24 | Experimento

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As chamas envolvem o corpo de Eril e o calor absurdo, que emana de seu corpo, toma conta do salão.

Seu poder notavelmente aumentou drasticamente.

Na parede, uma cratera, cujas laterais ainda queimam, devido à bola de fogo.

E de dentro dela, surgem as mãos do pai de Calime, levantando-se lentamente, visivelmente ferido, com seu peito chamuscado.

Os olhos da elfa brilham na cor do seu elemento principal, notavelmente mais poderosa.

— Ela está mais forte do que nunca. — conclui Algar.

— Mas como isso foi acontecer? Ela não fez nada, só ficou parada. — questiona Kore. — Será que isso é... A liberação do terceiro selo?

— Nem mesmo Voughan era oponente para ele, mas ela conseguiu lançá-lo pelo ar com apenas uma bola de fogo.

Algar aproveita que Eril entrou na luta para tratar dos ferimentos de Voughan, que sangra muito.

A figura deformada avança contra Eril, que lança um grande raio de fogo em sua direção.

Com sua espada, ele tenta dividir o raio ao meio e, esforçando-se ao máximo, parece estar conseguindo.

Quando a potência do raio começa a diminuir, ele percebe algo acima de sua cabeça.

Uma espécie de vórtice, na altura do teto. De dentro dele sai uma enorme bola de fogo, que o engole, causando uma grande explosão.

Ele cai ajoelhado, carbonizado e respirando com dificuldade.

Eril aponta a mão direita em sua direção novamente e se prepara para lançar outro ataque, porém, Calime se coloca na frente, com os braços abertos.

— PAAAAARA! NÃO MACHUCA O MEU PAI!

Mesmo sabendo que a menina é uma morta-viva, Eril não consegue atacar e a energia em sua mão desaparece.

— Princesa, ela é uma morta-viva. Liberte-a desta existência amaldiçoada.

— Eu sei, mas não é fácil. Mesmo que eu possa ver sua verdadeira forma, ela ainda é uma criança.

— Uma criança que voltou à vida contra sua vontade.

O gigante deformado rosna ao ouvir a frase de Algar.

— "Voltou à vida contra sua vontade"? E quanto a ter sua vida tirada contra sua vontade? Ela era uma criança, tinha toda uma vida frente. Acha que pode me julgar por trazer ela de volta? — levanta-se, visivelmente enfurecido.

Kore decide se aproximar e tenta dialogar.

— Afinal de contas, porque não nos explicar que diabos está acontecendo aqui?

Ele faz menção de querer atacar o monge, mas Calime abraça sua perna, com medo no olhar.

Os músculos do gigante murcham, voltando à sua aparência decrépita de antes e ele caminha, com dificuldade, até sua cadeira, sentando-se.

Calime prontamente prepara os tubos e fios, prendendo-os ao corpo de seu pai.

— Meu nome é Tristam. Pai desta menina adorável. — acariciando a cabeça de Calime. — Como podem ver, não sou um morto-vivo, apesar de parecer com um. Eu era um nobre, mas apesar do meu status e dinheiro, decidi entrar para o Império Mundial. Sempre quis me tornar um capitão. Mas um dia parece que o universo decidiu me pregar uma peça de muito mau gosto. Meus lucros começaram a cair e acabei perdendo tudo. só o que me sobrou foi o pequeno salário que recebia como sargento. Não foi nem um pouco agradável ter de deixar aquela vida confortável, mas isso não foi nada, perto do que estava por vir.

ALMARA: Ameaça de XibalbaOnde histórias criam vida. Descubra agora