11 | Um Inimigo Conhecido

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Próximo ao centro da cidade de Waltrode, um homem vestido como samurai contempla um quadro de avisos.

Presos ao quadro estão diversos cartazes de procurado com os mais distintos bandidos, entre eles, a bruxa Nevora, capturada por nossos heróis.

O samurai é humano, cabelos avermelhados e veste um kimono branco, além de carregar uma katana presa à cintura.

Um segundo homem, com vestes comuns de aldeão, aproxima-se do quadro, observando-o, e sem querer, acaba ficando na frente do samurai.

Sem motivo aparente, em um movimento rápido, a katana atravessa o corpo do aldeão das costas até o peito, ceifando-lhe a vida instantaneamente.

Uma garota humana, com cerca de dezoito anos, cabelos castanho claro liso e olhos azuis, trajando um uniforme de artes marciais semelhante à um vestido aberto dos lados, azul, com uma faixa branca na cintura, chega correndo, indo em direção ao samurai que acabara de assassinar o aldeão.

— Aaaah! Não acredito! Você fez de novo. — diz a jovem, desesperada, com as mãos na cabeça. — Eu saio por cinco minutos e você faz uma coisa dessas.

— Ele estava na minha frente, eu queria ver os cartazes.

— E não podia pedir licença?

Algumas pessoas ao redor avistam o cadáver e gritam por ajuda, chamando a atenção para o ocorrido.

— Droga! — exclama a garota, enquanto puxa o samurai pelo pulso. — Precisamos sair daqui, rápido.

Alguns guardas, os poucos que existem na cidade, chegam ao local, mas o samurai e a garota já haviam fugido.

Ainda correndo, a dupla segue na direção do portão da cidade. No caminho, quatro figuras caminham em sua direção. São Kore, Eril, Voughan e Algar.

O samurai, que já está com sua espada em mãos, tenta golpear Voughan, que é quem estava imediatamente à sua frente.

O ataque causa um pequeno corte no ombro, que sangra um pouco, deixando o shamarg irritado.

— Hei! Se queria brigar era só falar. — diz Voughan, já revidando com um soco.

Saltando para trás, enquanto se desvencilha da mão da garota, o samurai desvia do ataque.

— Saia da minha frente. — ordena o samurai.

— Me obrigue. — responde, enquanto aperta o punho direito com a mão esquerda, estalando os dedos.

O embate está para começar quando a jovem garota se coloca entre os dois, parando a luta.

— Esperem! — com os braços abertos apontando uma mão espalmada para cada um. — Foi um mau entendido, por favor, nos perdoem. — se desculpa, abaixando a cabeça em reverência.

— Você não pode sair atacando as pessoas sem mais nem menos. — diz Eril, revoltada pela atitude do samurai.

— Eu sei, é que o meu amigo Ryuuti tem uns probleminhas. Não vai mais acontecer, he, he.

— Não me importa. — prossegue Voughan. — Ele me atacou e agora vou esmagar a cabeça dele.

A situação vai ficando mais tensa entre o shamarg e o samurai Ryuuti, até que o grupo avista uma movimentação estranha, próximo do centro da cidade.

— Hei, parece que aconteceu algo. — avisa Kore. — Vamos deixar essa briguinha pra lá, pode ser algo importante.

— Ta brincando? — indaga o shamarg. — Não tenho ação de verdade à algum tempo. Primeiro vou esmagar esse samurai.

ALMARA: Ameaça de XibalbaOnde histórias criam vida. Descubra agora