Seasons of an Young Lion

Companheiros de quarto

Lilly: Então... Vamos voltar pra cidade?

Beto: Sim.

  O grupo estava seguindo o caminho de onde haviam vindo, e as garotas não paravam de fazer perguntas ao Beto.

Marina: Quem é esse Leandro?

Beto: Vocês irão ver.

Charlie: Você está sendo mais misterioso que o Cotton.

Beto: Sério?

Cotton: Não.

Ginna: A essa altura, eu apenas observo, sem questionar.

Dande: Esse lugar é diferente mesmo... Mas de um jeito bom.

Beto: Eu digo que os habitantes são a parte mais interessante. Então vocês não viram quase nada.

  O grupo seguiu relativamente calado pelo resto do caminho. Não demorou muito para avistarem a cidade no horizonte novamente.
  Eles seguiram Beto pela rua simples, até perto da base da colina aonde eles haviam chegado.
   Eles pararam na frente de uma casa relativamente pequena, na base de uma árvore.

Beto: É aqui.

Lilly: Meio... Pequeno pra tanta gente.

  Beto olhou pra ela como se estivesse dizendo "É sério?".

Beto: Vocês realmente não conhecem nada por aqui. Isso é só a entrada.

  Ele abriu a porta, e revelou o que parecia ser a recepção de um prédio, só que de madeira e sem um porteiro. Havia uma porta que parecia ser de elevador no fim do salão, mas Beto foi em direção um escadaria que aparentava dar a volta no tronco da árvore.

Ginna: Não vamos no elevador?

Beto: Tá quebrado desde hoje de manhã.

Dande: Vamos ter que subir as escadas mesmo?

Beto: Sim, mas relaxe que não são tantos degraus.

  Dande aprendeu uma lição preciosa: Não confiar nas coisas que o Beto fala!
  Foram quatro lances de escadas, e Dande nunca foi do tipo atlético. Ele chegou lá em cima ofegante, como algumas das garotas.
  Mas o cansaço foi compensado com a vista.
  Só nesse momento que Dande foi capaz de perceber a verdadeira complexidade daquele local: As casas nas copas das árvores eram sustentadas por fortes vigas de madeira e metal, e as árvores eram ligadas por pontes, Muito bem construída.
  Dande também percebeu que, apesar da pequena população, a cidade estava preparada para uma grande explosão demográfica.

Dande: Esse lugar é incrível!

Beto: Bem, chegamos.

  Beto parou de frente a uma casa com primeiro andar, que parecia muito bonita, e talvez até um pouco mais antiga que as outras. A porta estava destrancada, e abriu assim que Beto girou a maçaneta.
  O local pareceu ainda mais espaçoso do que quando visto por fora. As janelas mostravam uma bela vista do vale, e os móveis estavam organizados de um jeito que dava uma impressão de paz a Dande: várias estantes com livros, sofás e outros móveis num estilo rústico, e uma bela televisão encostada na parede da sala.

Lilly: Bem espaçoso.

  Dande levou um susto quando Beto gritou do nada.

Beto: Leandro! Cadê a Mariana?!

  E uma voz relativamente grave gritou de volta, de uma sala não visível ao fundo.

Leandro: Foi comprar as coisas para o almoço! E você, o que faz ainda em casa?!