Capítulo 29

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Estamos juntos há dois meses, eu poderia dizer que esta tudo indo muito bem, mas alguma coisa mudou, Eddie anda muito fechado desde a sua volta, anda rebendo ligações do trabalho quase a todo o momento, quando não e do trabalho e de uma mesma pessoa especifica,tudo bem que ele não queira me contar, mas algo esta estranho, ele não e o mesmo, se algo de ruim esta caindo sobre ele, eu quero saber, eu preciso saber, eu só quero ajudar.

Me surpreendo comigo mesma que não tenho tentado mudar a situação ate agora, em outros tempos eu teria insistido, eu tentei fazer ele me contar o que esta acontecendo, uma vez apenas, mas agora vejo que não vale à pena, não quero brigar, estou respeitando o espaço dele, quando ele estiver pronto para se pronunciar em algo que seja no seu tempo, ou se não quiser falar nada, espero que ao menos esse problema se resolva, eu preciso do meu homem de volta, eu preciso daquele velho Eddie comigo de novo.

Sinto que apesar de tudo ele ainda não confia em mim, e isso me destrói por dentro, parece que de um mês pra cá não estamos na mesma pagina, ele parece se desconfiar de tudo e de todos, em todos os lugares que nós vamos, sempre fica atento a qualquer coisa e nunca esta satisfeito, parece que nenhum lugar publico parece agradá-lo. Por mais que eu tente me manter neutra em toda essa situação, eu não consigo, ele não parece perceber o quanto isso me deixa aflita e com um pé atrás.

Eddie deveria confiar em mim, ele precisa entender que ele não está mais sozinho, eu estou aqui e não precisa carregar tudo sozinho.

Combinamos de ir almoçar em um restaurante brasileiro que tem aqui perto da revista, estou esperando ele a pouco mais de cinco minutos, fico mexendo no celular e levo um susto quando escuto alguém me chamar, levanto o olhar e vejo-o através da janela. Entro no carro, colocando o cinto, olho para ele e o mesmo esta com uma expressão fechada, com a mente em outro lugar.

- Eddie?- O chamo e como em um ímpeto ele olha para mim e abre um sorriso de lado tentando disfarçar- O que você tem?

- Não e nada, coisa de trabalho- A mesma desculpa de sempre.

Ele se aproxima de mim, coloca uma mão na minha nuca e me puxa para um beijo, como sempre faz quando nos encontramos. E incrível como a cada dia o meu corpo corresponde de uma maneira diferente ao seu toque, as sensações, para que a cada beijo e como se fosse o primeiro.

Chegamos ao restaurante e caminhamos ate a mesa em que uma moça nos indicou, e a primeira vez nossa aqui, o cheiro da comida que eu tanto senti falta invadi o meu estomago, tudo ali me lembra de casa e como eu senti falta.

- Olá em que posso ajudar vocês?- Uma mulher um pouco mais de idade chega para nos atender e pelo seu sotaque dava para perceber que ela não e daqui assim como eu.

- Oi- Me arrisco a dizer português e a mesma olha para mim surpresa e sorri- Então, vamos pedir o especial do dia.

- A comida brasileira e a melhor, não poderiam ter feito melhor escolha- Comenta e sorrimos.

- Não tenho duvidas disso- Ela olha para Eddie de relance e volto a minha atenção para ele o mesmo não entendo nada da nossa conversa- Ele não fala português- Comentei.

- Há, mas você e brasileira e nítido- A senhora comenta.

- Sim eu sou.

Ficamos trocando mais algumas palavras. E muito bom poder conversar com alguém na sua língua nativa tirando Julia e Richard, e a primeira vez que vez em todos esses anos em que moro aqui, e simplesmente amei a Dona Eva.

Depois em que ela partiu volto a minha atenção para Eddie e o vejo sorrir para mim, sorrio de volta e fico um pouco envergonhada pelo seu olhar.

- O que foi?- Pergunto.

Volta para MimOnde histórias criam vida. Descubra agora