns dias sabe até a Lua cheia chegar, nela eu vou ficar bem forte. E agora que sua amada perdeu os betas vai ser muito fácil matá-la, depois me livro de você, ou, posso te poupar depende se você colaborar e ser uma boa menina. O cara começou a falar sem pausa e eu só pensava no que ele queria dizer com perdeu os betas, será que eles morreram? Meus olhos imediatamente encheram de água e eu não consegui impedir o choro de sair quando flashes dos corpos nus ensanguentados do meus amigos no chão da floresta.

_ Você ma-matou eles?

_ EU!? Apontou para o peito com indignação. Eu não. Minha matilha matou. Depois arrastaram você até mim. Meu passe vip. Sorriu largo.


Cry Wolf ( Camren G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora