Seasons of an Young Lion

Antecipação

Ginna acordou muito cedo naquela manhã (madrugada?) Eram 3:30 da manhã quando ela se levantou, tomou banho, se arrumou e saiu, tomando cuidado pra não acordar o pai.
  Ela seguiu andando pelas ruas, escuras e vazias devido ao horário, ela com certeza tinha acordado 1 ou 2 horas antes da maioria dos amigos iriam acordar naquele dia, exceto Annie e Tony, que já estavam acordados, pois eram os outros membros da equipe técnica da missão.
  Ela se dirigiu pra casa do urso, onde ele e Annie deveriam estar, o vento frio da noite batendo em seu rosto, ainda faltava muito pro sol começar a aparecer.
  Ela chegou no apartamento onde Tony vivia com seus pais, ele ficava muito próximo do restaurante. Ela tocou a campainha, e segundos depois, Annie apareceu na porta.

Annie: Ah, oi Ginna.

Ginna: Oi Annie, posso subir?

Annie: Claro, mas fala baixo, os pais do Tony ainda estão dormindo.

  Elas sobem as escadas e chegam no apartamento. Felizmente, o local não era tão pequeno, Ginna olhou pela janela e viu boa parte da rua, inclusive o restaurante da família de Tony, e lá no fim da rua dava pra ver a casa onde Dande estava morando.
  Tony estava sentado na frente do computador, com uma xícara de café do lado, estava com uma expressão pensativa no rosto, ele deveria estar pesquisando qualquer informação útil.

Ginna: Oi Tony.

Tony: Ah, oi Ginna, está pronta?

Ginna: Claro que estou, ontem a noite eu pesquisei sobre os acontecimentos suspeitos dos últimos 3 anos.

Tony: Encontrou algo relevante?

Ginna: Não muita coisa que a gente não saiba, exceto uma coisinha.

Annie: Qual?

Ginna: Vocês lembram de Tayrone Rocha?

Tony: O pai do Bruno? O touro do campo que conseguiu sucesso na política? O vereador que foi cruelmente assassinado a dois anos?

Ginna: Exatamente.

Annie: Mas eles prenderam o assassino.

Ginna: Descobri que ele era um matador de aluguel, e até hoje não descobriram quem pediu pra ele fazer aquilo.

Annie: Parece até que a polícia não tá nem se esforçando pra investigar esse caso.

Tony: E segundo o Bruno, não está mesmo.

Ginna: Enfim, o que vocês estão fazendo?

Annie: Eu tava fazendo umas escutas, pra entregar pra Lilly, pro Tiago, e pro Luke. Pra termos evidências concretas na hora de mostrar as autoridades.

Ginna: Excelente ideia, e você Tony o que está fazendo?

Tony: Só tava fazendo o mesmo que você já fez Ginna.

Annie: Ok, vamos nos preparar!

  Eles organizaram os equipamentos, por volta das 5:30 da manhã, Lucy e Lilly vieram pegar as escutas, e seguiram em direção da prefeitura, nesse mesmo horário, Ude mandou uma mensagem, dizendo que achou algo.
  Ele começou a transmitir tudo o que via pro celular de Annie, e eles acompanharam enquanto Ude, Bruno e eventualmente Félix, foram atrás de um jovem raposo, que identificaram como Edward Raposo.
  As escutas são ligadas na prefeitura, e descobrem que o vice prefeito, Victor Cruz, decidiu ajudá-los.

Tony: Isso é ótimo!

  Alguns minutos depois, no entanto, Ude e os outros fizeram uma descoberta, acharam uma boca de fumo, e os traficantes notaram o drone.
  Mas... Durante a perseguição, eles não foram atrás do grupo de Bruno, eles chegaram sãos e salvos na casa de Félix, e Ude então desligou a câmera.

Ginna: Os traficantes foram atrás do Edward?

Tony: Creio que sim.

Annie: Não foi muito esperto da parte deles. Nós já temos provas pra acabar com aquele lugar.

  Eles então começaram a ouvir o audio das escutas novamente, o prefeito havia chegado, eles notaram o jeito que ele tratou o Tiago, como um escravo, Ginna quase que se levanta de lá e vai até a prefeitura dar um jeito no prefeito só por ouvir o machismo que ele demonstrou ao falar com a Lilly.
  Mas o mais revelador veio na conversa que ele teve com Luke, contou quase todo o esquema dele, além de demonstrar um certo preconceito contra felinos.

Annie: Ele realmente não liga pra essa cidade.

  Os 3 estavam comendo o café da manhã que a mãe do Tony fez.

Tony: Acho que já sabemos quem matou o pai do Bruno...

Ginna: Agora entendi de onde a Tiffany tirou tanto preconceito e xingamento.

  E então Edgar descobre que o tigre com quem ele esteve falando era na verdade Luke, e chama os guardas, que aparentemente são atordoados pela Lilly, eles escapam, mas agora sabiam que nem as autoridades eram de confiança.

Tony: Os policiais estão perseguindo eles.

Annie: Eles falaram alguma coisa de correr até o centro da cidade.

Ginna: Isso é praticamente aqui.

  O telefone de Ginna toca, era Will, ela atende.

Ginna: Oi Will.

Will: Ginna, é algo urgente!

Ginna: Já sabemos que Luke e os outros estão fugindo.

Will: Não é isso, a Marina voou um pouco pra ver o que estava acontecendo, e viu o Dande e o grupo dele correndo de um grupo de sujeitos armados! Eles vão se encontrar com os outros no centro!

Ginna: Os traficantes...

Will: O que?

Ginna: Will, vem pro centro com os outros, a gente cuida do resto.

  Ela desliga o telefone.
  Ela lembrou de como seu pai contou que sua mãe tinha morrido. Uma bala perdida. Se os traficantes se encontrassem com os policiais, era chumbo na certa, e fatalidades poderiam acontecer.

Ginna: Nós temos que agir!

  Ela se levanta e sai correndo do lugar, Annie e Tony não hesitam em acompanhá-la, quando chegam na rua...

Annie: O que vamos fazer?

Ginna: Tony, use sua magia de proteção em toda casa da rua ok?

Tony: Certo!

Ginna: Annie, avise a quem você conseguir, eles tem que ir pra um lugar seguro, e se você ver a polícia ou os traficantes, faça o possível pra atrasá-los.

Annie: Pode contar comigo!

  Tony começa a invocar suas barreiras invisíveis ao redor das casas, Annie sai avisando a todos o que vai acontecer, sem medo de parecer uma louca.
  Ginna usa sua magia de gelo para reforçar portas e janelas por onde passava.
  Ela chega na praça principal da cidade, onde se localizava a igreja matriz da cidade.

Ginna: Vão todos pra casa! Aqui não é seguro!

  Ela não precisou falar outra vez, os 2 grupos estavam se aproximando, todos os civis se retiraram do local.
  Isso com certeza chamaria a atenção de todo mundo.