Cap. 27 - Entre brigas e desesperos

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Camilo

Eu não queria deixar Lauren assustada, então resolvi não contar pra ela, pelo menos agora o que eu iria conversa com os meus pais, resolvi ir pra casa e deixar ela com nossos amigos, pelo menos ela não veria a confusão com os meus pais. Querendo ou não, eu sábia que eles iriam brigar comigo pelo que tinha para conversar com eles, sábia que eles sempre quiseram muito um menino e alguém pra assumir o hospital da família. Mesmo que minha irmã mais nova quisesse ser médica como eles, eles queria um homem no comando não uma mulher e isto soava um tanto que preconceituoso da parte deles. Fui para casa assim que me despedi de todo o pessoal, quando cheguei em casa ainda não havia ninguém, então resolvi ir tomar um banho demorado.

Subi pro meu quarto e tirei minhas roupas, joguei elas no cesto de roupas suja, caminhei até a banheira que havia no meu banheiro e liguei as torneiras pra encher a mesma, assim que estava cheia joguei alguns sais de banho e entrei na mesma, precisava relaxar um pouco. Estou muito tenso, sei que a reação deles não vai ser nenhum pouco boa, ainda mas dos meus pais, dois Hernández's cabeças duras que não deixavam ninguém saber que o filho deles havia nascido com alguns problema de saúde. Sempre quando ele me levavam em algum médico, os dois faziam estes médicos assinar um termo de silêncio pra ninguém contar sobre meus problema, estes eram meus pais, eles se escondiam atrás da riqueza deles, queriam ser os perfeitos em meio a toda sociedade.

Fiquei relaxando por um longo tempo na banheira, realmente precisava pensar no que eu iria falar, me levantei e peguei minha toalha, me enrolei nela depois de me enxugar e caminhei até meu closet, peguei uma camiseta de mangas compridas branca com um desenho do símbolo do super man na frente. Vesti minha cueca preta e logo em seguida coloquei a camiseta e por último uma calça de moletom da mesma cor da cueca, sai do meu closet e desci até a sala. Eu havia ficado quase duas horas na banheira muito tempo, mas pra minha sorte Lauren ainda não havia chegado e meus pais estavam na sala, ambos conversavam sobre algo alheio de tudo, cheguei perto de onde os dois estavam e ambos me olharem.

- Pai, mãe, preciso falar com vocês. - disse e eles continuaram me olhando, meu pai se levantou e fiquei um pouco confuso, falo que quero conversa e ele se levanta.

- Olha podemos conversa amanhã porque hoje eu não volto, preciso resolver algumas coisas no hospital. - disse e minha mãe continuo sentada no seu lugar.

- Pai, eu preciso falar sobre a Lauren e os bebês, eu não quero mais este acordo idiota que fiz com vocês, eu amo a Lauren e já amo os meus filhos, não vou abandona Lauren e nossa filha só por que vocês querem ter um homem para assumir o hospital, ela também e a neta de vocês. - disse para eles, minha mãe agora me olhava e se levantou na hora que falei que não queria mais o acordo que havia feito com eles.

- Como e que e Camilo, nós temos um acordo aquela criança vai ser nossa e Lauren e o outro bebê vão embora, eu não irei querer saber delas depois disto e é bom que você não queira saber também, nosso acordo não vai ser desfeito por causa de uma desilusão amorosa sua, está me ouvindo bem. - disse minha mãe em uma voz alta e com autoridade, parando em minha frente e me encarando seriamente.

- Mãe eu já disse que nosso acordo está desfeito, nem ser for preciso eu e Lauren irmos embora desta casa, agora eu entendo que dinheiro não e tudo, eu posso arruma um trabalho e cuidar da minha família. - disse e olhei meu pai se aproximar de mim, as mãos dele estavam fechadas em punhos e sua rosto não era uma dos melhores, aquilo me deu medo assumo, mas iria me manter firme em minha decisão, tinha total certeza do que queria.

- Camilo você não vai sair desta casa e se você sair por àquela porta. - ele apontando a mesma enquanto me encarava. - você nunca mais verá a Lauren àquela vadia e seus filhos, tenho muito dinheiro, posso mandar acabar com ela e com àqueles bebês muito antes deles nascerem, então e bom que nosso acordo ainda esteja de pé. - disse em meio aos gritos e àquilo me fez tremer um pouco.

- Eu não acredito nisto, vocês querem matar seus netos e a mulher que eu amo por causa de um maldito acordo. - disse e minha raiva era tanta que joguei um vaso que estava encima da mesa no chão.

- Não e somente um acordo Camilo e muito mais que isto, não queremos que saibam que temos um filho que filho irresponsável e que ainda engravidou uma miserável. - disse minha mãe completamente cuspindo àquelas palavras nojentas, aquilo havia doido e muito, segurei a vontade de chorar, não iria me permitir chorar na frente deles.

- Sua mãe está certa, ninguém precisa saber que criamos um filho irresponsável, que além de engravidar uma vadiazinha ainda e uma abominação, somos uma família perfeita e vai continuar sendo assim, então não tente mudar isto. - disse meu pai e fechei os punhos, minha raiva era tanta que esqueci que ele era meu pai e acertei um murro forte em seu rosto, logo em seguida o nariz dele começou a sangra e muito.

- Você não tem o direito de falar assim de mim, pode ser meu pai, mas não escolhi nascer assim, não escolhi ter diabetes e problema no coração, vocês deviam me apoiar e não ficarem se importando somente com a sociedade e no que eles vão pensar da nossa família, sabe o que eu penso desta família que ela e um lixo, meu querido pai você já traiu a mamãe tantas vezes que eu perdi as contas e mamãe você não passa de uma iludida achando que o papai te ama e que e a mulher da vida dele. - disse em meio aos gritos e logo em seguida senti um murro acertar meu rosto com força.

Senti minha boca se encher de sangue de imediato, cuspi o sangue no chão e olhei pro meu pai que havia me dado um belo de um murro, minha face começou a doer e meu olho direito também onde o soco também havia pegado estava dolorido. Minha raiva subiu, eu iria devolver o soco, mas ele percebeu e segurou minha mão e acertou meu rosto mais uma vez no mesmo lugar, fazendo meus lábios se cortarem mais ainda e minha boca se encher de sangue novamente, cuspi o sangue no rosto dele e ele me olhou com raiva, minha mãe agora assistia toda a cena sentada. Eu não acredito que ela não iria fazer nada, passei a mão em uma mesinha onde tinha várias coisa e tudo foi ao chão, derrubei a mesinha e um dos pés dela acabou quebrando, quando olhei para meus pais, minha mãe ainda estava sentada e meu pai tinha a cinta de couro que ele usava em mãos. Ele me acertou duas vezes no braço com a cinta, outra vez em minha barriga e logo se afastou, quando um grito foi escutado, eu estava no chão tinha caído por causa da cintada que havia recebido em minha barriga, mas reconhecia muito bem àquela voz.

- Pare com isto agora. - gritou Lauren e logo percebi que ela estava perto de mim, ela foi se abaixar, mas pedi que ela não se abaixasse com a mão e me levantei sozinho.

- Você não tem que se meter vadia, isto e um acordo de família. - disse meu pai empurrando Lauren de minha frente, mas quando ele foi para me dar uma cintada novamente, Lauren entrou em minha frente e a cinta pegou bem na barriga dela e a mesma urrou de dor, segurei ela pois ela cambaleou para trás.

- Você só pode estar ficando louco. - gritei um pouco alto, novamente Lauren urrou de dor e segurou sua barriga um pouco forte. - amor o que aconteceu?. - perguntei esquecendo dos meus pais e prestando atenção em minha namorada.

- Está doendo muito Camilo. - disse com um pouco de dificuldade ainda segurando sua barriga e segurei ela com mais firmeza contra o meu corpo.

- Eu vou te levar para o hospital. - disse pegando as chaves que estavam no chão e voltando a segurar Lauren e a peguei no colo, estava pouco me fodendo prós meus pais, naquele momento a prioridade era Lauren e nossos filhos, corri para o carro e coloquei ela no banco do passageiro e logo entrei nele.

Eu não sábia o que fazer a única coisa que sábia era que tinha que a levar pro hospital o mais rápido possível, percebi enquanto a levava pro hospital que ela estava sangrando agora e não era pouco, não podia perde meus filhos e nem minha mulher por minha culpa. Enquanto dirigia, Lauren urrava de dor e implorava pra mim não deixar nossos filhos morrerem, estava desesperada e dirigir o mais rápido que conseguia em meio as lágrimas que existiam e cair pelo meu rosto. Eu não podia perder eles, quando cheguei no hospital que era da minha família, apesar de poder ter ido em outros hospitais sábia que aqui eles iriam atender Lauren bem rápido. Tirei-a do carro e a peguei no colo, por um momento percebi que o carro estava totalmente sujo de sangue, mas não me importava, levei-a pra dentro e não me importava que estava me sujando ou que estava todo machucado, ela e nossos filhos eram prioridade naquele momento.

- Minha namorada precisa de ajuda, ela está sangrando muito e está grávida de gêmeos. - disse em um grito e logo dois enfermeiros trouxeram uma maca e colocaram Lauren nela, eu estava com ela mas uma enfermeira me impediu.

Me encostei em uma das paredes e me permiti chorar, por tudo que estava acontecendo, estava com medo de perder Lauren e nossos filhos, eu não podia perder eles, não podia.

A Nerd e o PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora