Cap. 29 - Documentação falsa

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Lauren

Quando Camilo me deixou com os enfermeiros, eles me levaram direto pra sala de parto, não podia ser uma cesariana porque um dos bebês já estava pronto pra nascer, então seria parto normal. Eu realmente estava com muita dor no meu ventre e também por conta das contrações, quando o médico me mando empurrar foi o que fiz respirei fundo e comecei a fazer força. Fiz isto mais 4 vezes até um choro ser escutado pelo ambiente, os médico colocaram o bebê encima de mim e assim que identifiquei vi que era o menino, mesmo estando todo coberto de sangue ele era lindo, passei a mão pelos cabelos do mesmo. Respirei fundo novamente, quando senti uma contração forte e um dos enfermeiros que estava na sala de parto tirou o bebê de cima de mim e o levou para ser examinado. O médico novamente pediu pra que eu fizesse força e foi o que fiz, não precisou de muito desta vez, logo o chorinho da minha menina foi escutado por todo o quarto.

Quando o médico foi para colocar ela encima de mim, assim como havia feito com o menino, mas algo jorrou pelo meio de minhas pernas, imediatamente o médico entregou a menina para a enfermeira e depois disto não vi mais nada. Acordei e meu corpo estava totalmente dolorido, consegui identificar que estava em um quarto de hospital, tentei me mexer mais não consegui, logo um médico entrou pela porta, sabia que conhecia ele de algum lugar, mas não lembrava de onde. Ele não era o médico que tinha feito meu parto, podia ser o médico que me atendeu na primeira vez que vim parar no hospital, mas logo os pais do Camilo entraram atrás dele, o que me fez de imediato me encolher mesmo com dor.

- O que vocês estão fazendo aqui, eu quero meus filhos e o Camilo. - disse ainda encolhida na cama, estava com medo de ambos fazerem algo comigo.

- Nós viemos ter uma conversinha com você. - disse Sara se sentando na poltrona e logo Alejandro encostou na poltrona e cruzou os braços.

- Eu não quero conversar com vocês saiam daqui. - disse quase gritando e o médico que estava com eles tampou minha boca.

- Você vai conversar com a gente, nem se for a força. - disse Sara e um sorriso um tanto que medonho surgiu em seu rosto, tentei morder a mão do médico mas ele a apertou com mais força contra meus lábios me impedindo de fazer qualquer coisa.

- Bem senhorita Hudson nós temos uma proposta muito boa pra você, bem ela e bem simples, nós vamos fingir a sua morte e a morte da bastarda da sua filha, vamos injetar uma injeção em você que vai fazer você parecer que está realmente morta, vamos pegar uma bebê que nasceu no hospital hoje morta e vamos fingir que ele e o bebê de vocês. - disse ele e pude ver o tom de ironia na voz do mesmo, aquilo me deixou completamente cheia de raiva o médico destampou minha boca e também podia ver a postura irónica dele e o seu sorriso.

- Vocês estão loucos, eu não vou fazer isto não vou, nunca, me escutaram bem nunca. - gritei alto e o médico tampou minha boca novamente e tive vontade de bater nele, mas estava sem força alguma.

- Se você não fizer isto, nós vamos fazer o Camilo sumir do mapa em um estalar de dedos e seus filhos também, o que você prefere, ir embora com um nome falso do pais, passaporte falso e tudo falso, estando com um de seus filhos ou perde seus filhos e o homem que ama e se culpa pela vida toda por não ter os salvado?. - perguntou Sara se levantando e vindo pra perto da cama e passando uma de suas mãos pelos meus cabelos.

Eu estava sentindo nojo dos pais do Camilo, meus pais podiam ter me expulsado de casa, mas eles estavam sendo mil vezes piores. Sabia que não tinha escolha, depois do que vi o que eles fizeram com o próprio filho, tinha medo do que eles podiam fazer com ele de novo e com os nossos filhos.

- Tudo bem, eu aceito está proposta idiota de vocês, mas não toquem em um fio do cabelo do Camilo e nem do meu filho. - disse assim que o médico tirou a mão de minha boca, senti as lágrimas caírem pelo meus rosto, ambos dos dois me olharam e sorriram pra mim ironicamente, saíram do quarto sem falar mas nenhuma palavra e o médico saiu logo atrás deles.

Fiquei um bom tempo ali no quarto chorando, sabia do que os pais do Camilo eram capazes depois do que eu vi, só esperava que eles cumprissem com o acordo e que Camilo cuidasse bem do nosso filho. O médico logo voltou ao quarto e tinha uma seringa em uma das mãos, se aproximou de mim e sem sequer nenhum cuidado aplicou em meu braço, não demorou muito pra que eu estivesse apagasse, não sei por quanto tempo fiquei desacordada, mas assim que acordei estava ligada no aparelho que média meus batimentos cardíacos. Me arrumei na cama e olhei para a minha mão, onde não havia mas o anel que minha avó havia deixando pra mim depois da sua morte, logo algo me veio a memória a voz de Camilo falando que "isto não e um adeus e que me amava muito". Com aquela pequena lembrança chorei muito, totalmente foi quando ele veio se despedir de mim, logo uma enfermeira entrou no quarto com uma bandeja de comida nas mãos e colocou perto de mim.

- Que bom que acordou senhorita Hudson, tem duas pessoas ansiosas pra ver você. - disse a enfermeira e logo os pais do Camilo entraram no quarto e aquilo me fez fechar a cara na hora.

- O que vocês dois vieram fazer aqui de novo, já não resolvemos tudo?. - perguntei a eles que me encararam com sorrisos irónicos no rosto.

- Bem você dormiu por quase duas semanas, nós te deixamos em coma e resolvemos te acordar hoje, já que nosso neto saiu do hospital hoje, também trouxemos os seus documentos e você pode fazer os da sua filha sozinha com está documentação, você tem mais uma semana aqui em Miami irá viajar pro Canadá, suas passagens e a da bebê já estão compradas, assim que você sair daqui deve ir registar ela. O documento de autorização demorará mais ou menos 4 dias pra sair até menos, então você passará está semana em um hotel até tudo estar acertado. É também terá dinheiro suficiente pra você comprar roupas e mudar seu visual não queremos que ninguém te reconheça em hipótese nenhuma, este dinheiro vai resolve sua situação por 5 meses, tempo suficiente pra você arrumar um emprego e se sustentar sozinha. Também pagaremos o aluguel de um apartamento por um ano, bom da pra você se virar, agora você não e mais problema nosso se vire, aqui está o nome da pessoa que vai te levar pro seu apartamento. - disse Alejandro totalmente irónico e com um sorriso estampado no rosto, aquilo me dava com ainda mais raiva, ele me entregou o passaporte, as passagens, meus documentos falsos e o papel com telefone celular e o nome de uma mulher Kristen Mason.

Ambos saíram do quarto me deixando sozinha, não aguentava mais e chorei até não ter mais lágrimas no corpo. A enfermeira um tempo depois, trouxe um embrulho rosa e colocou nós meus braços, não conseguir aguentar e chorei ainda mais, ela podia ser um bebê ainda, mas era a cópia perfeita de Camilo. Dei de mama a ela e enquanto a mesma mamava no meu seio, fiquei a admirando e pensando em um nome para ela, eu e Camilo ainda não tínhamos pensado em nomes e o nome perfeito pra ela me veio a cabeça.

- Você vai ser chamar Hope e perfeito pra você, porque você e minha esperança. - disse e logo ela soltou meu peito e me olhou, acho que ela havia gostou de seu nome.

Ficamos mais um dia no hospital, assim que sai do mesmo levei Hope direto para o cartório e quando vi meus documento percebi que meu nome ainda era Lauren, mas no lugar do Hudson agora tinha o sobrenome Mason e me lembrei do nome no bilhete, o que aqueles dois haviam aprontado. Registrei minha filha somente com o meu nome, também pedi o documento pra poder a levar para outro pais, eu também já tinha o passaporte dela, os dois eram bem rápidos, conseguiram falsificar tudo em menos de duas semanas. Depois de sair do cartório, fui até um cabeleireiro e mudei totalmente meu cabelo, agora eles estavam curto e ruivos, comprei roupas novas pra mim e para Hope, não eram o tipo de roupas que eu gostava, mas precisava mudar meu visual. Fui para o hotel e passei os últimos sete dias lá, todas as noites eu chorava, me perguntando como meu filho estava e como Camilo também estava, ficava me perguntando como era o nome dele, qual sua aparecia, queria saber qual nome ele havia dado pra o nosso filho. Não percebi que o tempo havia passo tão rápido, logo eu já estava no aeroporto e quando já estava dentro do avião com a minha filha a única coisa que desejava era que meu filho e Camilo fossem felizes, que Camilo realizasse o sonho dele de ser cantor e que eu e Hope conseguíssemos sobreviver a todo àquele caus.

A Nerd e o PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora