Decisão

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Flora. Dande não conseguia tirar esse nome da cabeça, e aparentemente, a maioria da cidade também não.
  Ela havia aparecido apenas uma vez, e causado uma ótima impressão. Ela era incrivelmente habilidosa.
  Mas as coisas mais uma vez voltaram ao normal rapidamente. O resto da semana ocorreu normalmente, até a manhã de sexta.
  Dande e seus amigos estavam tendo uma tranquila aula de matemática. Mas então, a professora Edna apareceu na porta.

Edna: Desculpe o incômodo, professor Eric, mas eu tenho um aviso importante.

Eric: Sem problemas. Pode dizer.

Edna: As aulas vão terminar mais cedo hoje.

  A maioria dos alunos (Dande incluso) ficaram animados com isso. Mas ele ainda perguntou.

Dande: Mas por que, professora?

Edna: Tá faltando água desde cedo, então não vai dar para preparar o almoço pra vocês. Então a diretora achou melhor liberá-los mais cedo. Vocês vão sair de meio dia.

  Fazia sentido, isso já havia acontecido antes, um número considerável de vezes até.

Eric: Muito obrigado pelo aviso, Edna. Bem, agora voltemos a aula.

  A aula continuou normalmente, e a professora Edna foi dar os avisos em outras salas.
  Quando chegou o meio dia, o sinal tocou, e os portões se abriram, deixando os alunos saírem. Dande e seus amigos ficaram um pouco sob a sombra das árvores.

Dande: Bem... Agora temos a tarde livre, de repente. O que vocês vão fazer?

Tiago: Provavelmente checar se tem água na caixa d'água lá de casa.

Lilly: Ue, por que?

Tiago: Por que toda vez que falta água aqui na escola, falta água lá em casa.

Alan: Infelizmente esse é um dos problemas aqui do sertão. Eu vou na biblioteca, ver se acho algo interessante pra ler.

Tony: Oh, boa ideia. Te encontro lá depois do almoço, tá?

Alan: Certo.

Lucy: Acho que vou tentar fazer alguma roupa interessante lá em casa.

Tiago: Passo lá mais tarde pra te ajudar.

Lucy: Obrigado, querido.

Lilly: Bem, eu e Annie vamos voltar pra casa, lá no campo.

Annie: É.

Bruno: Digo o mesmo...

Annie: Passa lá mais tarde, porque o Ude tá com saudades.

Bruno: Ok.

Will: Que tal um ensaio hoje a tarde?

Ofélia: Pode ser.

Luke: Não é uma má ideia.

Mike: Tô dentro.

Tiffany: Eu vou passar a tarde com alguém especial.

  Ela colocou a mão no ombro de Félix, que ficou um pouco corado.

Félix: Acho que posso dizer o mesmo.

Ryan: Eu não faço ideia do que fazer.

Julie: Vamos pra cabana mais tarde?

Marina: Boa ideia, posso ir junto?

Ryan: Claro.

Ginna: Nesse caso, eu também vou.

Dande: Eu também.

  Eles ouviram a buzina da van que levava de volta os jovens do campo. Era hora de ir pra casa.
  Cada um dos adolescentes foi para sua respectiva casa. Dande e Luke chegaram a tempo para almoçar com Diana, que por sorte estava em casa. Depois disso, eles descansaram um pouco.
  Pouco depois, eles tomaram banho e se arrumaram. Já eram quase 15:00 quando ambos saíram de casa. Luke estava com o violão nas costas.

Dande: Ensaio, né?

Luke: Sim, na casa do Mike. E você vai pra cabana, né?

Dande: Sim, só tô esperando a Ginna e a Marina.

Luke: Sorte sua, elas estão vindo ali.

  Era verdade, a Girafa e a Loba estavam vindo, juntas. As flores brancas na cabeleira verde de Marina estavam lindas naquela época do ano. E Ginna estava simplesmente... Magnífica, com sua combinação usual de camisa branca com saia roxa.

Marina: Eai? Vamos?

Dande: Vamos.

Luke: Até outra hora gente.

Ginna: Até.

  E então, Luke se dirigiu ao seu ensaio, e Dande seguiu com as garotas até a cabana.
  A caminhada até lá foi relativamente agradável. A brisa ajudava a refrescar o calor daquela tarde de primavera. Ao chegarem perto da cabana, eles viram Julie e Ryan na frente da casa ao lado. A casa da família Santos.

Ginna: O que eles estão fazendo?

Dande: Conversando, eu acho.

Marina: Vamos até lá então.

  Eles se aproximaram dos dois, e Ryan logo os notou.

Ryan: Ah, oi. Vocês chegaram.

Marina: Oi Ryan, Julie. Do que vocês estavam falando?

Julie: Bem, acho que vocês já devem saber da viagem do meu pai, nesse fim de semana.

Dande: Sim, eu lembro.

Julie: Acabei de dizer que eu posso ir com ele. Ele ficou bem feliz.

Ryan: Ele também ficou feliz quando soube que eu iria também.

Ginna: Que ótimo!

Henry: Hahaha... Eu que tenho que agradecer a vocês.

  Henry Santos, o pai de Julie, apareceu na entrada da casa, ele estava animado.

Marina: Bem, e quando vocês vão?

Henry: Amanhã de manhã. Se quiserem, ainda cabem mais duas pessoas no carro, principalmente se forem amigos da minha filhota.

Julie: Pai!

Henry: Hahaha, Desculpe.

Ginna: Quando vocês vão voltar?

Henry: Domingo a tarde, por que?

Ginna: Pena, nem vai dar pra eu ir. Meu pai planejou algumas coisas para fazer nesse fim de semana, e precisa da minha ajuda.

Marina: Acho que eu poderia ir, mas para onde vocês vão viajar?

Henry: Uma cidadezinha aqui perto, se chama Harmoniosa.

Marina: Oh, eu fui lá quando era pequena, e amei!

Henry: Sério? Bem, então gostaria de vir com a gente?

Marina: Se não for incômodo.

Henry: Claro que não! Esteja aqui amanhã às oito horas.

Marina: Ok!

Ryan: E você Dande?

Dande: Certeza que não seria incômodo?

Henry: Claro que não!

Dande: Então eu tô dentro.

Seasons of an Young LionOnde histórias criam vida. Descubra agora