E mais um dia de aula se passou tranquilamente, mas Dande não conseguiu prestar muita atenção. Ele estava muito curioso devido ao suspense que Tony deixou no ar, e não conseguia deixar de pensar quem seria a pessoa que ele mencionou.
Mas a ficha só veio cair quando ele, Ginna, Will e Luke seguiam Tony pelas ruas mais antigas da cidade.Dande: Tony, por um acaso, essa pessoa seria sua...
Tony: Minha avó? Sim.
Dande: Aquela que foi prefeita?
Tony: Ela mesma.
Ginna: Pera, o Tony é neto da...
Tony: Sim.
Ginna: Ai meu Deus! Eu vou conhecer ela!
Will: De quem vocês estão falando?
Ginna: Ana Maria Oliveira. Segundo meu pai, a melhor prefeita que essa cidade já teve, e uma das pioneiras no ramo da computação na cidade.
Luke: Já ouvi falar, ela foi prefeita durante quase toda década de 90, por 2 mandatos, certo?
Tony: Certíssimo, e saiu do poder com a ficha e a consciência limpas.
Ginna: Mal posso esperar pra conhecê-la!
Tony: Não vai ter que esperar muito, já chegamos.
Eles param em frente a uma casa que se destacava das outras da rua, que era constituída principalmente por casas e construções históricas. Mas essa casa tinha uma arquitetura bem moderna e bem cuidada. Tony tocou a campainha.
A voz de uma senhora idosa, mas ainda muito lúcida, é ouvida.???: Quem é?
Tony: Sou eu vó, o Tony, e eu trouxe amigos.
???: Oh, sim, entrem!
A porta de metal da frente se abre, dando passagem para eles.
Ao entrarem, eles se deparam com uma área incrivelmente limpa, e eles tomam cuidado para não sujar o chão. Na entrada para a casa em si, estava uma ursa idosa, com cabelos grisalhos na altura dos ombros, e um olhar bondoso sob os óculos redondos. Ela era relativamente magra e tinha uma altura mediana. Usava um vestido verde florido, e tinha um sorriso no rosto.Ginna: Eu mal posso acreditar!
Ginna estava realmente animada por encontrar essa senhora.
Tony: Vovó!
Ana: Toninho!
Ele se aproxima e dá um abraço na vó. Ele era uns 20 centímetros mais alto que ela.
Dande: Então você é a famosa Ana Maria Oliveira?
Ana: Famosa? É, já fui um dia, mas hoje em dia só quero aproveitar os frutos de uma vida bem vivida.
Ginna: A senhora foi uma das pioneiras no ramo da informática e fez um impacto imenso na cidade!
Ana: É, creio que sim.
Ginna: E eu acompanho seu blog desde pequena.
Ana: É o meu jeito de registrar a memória.
Will: E eu acabo de levar literalmente um tapa na cara. Eu achava que gente velha era ultrapassado.
Ana: A gente tem que se atualizar, mas mantendo os bons costumes. Precisamos ter mente aberta.
Will: Queria que meu tio tivesse aqui pra ouvir isso.
Ana: O mundo em que vivemos nossa vida adulta vai ser o mundo em que provavelmente viveremos o resto de nossas vidas. É difícil mudar de opinião depois de anos fazendo a mesma coisa.
Luke: Mas é impossível?
Ana: Por mais difícil que seja, acho que não, mas isso pode levar alguém a loucura.
Luke: Agora sei de onde o Tony tirou tanto conhecimento.
Tony: Pois é. Aliás, o vovô está?
Ana: Hoje é aquele dia do mês no qual ele vai checar se o seu pai está cuidando bem do restaurante. Ele só deve vir quando fechar.
Dande: Bem, a gente veio porque precisamos saber de algo.
Ana: Ah, sim, entrem. Vocês vieram num dia ótimo, acabei de fazer um bolo.
O pequeno grupo de jovens entra e se sentam na sala. Em poucos minutos, Ana chega com uma bandejinha com as fatias de bolo e uma jarra com água, juntamente de copos.
Ana: Me desculpem, mas não tive tempo de preparar um café ou suco, geralmente é o Fred que cozinha.
Will: Ora, não tem problema, a gente não veio aqui pra comer.
Ginna: E água já é o suficiente.
O bolo, mesmo sem nenhuma cobertura ou recheio especial, estava ótimo, afinal, ele foi feito com o carinho que só uma mãe/avó pode dar.
Ana: E então, o que vocês gostariam de perguntar?
Dande: Bem... Você conheceu algum casal de tigres que viveu nessa cidade a uns 42 anos.
A expressão facial de Ana foi de um sorriso calmo, para triste.
Ana: Eu lembro, não lembro dos nomes, mas lembro que a notícia correu pela cidade inteira.
Dande: O que houve?
Ana: Eles foram assasinados, dentro da própria casa, e as crianças, os filhos do casal, desapareceram, junto do assassino. Uma delas era uma bebezinha recém nascida até.
Dande: Você sabe algo mais?
Ana: Infelizmente não, só sei que eles tinham aproximadamente a mesma idade que eu e minha prima.
Ginna: Prima?
Ana: Mônica, Mônica J. Oliveira, uma híbrida de leoa e ursa.
Dande: Sério? Ela é minha avó.
Ana: Ah, você é o Dandelion, que o Tony me falou tanto.
Dande: Sim, sou, e foi um prazer conhecer a senhora.
Ana: Digo o mesmo sobre vocês.
Ginna fica corada.
Ginna: Vindo da senhora, isso significa muito pra mim.
Ana: Pode aparecer mais vezes querida, sinto em você uma energia similar a que eu tinha quando era jovem.
Ginna: Será um prazer!
Dande: Bem, antes de irmos, a senhora conhece alguém que talvez possa nos dar mais informações?
Ana: Hmm... Talvez Amélia Smith possa saber algo mais. Ela morava perto de onde ocorreu tudo.
Dande: Certo, obrigado.
Luke: Muito obrigado pela hospitalidade!
Tony: Vou com eles também vó.
Ana: Certo. Eu que agradeço a companhia de vocês, tenham uma ótima noite.
E eles saem pela porta da frente, que se fecha automaticamente depois que eles passam.
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Seasons of an Young Lion
RomanceEsse é o rascunho de uma possível saga, contando a história de Dande, um jovem leão que acaba ganhando poderes mágicos devido a um acidente enquanto passava as férias com seus tios numa cidade do interior. Acompanhe-o nessa jornada emocional, onde e...