Cidade de Das Rad, treze anos atrás.
A cidade foi construída em meio à um local pedregoso. Entre as casas e em vários locais da cidade existem enormes pedras, algumas maiores do que as próprias casas, outras do tamanho de pessoas.
Neste município, povoado apenas por humanos, seus habitantes precisam se locomover até as cidades vizinhas para trabalhar, pela falta de empregos e até mesmo de terreno fértil para o plantio. Ainda sim o povo consegue se sustentar sem muitos problemas. Contudo, por ser uma cidade isolada, ficando atrás de grandes montanhas, se torna um alvo fácil para bandidos de todos os tipos.
Neste dia em especial, um terrível incidente está ocorrendo. Bandidos kemonos, que são criaturas humanóides com feições de animais, estão atacando a cidade, matando de formas brutais seus habitantes.
Um garoto, por volta de três anos, brincava fora de casa, quando é pego às pressas por uma senhora já de uma certa idade, olhos e cabelos negros, apesar de alguns aparentes fios brancos, que o leva correndo para dentro de casa.
— Vovó, porque ta todo mundo correndo?
— Não é nada, Kore, meu garotinho, mas eu preciso que me prometa uma coisa. Não importa o que você veja ou ouça, não grite nem fale nada até eu dizer que pode, tudo bem?
— Ta bom. — concorda, mesmo sem entender o motivo.
Ela se esconde atrás de uma cama alta, no quarto, abraçada com seu neto, tentando tapar os ouvidos da criança pois os sons vindos de fora da casa eram perturbadores. Gritos de desespero e berros dos invasores, que pareciam tomados pela fúria, tomam conta da cidade.
De repente, se ouve um estrondo. A porta da casa havia sido derrubada e um homem com feições de um urso adentra o quarto, avistando a senhora com seu neto.
O pequeno garoto faz menção de gritar, mas tapa a própria boca com as mãos.
— Leve tudo que quiser, mas não nos machuque. — implora a mulher.
— Esta maldita casa não tem nada de valor. — rosna o enorme homem-urso, enquanto avista a criança. — Mas pelo menos terei uma refeição. Me entregue o garoto.
No que a senhora larga a criança e coloca-se em sua frente, protegendo-o.
— Por favor, me mate, mas não toque na criança. — já aos prantos.
— Sua carne velha não me interessa, mas esta criança deve ser saborosa.
O homem-urso investe contra a criança, a senhora tenta protegê-lo mas é atingida por um golpe de sua garra, abrindo-lhe um enorme corte no abdômen e cai no chão.
A criança está encurralada, sem ter para onde correr, mas sua avó, mesmo ferida, se agarra à perna do invasor.
Ele rosna, irritado, então agarra a mulher pelos cabelos, com uma das mãos, erguendo-a no ar, lhe dando uma feroz mordida no pescoço, mastigando, espalhando muito sangue e em seguida cuspindo um pedaço de carne que arrancara. A mulher morre em frente aos olhos aterrorizados de seu neto.
Seu corpo é lançado para o lado feito lixo e ele volta novamente sua atenção para a criança.
Ao chegar bem perto, enquanto a criança se encolhe de medo, chorando, algo pontiagudo atravessa do homem-urso pelas costas, saindo em seu abdômen e ele urra de dor.
O objeto é removido e revelando um homem de certa idade, cabelo grisalho comprido, preso por um coque quase no topo da cabeça e olhos negros, vestido de samurai e com uma espada coberta pelo sangue do invasor.
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ALMARA: Ameaça de Xibalba
FantasyEm um mundo de guerreiros e magos, elfos e orcs, Deuses e mortais, criaturas fantásticas e batalhas mortais é onde começa nossa aventura, onde uma elfa maga chamada Eril e um monge humano chamado Kore irão em busca dos mais poderosos para formar um...